Cupê à mineira da Mercedes-Benz já roda na Europa

Um mineirinho cheio de classe já pode ser visto em ruas européias. E não se trata de algum imigrante tentando a sorte no Velho Continente, mas do Mercedes-Benz CLC. O cupê é produzido em território brasileiro, em regime de CKD (completely knocked down, ou "totalmente desmontado"), na Zona da Mata de Minas Gerais, e tem preços entre 28 mil e 37 mil euros - aproximadamente R$ 78 mil e R$ 103 mil.

O CLC chega à Europa com novidades até em seu nome. O automóvel entra para ser o substituto do Classe C Sportcoupé, a antiga versão do esportivo compacto, lançada no Salão de Paris de 2000. A mudança de identidade é uma tentativa da Mercedes de obter dias melhores que os vividos pelo antecessor, que teve tímidas vendas e jamais conseguiu a mesma boa reputação que os cupês maiores da marca, CLK e CLS.

A carroceria do CLC se assemelha muito à do Classe C. Já na estrutura, usou como base a antiga versão do Classe C Sportcoupé. As portas e o pára-lamas continuam com os mesmos traçados, assim como a linha de cintura alta subindo em diagonal.

A traseira tem um novo desenho, com destaque para as novas lanternas, que invadem a tampa da mala. A frente possui faróis que fogem do tradicional formato oval. A grade dianteira realça a famosa estrela de três pontas da montadora alemã, conferindo a conhecida imponência "mercediana".

Por dentro, o veículo também abriga algumas mudanças. O painel apresenta uma disposição própria de comandos de saída de ar. O quadro de instrumentos traz uma pequena tela ao centro, que dá informações do computador de bordo. O revestimento do interior do modelo, como não poderia deixar de ser, é em couro preto, com alguns detalhes em alumínio.

Para empurrar o cupê, o modelo oferece as mesmas seis opções de motores já disponíveis no sedã. São três propulsores a gasolina: um 1.8 16V Kompressor com quatro cilindros em linha, de 184 cv; o 2.5 V6 gera 203 cv, enquanto outro V6, com 3.5 litros, solta 271 cv. Já a versão turbo-diesel 2.2 16 V com Common Rail produz 122 cv. Todos os carros possuem câmbio manual de seis marchas, com opção automática de cinco velocidades -- com exceção da versão topo de linha, que traz a moderna 7 G-Tronic. Um dos diferenciais da transmissão é a presença de duas marchas a ré, recurso que auxilia o motorista em situações de ladeiras muito íngremes, já que a tração traseira desfavorece esse tipo de operação.

Para fortalecer a imagem do cupê compacto, o modelo ainda vem recheado de item de série - "apetrechos" como controle de estabilidade ESP, freios com ABS, EBD e BAS, sensores de chuva e luz, seis airbags, rodas de aro 18, sistema viva-voz com bluetooth e navegador GPS. No quesito segurança, o que mais chama atenção é o sistema de direção Direct-Steer System, que promete aumentar a precisão da comunicação entre rodas e volante.

O CLC, apesar de ter as partes feitas em Juiz de Fora, não terá qualquer benefício fiscal para ser vendido aqui. Como recebe taxação de modelo para exportação, caso venha para o Brasil terá de pagar os mesmos impostos que qualquer outro carro importado. Sua chegada no país deve ocorrer no ano que vem com preços em torno de R$ 150 mil.

IMPRESSÕES AO DIRIGIR: MERCEDES-BENZ CLC

O ambiente imperial existente nas ruas de Viena, capital da Áustria, é o lugar perfeito para se fazer um test-drive. Principalmente quando se trata de um modelo da Mercedes-Benz. A experiência de conduzir um CLC começa muito antes de ligar a máquina e acelerar. Todo o glamour inerente à marca faz do ato de dirigir um prazer.

Destaque para esportividade que o carro transmite com o novo design do CLC, principalmente internamente, no qual os assentos e o volante com detalhes em alumínio escuro ressaltam toda a garra e, claro, a elegância da marca. As rodas de 18 polegadas são outro fator que saltam aos olhos no cupê. Com o motor girando, o que mais fica perceptível é a funcionalidade do Direct-Steer System. Esta inovação, na prática, controla o esterçamento nas curvas. Ela se mostrou bastante eficiente nas pistas.

O desempenho é bem nervoso, como sugere o modelo. Devido ao bom trabalho do câmbio e do motor, o CLC responde rapidamente ao aperto do pedal de aceleração. O zero a 100 km/h é feito pelo 3.5 V6 em satisfatórios 6,3 segundos. Enfim, dirigir o Mercedes-Benz CLC, novo "cupê de entrada" da marca, é uma experiência que une conforto e esportividade. (por Carlo Valente/Infomottori.com, na Itália)

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Fonte: UOL Carros