Cores 500SEC C126 1982

Srs, o sentimento de purismo, para placas pretas, é um pouco diferente. Pode-se usar quaisquer das cores aplicadas à aquele ano no modelo.

Desde ontem não consigo por fotos. Achei duas fotos com essa cor, mostrando parcialmente as saias, em cinza.

Quando refiro-me ao purismo, Cffj, não o faço exclusivamente à placa preta, o que ao meu ver é apenas uma consequência. Valorizo mais a manutenção e/ou restauração estritamente nos padrões de fábrica.

Mas tudo é uma questão de gosto e valores, sendo que, quaisquer que sejam, devem ser respeitados.

Já conversei várias vezes com esse amigo colecionador, mentor da lei da placa preta e o primeiro autorizado a expedir certificados de originalidade, sobre cores: ele é bem radical nesse ponto, se a cor não remete à originalidade do carro, ele não emite o certificado.

Exemplificando: no caso dos veículos Simca, como não há registro individual de cores carro por carro, são admissíveis quaisquer combinações compatíveis com a época de sua fabricação, desde que comprovadas com documentos (p.ex., paletas de cores das tintas Ypiranga, então fornecedor do fabricante).

Mas no caso dos Dodges nacionais (extensível aos MBs), a cor está informada na plaqueta, então é a cor que o carro tem de apresentar.

Desculpe Leon, mas a regra não é essa. Sou avaliador do Veteran e, conforme a carta de Sao Paulo, último documento da Federação, a cor tem que ser de acordo com as originais  do ano para o tipo de carro. Não a da placa. 
Por exemplo, um dodge charger 77 pode ser originalmente branco e trocar-se a cor por vermelho riviera. Ambas saíram nesse carro em 77. Apenas para exemplificar.

Cffj, interessante, não sabia deste detalhe, aceita-se então para placa preta repintura modificando a cor original por qualquer cor que tenha saído no modelo SEC em 1982, seria isto? 

De qualquer forma, precisamos descobrir qual código dessa cor preta que está no carro, por fotos não consegui identificar.

Exato Antonio Elias. 
Mas seguem referencias ao solicitado. Veja nos links abaixo, pois O tynipic não está permitindo carregar fotos. As saias e retrivisores dessa época tem, quase todas as mesmas cores em cinza. 

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Ainda outras cores. Saias iguais:

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Cffj, só abri e colei as imagens no post, o Tinypic está carregando normalmente para mim, se persistir dificuldade me avise para tentarmos identificar o problema. 

Esse verde cipreste chama muita atenção combinando com os tons cinza dos parachoques e saias aplicados na face do retrovisor, acho um espetáculo essas cores que fogem do tradicional, magnifica essa vinho. 

A questão agora é saber que cor é essa que está na SEC do Ivson?

Copiei a foto da 1a. página para facilitar, negro esmeralda black opal metallic 189?!

Pelo menos nas fotos do lançamento dos links que postei anteriormente não vi nenhuma SEC 82 nesse tom.
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Na realidade, ela está customizada para a fase II das 126, pós 1985., pois as saias são lisas e os aros do tipo brandshatch. As da fase II tem saias frisadas e rodas tipo mexiricas. Nas fotos acima,aparecem a diferença. 
 Portanto, fica difícil saber o que foi usado.

Quanto ao Tinypic, Tinha uns 4 dias que não consigo fazer upload  via sistema ipad. E só aqui... hoje consegui...
 Então , seguem fotos das diferenças entre as saias e rodas.

Fase I
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Fase II

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Quanto ao interior do capô dianteiro e tampa do porta malas, é ligeiramente mais claro que a foto abaixo. Vou tentar uma foto hoje e posto depois, ok

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Caro Antônio e demais confrades, muito obrigado pela ajuda que me deram até o momento. Concordo plenamente que manter a originalidade é a melhor solução. Possivelmente é este o caminho que seguirei. Vou lhes mantendo informados sobre a evolução do restauro. Abraços!!

Quanto à pintura dos gabinetes internos (tampa e compartimento) do porta malas e do motor ambos possuem esse tom cinza "meio fosco" mesmo ou devem ser pintados da mesma cor do veículo? Obrigado.

É um cinza acetinado, tipo o que puz acima. Vou tirar foto da minha e ponho mais tarde.

Cffj, não quero polemizar uma questão que tem um componente político relevante, o (para mim) aparente inconformismo da FBVA com a portaria 28/98 do Denatran, que revogou o monopólio dessa entidade na autorização de entidades autorizadas a expedir os certificados de originalidade, conferido meses antes pela portaria 3/98. Assim, "carta de São Paulo", "80% de originalidade" e qualquer outro regulamento interno de uma entidade - seja ela qual for - não pode se sobrepor à resolução 56/98 do Contran, que diz em seu art. 1º:

Artigo 1º - São considerados veículos de coleção aqueles que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:

· I - Ter sido fabricado há mais de trinta anos (na redação da resolução 127/01);

· II - conservar suas características originais de fabricação; 

· III - integrar uma coleção;

· IV - apresentar Certificado de Originalidade, reconhecido pelo Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN. 

§ 1º - O Certificado de Originalidade de que trata o inciso IV deste artigo atestará as condições estabelecidas nos seus incisos I e III e será expedido por entidade credenciada e reconhecida pelo DENATRAN de acordo com o modelo Anexo, sendo o documento necessário para o registro.

§ 2º - A entidade de que trata o parágrafo anterior será pessoa jurídica, sem fins lucrativos, e instituída para a promoção da conservação de automóveis antigos e para a divulgação dessa atividade cultural, de comprovada atuação nesse setor, respondendo pela legitimidade do Certificado que expedir.

§ 3º - O Certificado de Originalidade, expedido conforme modelo constante do Anexo desta Resolução, é documento necessário para o registro de veículo de coleção no órgão de trânsito.

Como diz esse amigo, "não há mulher meio grávida"...

Leon,

Tomo a liberdade de me meter no assunto, sem pender para lado algum.
Quando o dispositivo afirma "conservar suas características originais de fabricação", há espaço para interpretações. Seria característica original de fabricação daquele veículo em específico ou do modelo em geral?


Nossas leis sempre dão abertura para interpretações...

Até onde tive conhecimento sobre esta questão de percentuais de originalidade definido ou decidido pelas associações e etc contrariamente ao que diz a resolução do Contran, pode ser que o Cff e o Hiro que também é vistoriador oficial tenham informações mais atualizadas, eu soube no início do ano que estava tudo suspenso até que um grupo de trabalho assessorado pela FBVA concluísse nova regulamentação, se essa regulamentação já ocorreu não sabia, independentemente disto concordo com o entendimento do Leon, características originais de fabricação em se tratando de veículo de coleção a análise teria que ser individualizada, não vejo o menor sentido de se mudar uma característica original rara num exemplar 500SEC que é essa cor verde cipreste e se argumentar preservação de memória, valor histórico e etc com o exemplar repintado noutra cor comum que nem é do modelo, acho que isso lógico acontecer isso se a cor original não existisse para reposição, enfim apenas opinião sobre estes temas que sempre foram polêmicos. 

Quanto à cor 189 que aparece nas fotos da SEC do Confrade, vou tentar fazer uma pesquisa mais amiúde mas acredito, não tenho absoluta certeza, que a cor negro esmeralda de tom verde azulado que aparece nas fotos não existia na década de 80 em Mercedes, em se confirmando não bateria em princípio nem com o padrão genuíno de cores disponíveis nas W126 SEC no modelo 1982.

@W204: o "conservar suas características originais de fabricação" refere-se especificamente ao veículo para o qual se pleiteia o certificado de originalidade, daí provém o fundamento de que tudo que se possa confirmar "documentalmente" (referências do fabricante, em especial) tem de estar em conformidade.

Até já fiz um questionamento sobre os matching numbers de motor e câmbio versus originalidade: a resposta foi que poderiam ser substituídos por outros com idênticas características (p.ex., não se poderia trocar um motor originalmente L4 por um L6 ou V8, ainda que disponíveis à época para determinado modelo, como ocorre frequentemente com Opalas e Mavericks).

@AE: se estivermos tratando do mesmo assunto, sei que houve algumas tentativas esparsas de mudanças da resolução do Contran, sob o pretexto de adaptações às placas Mercosul, como as placas amarelas para veículos modificados ou selos de originalidade "ouro", "prata" e "bronze", dentre outras ideias, mas desconheço se chegaram a algo mais palpável.

Realmente você tocou no ponto: "preservação de memória" e "valor histórico" foram, segundo o amigo, os motes para a criação da placa preta, que seria algo efetivamente distintivo, ao contrário do que se vê atualmente.

Caro Cffj, as fotos da sua sec serão muito valiosas para referências ao restaurador que cuidará da pintura. Se puder me envie também de dentro do gabinete do motor, capô, etc. Abraços.

Caros confrades, vasculhando os documentos da sec, encontrei na guia de importação a descrição "...cor verde..." Realmente uma pena o proprietário anterior ter modificado a originalidade do veículo. Envio somente para ilustração e curiosidade! Abraços.

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Caríssimo Leon, você, aí em SP, tem a faca e o queijo na mão. Pergunte ao Suga, nosso presidente. A interpretação do w204 está perfeita. As regras foram mudadas há menos de dois anos, ficando mais flexíveis (ao meu contragosto, mas..)
E mais, somenteos clubes federados poderão avaliar os candidatos à placas pretas. A certificação ficará centralizada à federação. Assim acaba práa " venda" de placas pretas. Já está em fase final junto ao Contran e Denatran.
Abraços,

Replico abaixo, parte do texto de 98, e o final da página 2.
CERTIFICADO DE ORIGINALIDADE (PLACA PRETA)
Todas as Resoluções e Portarias que regulamentam a emissão de Certificados de Originalidade: RESOLUÇÃO No 56, DE 21 DE MAIO DE 1998
Disciplina a identificação e emplacamento dos veículos de coleção, conforme dispõe o art. 97 do Código de Trânsito Brasileiro.
O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN, usando da competência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e conforme o Decreto no 2.327, de 23 de setembro de 1997, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 1o São considerados veículos de coleção aqueles que atenderem, cumulativamente, aos seguintes requisitos:
I - ter sido fabricado há mais de vinte anos;
II - conservar suas características originais de fabricação;
III - integrar uma coleção;
......
......
Portaria no 3 - de 8 de Junho de 1998 - DENATRAN
Artigo 1o - Fica a Federação Brasileira de Veículos Antigos, autorizada a emitir os certificados de originalidade.
1o - Os clubes e entidades antigomobilista poderão emitir os certificados de originalidade, desde que autorizados pela Federação Brasileira de Veículos Antigos.

2o - As instituições de que trata o parágrafo anterior devem possuir caráter de pessoa jurídica, sem fins lucrativos, instituída para a promoção da conservação de veículos antigos e para divulgação de atividades cultural de comprovada atuação neste setor.

Artigo 2o - Os certificados de originalidade de veículos de coleção farão parte integrante da documentação de regularização aos DETRANS, que emitirão o CRV - Certificado de Registro de Veículo, caracterizando a nova modalidade do veículo com a expressão: "Veículo de Coleção", e as placas de identificação de acordo com o art. 4o da Resolução no 56 - CONTRAN de 21 de Maio de 1998.
Único - As placas atuais obedecerão ao dispositivo no art. 1o da Resolução nro 45 CONTRAN de 21 de Maio de 1998.

Artigo 3o - A Federação Brasileira de Automóveis Antigos enviará anualmente ao DENATRAN o controle de emissão dos Certificados de originalidade.

·
Artigo 4o - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
JOSE ROBERTO DE SOUZA DIAS - Diretor

O presidente do STF conseguiu interpretar que a pena prevista na constituição para o Impeachment poderia ser modificada.... Quem dirá um dispositivo de carro antigo.  :P

Quanto ao motor, o documento interpretado diz que se um carro tem motor 6 cilindros, deve ser avaliado com esse motor. Não necessariamente o motor com o mesmo número que veio no carro.

"Bloco do Motor / Coletores (10 pontos): Atribuir unicamente ao automóvel que estiver com motor original, em prefeito estado, inclusive de apresentação, cor correta, limpeza, etc. Ou o motor é original ou não. As exceções que cada avaliador poderá aceitar ou não serão decididas em função da qualidade do próprio veículo ou sua raridade e julgada em separado pela Comissão FBVA.
O motor não original poderá gerar duas situações distintas:
- a) desclassificar o automóvel, impedindo sua avaliação, se for inadequado, como de épocas e cilindradas diferentes, de outras marcas, etc. Ex: Ford modelo “T” com motor do modelo “A”; Chevrolet Impala com motor de Corvette; Morris Oxford com motor de Chevette, etc...
- b) Permitir a avaliação, perdendo o total de pontos correspondentes, recebendo 0 (zero). Ex: Chevrolet Bel Air 1955 6 cil. Com motor V8 que saiu também no Bel Air 55. Fusca 1200cc utilizando o 1300cc será permitido, mas os pontos serão “zero”. Motor do Fusca 1200cc alterado para 1500cc, será item desclassificatório.
"