Líquido correto de arrefecimento - proporção da mistura na troca - completar nível (Geral)

Paulo, oriento que faça sua apresentação em tópico à parte (área de novos usuários) para que os Confrades possam conhecê-lo e recepcioná-lo. 

Em primeiro lugar, acho relevante esclarecermos no tópico essa questão do composto orgânico vermelho da BARDAHL que a Divena está (ou estava) vendendo (produto aparece na foto postada na página anterior) - porque este produto não tem mais homologação, atende apenas a uma norma técnica brasileira (nem na embalagem da Bardahl de 2013 não consta referência a nenhuma homologação MB), atualmente tanto este Bardahl vermelho como também um fluído verde da Petrobrás que antes estava na Bevo list, agora não tem mais aprovação na Norma 325.0 da Matriz que foi atualizada em 03/12/2015, vejam:  
https://bevo.mercedes-benz.com/bevolisten/325.0_en.html

O Bardahl orgânico vermelho citado também não consta obviamente da lista nacional, bom esclarecermos esta questão porque particularmente acho estranho a CCs Divena vender um fluído sem homologação MB:
http://www.mercedes-benz.com.br/automoveis/servicos-e-acessorios/produtos-para-sistemas-de-arrefecimento 

E para colocar mais dúvida no Paulo: ainda há G05 (descontinuado nos EUA) com homologação na lista atual da Matriz, mas por que isso?

Eu não entendo nada de química orgânica, mas creio que talvez para continuar atendendo motores de gerações anteriores, não sei dizer mas pelo que já li à respeito de Hoat, que seria um triazol usado como reagente, a tecnologia voltada para ácido orgânico hibrído é mais avançada.
https://en.wikipedia.org/wiki/1-Hydroxy-7-azabenzotriazole

Uma das principais diferenças que vejo nesses avanços nos atuais fluídos homologados pela Mercedes-Benz é o fato de serem sintéticos e com mais aditivos além do G05, como o Pentosyn verde azulado e vários outros da lista da Matriz.

O G05 creio que ainda pode ser utilizado dependendo do tipo de materiais que compõem o motor que receberá manutenção, do contrário não teria sentido ainda ter vários G05 na bevo-list, creio que o definirá qual melhor usar será a partir do tipo de tecnologia de produção realmente x qual é a geração do motor MB, mais coerente, me corrijam por fineza se houver engano da minha parte.

Essa questão de inovações tecnológicas, composição de fluídos e etc, até onde tenho conhecimento existem 3 classes ou tipos de tecnologias de produção: 

A IAT que utiliza ácidos inorgânicos de baixa durabilidade, algo em torno de 2 anos ou 50.000 Km (muito usada nos EUA até a década de 90, geralmente verde brilhante e contém silicatos e inibidores de fosfato para proteger metais de radiadores e motor) e 2 orgânicas, a OAT e HOAt.

A tecnologia OAT de ácidos orgânicos geralmente laranja e verde escuro não tem os tais silicatos e fosfatos para aumentar a vida útil do liquido, mas o fabricantes adicionam aditivos, falam em limpeza a cada 5 anos ou acima de 200.000 Km mas em contrapartida o fluído classe OAT pode desgastar onde há contato com metal ao longo do tempo e já os fluídos de tecnologia EAS ou HOAt citados pelo Paulo tem praticamente a mesma durabilidade e período de limpeza dos OAT mas evoluíram para os chamados orgânicos híbridos que contém além de silicatos para impedir corrosão do OAT, tem mais aditivos anti-oxidantes, pode ser que a Chrysler tenha adotado o G05, não conheço nada sobre a outra montadora que se referiu o Paulo, creio que se misturar um com o outro, mesmo entre orgânicos OAT e os híbridos evoluídos, certamente haverá reação e, talvez, perda de propriedades do mais evoluído, agora à primeira vista me parece que entre G05 e G48 há diferenças na formulação e aditivos a mais no G48 como o etilenoglicol, este creio que mais eficiente (G48), a descontinuação do G05 nos EUA talvez se deve a outros fatores locais, como clima, qualidade ou composição talvez do combustível e etc.

Antonio, quer dizer que o fluido para radiadores Lubrax, apesar de estar na lista da Mb Brasil não está mais na BEVO alemã? Poxa, logo agora q comprei 6 litros para trocar na minha E430?? 

Até onde me consta o Lubrax sempre esteve na Bevo apenas daqui, não?

Marujo,

Creio que voce possa utilizar sem problemas.

Eu também fiquei surpreso na conferência da nova Bevo List e do Guia da MBB que acompanha a da Matriz voltada para a realidade do nosso mercado, são vários produtos nacionais que perderam homologação.

Não tenho a imagem anterior da Bevolisten mas pelo que me lembro notei que permaneceram produtos de empresas de grande porte como Exxon, BASF, Castrol e etc mas foram incluídas algumas marcas novas de fabricantes na Africa do Sul, Turquia, Espanha (Cepsa) e a Chinesa ChangChum Chemical com um concentrado, a lista internacional atualizada pela Matriz na Alemanha está neste link a seguir e a imagem da página publiquei ao final do meu post para facilitar a visualização:
https://bevo.mercedes-benz.com/bevolisten/325.0_en.html

Vou postar imagens de arquivos pessoais da Mercedes-Benz Brasil que já publiquei anteriormente no Fórum para vocês verem as mudanças, ambas extraídas cada qual a seu tempo deste link:
http://www.mercedes-benz.com.br/automoveis/servicos-e-acessorios/produtos-para-sistemas-de-arrefecimento

A imagem da lista ANTERIOR da MBB há alguns meses atrás (NÃO CONFUNDIR - ESSA IMAGEM ABAIXO É DA LISTA PASSADA, DESATUALIZADA, SETAS EM VERMELHO INDICANDO O QUE FOI RETIRADO DO GUIA MB DA BEVOLISTEN  OK):


Agora, a imagem da página ATUAL do Guia da MBB HOJE (recomenda no Brasil só o fluído original):


Numa rápida olhada, os fabricantes que tem subsidiária ou filiais produzindo no Brasil permaneceram na Bevolisten internacional somente o Genantim, o Europeak, a Mobil com os GS e o Pentosin, restante pelo visto tudo fora.

Observem que não são mais homologados: o Lubrax da Petrobrás, Promax, Tirreno, Bardahl, Tutela Petronas, Cosan Brasileira e etc, todos esses fluídos nacionais ou produzidos acredito sob licença no Brasil que acabei de citar não tem mais homologação no MB Approvall" e nem mesmo constam mais como referência na lista Brasil, mais seguro seguir agora a 325.0 da Matriz, para facilitar a visualização hoje é essa:

Confrades, pra trocar todo o liquido ( sangria ) preciso levar na concessionária ou posso confiar o serviço a um posto de gasolina, desses que trocam o oleo ?

Não aconselho fazer isso em posto de gasolina, o ideal é confiar o trabalho a um mecânico para fazer essa limpeza do sistema com o motor frio, recircular para limpar o sistema, desmontar e limpar o reservatório de expansão, checar o estado dos mangotes e bomba d'água, ver eventuais vazamentos, aplicar a mistura de preferência com água desmineralizada (algo que Concessionárias não fazem), checar funcionamento do sensor de nível e por último conferir se o novo líquido está circulando sem obstrução, termostática abrindo normalmente e etc, postos não tem mão-de-obra qualificada para executar sem riscos essa manutenção prevista no Assyst a cada 3 anos.

Ih, Elias, ja vi que é complicado, pra não ter stress eu levo na concessionária...


Depois de ler esse topico eu fui la fora dar uma checada na côr da minha agua e tava cor de cobre ( no meu entender deveria estar limpa, sempre completo com Bardhal e meu carro tem menos de 37 000 km rodados...nem entendi. ) mas pra não arriscar eu vou mandar fazer logo a sangria...


abçao

Obrigado pela aula Antonio! Como já comprei, acho melhor usar o LUbrax mesmo. Mas da próxima vez eu compro o homologado.
Forte abraço
Osvaldo

O principal problema nesses casos eh usar água de torneira...inadequada para o uso.
O ideal eh usar água desmineralizada...com o aditivo concentrado... Ou o aditivo jah pronto...
Forte abs

Se você precisa completar, algo esta errado.

E se o líquido ficou no tom cobre, provavelmente deve estar usando fluído errado.

Oldboy, uma curiosidade, quando fiz a limpeza geral do sistema arrefecimento da 190E que estava com aspecto "barrento" vindo do radiador, antes de aplicar Pentosyn na época aconselhado pelo Rafael M. e um mecânico amigo eu utilizei esse lubrax que ainda estava na lista por ser bem mais barato e ficaria bem mais em conta para aplicar 1 frasco a cada troca do líquido uma vez por semana, fiz e refiz esse processo de recirculação e limpeza por quase 2 meses até o sistema "acostumar" com o fluído e só apliquei o Pentosin na proporção correta 40% quando percebi que saiu líquido claro, limpinho; pois bem notei o seguinte: o líquido do Pentosin original (utilizo em todas minhas Mbs) exala um vapor frio perceptível no tato na hora de aplicar e eu não percebi essa característica no Lubrax, pode ser que esse produto da Petrobrás como os demais nacionais não tenham passado nos testes de qualidade, porque como disse no Pentosyn realmente se percebe/constata no tato a ação refrigerante do produto e o outro não, pelo que vi na prática eu evitaria usar - como não confiei e não usei - esse lubrax que o Osvaldo adquiriu.

AE,

No meu último Classe-A, relaxei e segui a recomendação da MB lá fora de que o liquido refrigerante teria vida útil de 10 anos. Comprei zero, nunca completei, nunca baixou o nível, zero problemas. Findo os 10 anos, esvaziei o sistema completamente e enchi com agua desminiralizada. Fiz o procedimento por 3 consecutivas por puro preciosismo em ter certeza que ali não havia mais nada do Mobil GS que eles vinham abastecidos.

Depois abasteci com esse Lubrax recomendado de cor rosa. Mas me consta que este produto já vem na diluição 50/50 e não é um produto concetrado. Ou seja, não misturei ele com agua. Apenas garrafas do produto entraram no sistema. No frasco vinha recomendação de 1 ano. Assim, findo um 1 ano, apenas sangrei o sistema e enchi novamente com fluído novo. E vendi o carro. Sinceramente? Zero problemas, tanto nos 10 anos de GS quanto nos 2 anos de Lubrax. Nunca troquei uma abraçadeira sequer do sistema. Termostática ainda com funcionamento impecável.

Então esta sua perceṕção na aplicação do produto pode ser apenas placebo ou realmente pode fazer diferença. Nunca inseri termodensimentro em nenhum dos fluidos do sistema para checar a concentracao de monoetilenoglicol.

Mas o fato é que não sofri superaquecimento nem corrosão com nenhum dos dois. Usaria o Lubrax numa boa. Se estiver receoso basta comprar um termodensimetro e checar a concentração na frequencia desejada.

A minha esposa foi a primeira que percebeu esse vapor frio "subindo" de uma parte do líquido do Pentosyn que escorreu numa parte do bloco quando trocamos o reservatório de expansão da ML, venho usando Pentosyn verde/azulado de R$35,00 o litro nas minhas Mbs já uns 6 anos, o lubrax de R$ 18,00 que tinha o MB Approvall na embalagem e saiu da lista - e que utilizei por ser mais em conta para descartar durante as trocas de líquido no processo de limpeza do radiador da W201 - tem cor verde escura; esse Lubrax rosado não conheço, é orgânico?

Se o rosado for esse desse link da Petrobrás deve ser o Lubrax PC2, não é híbrido, pela descrição é classe OAT mais aditivado com homologação Renault, Fiat, GM, Peugeout e Citroen:
http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/5e501b00424b8dfa9101f3dcb77f5b0c/ft-lub-auto-fluidos-radiadores-pc-2.pdf?MOD=AJPERES

Foi o tal do PC2 mesmo que usei.

Grande aula! Aprendi bastante sobre o assunto, obrigado.

O que me chamou a atenção foi a tal "reserva alcalina", proteção contra a corrosão que se mostra sensivelmente maior nos líquidos estrangeiros que nos nacionais: para se ter uma ideia, no Petronas Coolant 11 ela é de 13,0; no Glacelf Classic é de 11,5; e no Lubrax Fluido para Radiadores (que atenderia a norma MB 325.0) é de apenas 10 ml HCl 0,1 N.

Leon, Osvaldo, estamos aprendendo juntos, o Mestre que tem o conhecimento técnico sobre esses testes é o Oldboy, essa questão da reserva alcalina de repente pode ser o motivo de não aprovação dos produtos nacionais.

Aqui no Fórum tem links de alguns testes mais antigos feitos pela Mercedes, mas achei interessante é que o último teste que o Inmetro divulgou em 2007 (para apurar denúncias - http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/aditivo_radiadores.pdf ) feito junto com o Instituto de Qualidade Automotiva, fora proposto à ABNT mudanças na norma brasileira NBR de fluídos porque já naquela época encontraram formulações mais avançadas em alguns fluídos como no Valvoline que não estavam previstos, ou seja a tecnologia das empresas nacionais já estava defasada; pode ser que os fabricantes nacionais não tenham acompanhado essa evolução em relação aos laboratórios dos grandes fornecedores, a gasolina para F1 por exemplo divulgaram recentemente que num primeiro momento o combustível da Petrobrás não passou nos testes de potência da Mercedes e tiveram que melhorar a composição para conseguir aprovação para 2016, há um óleo em testes e etc, enfim pode ser que a queda de qualidade nacional seja uma dura realidade e isso não é bom para um País que vai receber uma Fábrica, veja que há fluído homologado fabricado na Africa do Sul e o Brasil saiu da lista.

Eu não comprei esse PC2 pois não mencionava que atendia a norma 325.0. Comprei esse daqui 
http://www.br.com.br/wps/portal/portalconteudo/lubrax/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3gjf09TAxcjT1__YEdXA0_XEDP_MD9zd2MLY_2CbEdFAEMzpiw!/?PC_7_2OI50D2IMOSAE0IET6OVN7G3A2000000_WCM_CONTEXT=/wps/wcm/connect/portal+de+conteudo/hot+site/linha+lubrax/automotivos/linha+automotiva+-complementos+automotivos+-+fluidos

Osvaldo, o Lubrax que tinha referência era esse J1034, foi o mesmo que usei em proporções menores durante o processo de "limpeza" na minha 190E até aplicar o Pentosyn definitivo.

Essa experiência do Oldboy já aconteceu comigo.
Eu também sempre me baseei nos manuais de manutenção, que recomendam a troca do líquido do arrefecimento aos 15 anos ou 250.000 km rodados.
A W163 ML 270 é exceção, pois a recomendação é para troca a cada 2 anos. 

Porém, os atuais aditivos tem validade de apenas 3 anos, o que coloca por terra toda a discussão de quando o líquido deverá ser substituído, ou melhor, esclarece o assunto, pois a troca não poderá ocorrer depois do prazo de validade do produto.
Conclui-se que o prazo máximo é de 3 anos, pois nas autopeças  dificilmente encontraremos um produto que tenha saído recentemente da fábrica. Deve-se então, ao fazer a substituição do líquido, atentar para a data de vencimento do produto, e, com base nesse dado, programar a próxima troca.

Marujo,

Voce comprou o "certo". Eu que comprei a epoca o "errado". Agora, vai do teu entendimento usar ou não o produto.

Coronel,

São 15 anos? Na minha cabeça quando li o manual alemão eram apenas 10. Ou seria o Classe-A diferenciado também? Fato é que troquei com 10 anos de uso e uns 75.000km e 0 problemas.

Oldboy vou usar esse Lubrax mas ao fim de um ano eu vou trocar e colocar o recomendado.
Um assunto lateral mas que tem a ver:  A minha W 210 de 2001 vocês sugerem que eu troque as mangueiras do radiador por prevenção? As mangueiras estão em bom estado mas vai que?

Eloi, 2 anos me parece um prazo bem razoável de troca.

Oldboy vou usar esse Lubrax mas ao fim de um ano eu vou trocar e colocar o recomendado.
Um assunto lateral mas que tem a ver:  A minha W 210 de 2001 vocês sugerem que eu troque as mangueiras do radiador por prevenção? As mangueiras estão em bom estado mas vai que?

Oldboy, no caso do W168 o livreto de manutenção recomenda que a troca do líquido de arrefecimento deve ser feita a cada 3 (três) anos e usar a proporção de 50% de aditivo, há um alerta na pág. 18 que não pode ultrapassar a proporção de 55% de aditivo no M166 (corresponde à proteção anticongelante até -45ºC), cita que caso contrário prejudica a dissipação de calor (pág. 18).

Eloy, eu também não espero completar os 3 anos. rsrsrsrs