Teste: Mercedes-Benz S63 L AMG é puro poderio ostensivo

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Mensagem por Convidad 1 Sex 18 maio 2012 - 14:01



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A indústria automotiva, como qualquer outra, quer vender e ter lucros – quanto mais polpudos, melhor. Mas não é só isso. As grandes marcas de automóveis também criam modelos que servem apenas para exibir suas capacidades técnicas. Assim surgem carros de nicho, como cupês e conversíveis, por exemplo. Modelos que vendem pouco, mas espalham prestígio por toda a linha. A Mercedes-Benz tem no alto de sua gama um belo exemplo disso. A S63 L AMG é a união de um sedã grande, lotado de requinte e com um motor de avassaladores 571 cv. Como nessa altitude de mercado não há concessões, esportividade e luxo são elevados ao mais alto nível. E isso tem um preço. Na tabela, na linha da S63 L AMG aparece US$ 419.900 – ou quase R$ 840 mil. Mas não é mesmo para vender. Ela foi criada com o único propósito de ser vitrine de tecnologia. É quase um delírio de engenheiro. Tanto que cada motor da Classe S da AMG é assinado por um deles – o que supervisionou a construção do motor do início ao fim.

E um sonho dos mais ambiciosos. A começar pela parte mais importante em um carro desenvolvido com a ajuda da AMG – divisão esportiva da Mercedes – o trem de força. A S 63 foi renovada mundialmente no final de 2010 e teve como principal mudança o motor. O downsizing chegou até nos modelos de desempenho mais superlativo. Saiu de linha o antigo V8 6.2 aspirado para a chegada de um V8 5.5 biturbo. A intenção foi deixar o supersedã mais eficiente e veloz de uma só tacada. E, pelo menos nos números, deu certo. A potência subiu de 531 para 544 cv enquanto o consumo caiu 25% de acordo com a marca, muito por causa do sistema Start/Stop, de série. A Mercedes ainda disponibiliza o chamado AMG Performance Pack, que deixa a mistura ainda mais picante. Assim, o propulsor passa a desenvolver 571 cv e 91,7 kgfm de torque, graças à mudança da pressão do turbo para 1,3 bar. Os 2.170 kg são empurrados até os 100 km/h em 4,4 segundos e a limitação eletrônica impede que supere 300 km/h.

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A transmissão também ficou mais moderna graças ao preparo da AMG. Em essência, ela é a mesma automática de sete velocidades que equipa outros carros de passeio da marca. Entretanto, o conversor de torque foi removido e deu lugar a sistema de multiembreagens. Segundo a preparadora, isso reduz a perda de força comum aos conversores de torque. O conjunto consegue realizar trocas em 0,1s.

Para segurar tanta vitalidade, a divisão esportiva da Mercedes também deu uma ajuda na estrutura do sedã. A suspensão tem o Active Body Control, controle ativo de distribuição de peso. Essa função permite que o computador central compense forças transversais no carro através dos amortecedores variáveis e diminua a rolagem de carroceria. Nas curvas, o sistema ainda freia a roda traseira de dentro para melhorar o raio de giro e a precisão da manobra. A direção elétrica tem relação variável.

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O resto é típico de uma Classe S topo de linha. Ou seja, muito luxo e uma vasta quantidade de equipamentos. A versão de entre-eixos alongada em 15 cm aumenta ainda mais o espaço na traseira. Entre os itens de segurança, a S63 L recebe nove airbags – frontais, laterais dianteiros e traseiros, de cortina e de joelho para o motorista –, pre-safe – sistema que prepara o carro para uma eventual colisão para reduzir os danos –, detector de fadiga, câmara de visão noturna, faróis bi-xenônio, detector de ponto cego e um monitor de faixa de rolagem.

Também não faltam ar-condicionado de quatro zonas, sistema de auxílio de estacionamento, telas para entretenimento traseiro e visor dianteiro – que permitem que motorista e passageiro assistam a duas coisas diferentes ao mesmo tempo. O interior tem acabamento com uma mistura de black piano e alumínio escovado e os bancos são de couro com bolsas infláveis para se ajustar ao corpo dos ocupantes. Os quatro assentos podem ser aquecidos ou refrigerados e contam com massageadores individuais. O console central ainda é feito de fibra de carbono. Quase como um lembrete da ferocidade abrigada sob a estrela de três pontas no capô.

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Desempenho – O grande e pesado sedã da Mercedes acelera de maneira brutal. É realmente difícil de acreditar que as mais de 2 toneladas da S63 L possam se mover de maneira tão arrebatadora. O novo motor V8 5.5 biturbo tem um monumental torque de 91,7 kgfm, que está disponível em sua totalidade entre 2.250 rpm e 3.750 rpm. Ou seja, basta passar da marcha lenta que a força total do propulsor aparece. E, evidentemente, isso se ilustra nas acelerações e retomadas. São necessários 4,4 segundos para atingir os 100 km/h e a velocidade máxima é limitada eletronicamente em “apenas” 300 km/h. A transmissão de sete velocidades é excelente e tem trocas rápidas. Nota 10.

Estabilidade – Aqui aflora a “dupla personalidade” da S63 L. Apesar de ser um AMG, ela é antes de mais nada uma Classe S. E, por isso, não pode ter uma suspensão incrivelmente rígida. Mesmo assim, surpreende a maneira como um sedã de 5,20 metros de comprimento e mais 3,0 m de entre-eixos faz curvas. O trabalho da suspensão eletrônica compensa as transferências de peso com muita eficiência. As rolagens da carroceria existem, mas pouco incomodam. Quando o botão Sport é acionado, os amortecedores ficam mais duros e, aí, o comportamento fica mais agressivo. Os largos pneus aderem ainda mais ao chão e fica difícil tirar a S63 L da trajetória. Nota 9.

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Interatividade – Existem tantos controles na S63 que o motorista se confunde na primeira vez que senta no sedã. É controle elétrico de banco e da coluna de direção, câmbio com três programas, câmara de visão noturna, rádio com diversas funções, volante multifuncional entre outros muitos comandos. A vasta maioria tem funcionamento simples e intuitivo. Exceção feita à alavanca do cruise control, colocada muito próxima à da seta de direção e ao sistema de entretenimento, com menus pouco claros. Os destaques são para as imensas borboletas para troca manual de marcha e para o banco com almofadas infláveis que compensam a rolagem da carroceria e mantém motorista e passageiro estáveis. Nota 10.

Consumo – O computador de bordo marcou uma média de 6,2 km/l de gasolina. Considerando o quanto o carro instiga a pressionar o acelerador, não é tão ruim. Nota 6.

Conforto – Qualquer Classe S de entre-eixos alongado proporciona uma dose absurda de conforto. Os quatro ocupantes – atrás são duas poltronas – têm muito espaço para se espalhar. Qualquer um também pode usar os massageadores dos bancos. O couro é de excelente qualidade e a espuma dos bancos têm densidade correta entre o conforto e sustentação. Apesar de ser um AMG, a suspensão não chega a ser muito dura. Assim, o rodar é suave suficiente para não se sentirem pancadas secas. Nota 10.

Tecnologia – A plataforma não é exatamente nova – é de 2005 –, mas os recursos eletrônicos foram atualizados. Caso da suspensão adaptativa. O motor é uma obra-prima – assinada, inclusive. Lançado no fim de 2010, ele conseguiu ficar mais forte e econômico que o seu antecessor. E, por ser um topo de linha, a lista de equipamentos é completíssima. Só para citar os mais impressionantes, o carro tem câmara de visão noturna, controle de cruzeiro adaptativo, nove airbags, sistema de entretenimento completo e tela interna que permite motorista e passageiro assistirem a coisas diferentes ao mesmo tempo. Nota 10.

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Habitalidade – As portas são grandes e os acessos são fáceis no imenso sedã da Mercedes. A distância entre-eixos maior ajuda nessa movimentação interna. Na cabine, existe uma boa quantidade de porta-objetos escondida. A maioria deles é coberta ou está sob algum console. O porta-malas é dos mais espaçosos. Ele leva 560 litros e tem braços com amortecedores que não invadem a área das bagagens. Nota 9.

Acabamento – É impressionante a qualidade do interior do Classe S. O painel recebe uma escolha única de materiais, que incluem couro de alta qualidade e black piano. A versão AMG consegue expandir ainda mais essa sensação com o console central feito de fibra de carbono e as borboletas feitas de alumínio. O toque final fica de extravagância por conta do relógio suíço IWC montado entre as saídas de ar do painel. Nota 10.

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Design – É um daqueles carros que chama mais atenção pelo porte do que por seu design propriamente dito. O desenho é até um tanto conservador, condizente com o público-alvo do modelo. A AMG tenta adicionar um pouco mais de tempero à mistura com vistosas rodas de 19 polegadas, para-choques maiores e o discreto detalhe na lateral que lembra aos desavisados o monstro que mora sob o capô. No final, é impossível passar anônimo a bordo desse carro. Nota 8.

Custo/benefício – A S63 L AMG é uma máquina feroz e, ainda assim, capaz de levar um riquíssimo dono de empresa com o maior conforto no banco traseiro. É lotada de tecnologia de última geração e tem equipamentos muito interessantes. O problema é que a Mercedes cobra – muito – caro por isso. No Brasil, ela é vendida por nada módicos US$ 419.900, ou astronômicos R$ 840 mil. Por mais que seja incrível, é demais para um carro. Atualmente, a concorrência no Brasil se resume ao Audi A8 L W12 que custa R$ 656 mil e que ainda pode receber opcionais. Na própria linha da Mercedes, existe o E 63 AMG, com o mesmo motor e preço US$ 120 mil menor. Nota 3.

Total – O Mercedes-Benz S 63 L AMG somou 85 pontos em 100 possíveis.

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Difícil imaginar o resultado de uma Classe S combinada com uma preparação da AMG. Afinal, o sedã grande é uma referência em termos mundiais de um três-volumes executivo com muito requinte e conforto. Enquanto isso, a sua divisão esportiva raramente é conhecida pela sua capacidade de fazer algo de refinado. Suas criações estão mais para carros puros, com feeling de direção radical e extremo desempenho. Em essência, os dois são quase antagônicos. E, de alguma maneira, a S63 L AMG mostra essa bipolaridade. Para o bem e para o mal.

O desempenho já revela isso claramente. O motor V8 5.5 biturbo é boçal. Com 571 cv e incríveis 91,7 kgfm de torque, o suntuoso sedã de mais de 5 metros acelera até os 100 km/h em 4,4 segundos. Os 200 km/h surgem no velocímetro digital apenas 9,3 segundos depois. A força dele impressiona. O torque máximo é disponível em ampla faixa de giros. Basta encostar o pé no acelerador que as rotações sobem, o conta-giros empina e tudo fica borrado do lado de fora. Se a pisada for funda, é preciso tomar cuidado para não tomar uma “patada” na nuca. A transmissão automática de sete velocidades é rápida e compõe com o motor um belo conjunto. No modo manual, seu funcionamento é até um pouco bruto. As trocas dão trancos. Mas, mesmo com tanta potência, pouco é sentido por dentro. O isolamento acústico é excelente e só se a janela estiver aberta é possível ouvir o ronco grave e embolado do poderoso V8.

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O comportamento dinâmico é semelhante. Como o carro precisa ser confortável, a AMG não pôde instalar uma suspensão dura para melhorar a dirigibilidade. A saída para a divisão esportiva da Mercedes foi criar um sistema eletrônico que compense as transferências de peso do carro. Assim, em retas, a rolagem é suave. Nenhum abastado empresário vai reclamar de suspensão batendo. Em curvas, o sedã mantém a compostura e rola pouco. Mas, mesmo custando R$ 800 mil, não dá para fugir das leis da física. O carro é longo, tem entre-eixos imenso e a tração é traseira. Ou seja, em algumas curvas mais fechadas ou mudanças muito bruscas de direção, a traseira tende a se perder. Sorte que o controle de estabilidade age rápido e segura tudo. O botão Sport no painel deixa o conjunto mais rígido e o sedã ainda mais esperto.

Ao mesmo tempo em que o motorista vira o volante com ferocidade em uma sequência de curvas, os bancos dianteiros se inflam para apoiar o corpo e atenuar os efeitos da força G. Se a curva é para a direita, por exemplo, é a almofada do lado esquerdo que se projeta. O interior tem outros mimos esportivos interessantes. É o caso dos apliques em fibra de carbono no console central e das vistosas borboletas em alumínio.

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O resto, é luxo puro. O acabamento é primoroso e todos os materiais escolhidos são de ótima qualidade. O relógio analógico da marca suíça IWC no centro passa uma dose a mais de requinte. Quem preferir trocar o assento do condutor por qualquer um de trás vai ser recebido com imenso espaço para as pernas. Os bancos são elétricos e ainda têm massageador. O ocupante traseiro direito ainda pode comandar a posição do banco à sua frente para o seu próprio conforto. Para o entretenimento existe uma tela para cada um com comando individual.

E, ao mesmo que tempo que brinda os passageiros com tanto luxo, o carro traz um cronômetro digital no velocímetro que permite marcar o tempo uma volta em circuito. A S63 AMG traz consigo essa dificuldade de definir sua personalidade. Mas como o animal mítico, com cabeça de leão e corpo de cabra, responde em alto nível às duas linhagens genéticas. Não há meio termo. Em toda a essência que isso possa significar.

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Ficha técnica Mercedes-Benz S63 L AMG

Motor: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 5.461 cm³, dois turbos, oito cilindros em “V”, quatro válvulas por cilindro e comando duplo no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial. Acelerador eletrônico.
Transmissão: Câmbio automático com sete marchas à frente e uma a ré, com opção de mudanças sequenciais na manopla do câmbio ou através de borboletas no volante. Tração traseira. Controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 571 cv a 5.500 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 4,4 segundos.
Velocidade máxima: 300 km/h limitada eletronicamente.
Torque máximo: 91,7 kgfm entre 2.250 e 3.750 rpm.
Diâmetro e curso: 98,0 mm X 90,5 mm. Taxa de compressão: 10,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo double wishbone com amortecedores ajustáveis. Traseira independente do tipo multilink com amortecedores ajustáveis. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 255/40 R19 na frente e 275/40 R19 atrás.
Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD e assistente de frenagem de emergência.
Carroceria: Sedã com quatro portas e quatro lugares. Com 5,22 metros de comprimento, 2,12 m de largura, 1,48 m de altura e 3,16 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais dianteiros e traseiros, cortina e de joelho para o motorista.
Peso: 2.170 kg.
Capacidade do porta-malas: 560 litros.
Tanque de combustível: 104 litros.
Produção: Sindelfingen, Alemanha.
Lançamento: 2010.
Itens de série: Ar-condicionado de quatro zonas, câmara de ré, câmara de visão noturna, quadro de instrumentos digital, rádio/CD/MP3/iPod/USB/Bluetooth, bancos de couro com massageadores e térmicos, sistema de entretenimento traseiro, nove airbags, ABS com BAS, detector de fadiga, pre-safe, rodas de liga leve de 19 polegadas, sistema de auxílio de estacionamento, controle de estabilidade e de tração, suspensão ativa, assistente de ponto cego e de manutenção de faixa de rodagem.
Preço: US$ 419.900, equivalente a cerca de R$ 840 mil.

Fonte: motordream / Uol
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Mensagem por Convidad Sáb 19 maio 2012 - 0:55



O carro é show, mas o preço que se pede no Brasil é absurdo. Só pra ter uma idéia, na MB South Florida tem pra venda a partir de U$ 153.995,00.
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Mensagem por JNeeto Sáb 19 maio 2012 - 1:17



O Brasil faz de tudo para deixar os sonhos o mais longe possível, Jrcl23.
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Mensagem por Convidad 3 Sáb 19 maio 2012 - 5:07



Que carro!!!

Uma boa reportagem, mas dar nota 6 porque o carro, que tem mais de 500cv, faz 6km/l é uma piada, rsrs.

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Mensagem por Convidad Sáb 19 maio 2012 - 10:05



JNeeto, é verdade.
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Mensagem por Pedroalexrj Sáb 19 maio 2012 - 10:28



Um espetáculo...como todas as MB's...guardadas as devidas proporções...
Um dia, quem sabe tenho uma....ainda que com 30anos de uso...hehehhehe
abs.

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Mensagem por Ferrera Sáb 19 maio 2012 - 13:54



Quem sabe a Sra. Hebe não tem uma ? Ela é admiradora das classe S
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