Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
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Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Boa noite caros confrades!
Lá vou eu tirar minhas dúvidas com vocês!
Um mecânico me disse que quanto maior a kilometragem do carro mais grosso o óleo tem que ser colocado no motor, pelo que ví aqui no Fórum o correto nas W168 é o 5 /30 ou 10/40 ele queria por o 20/50 mas fiquei inseguro de colocar antes de consultar os mestres do Fórum!
Espero ter aberto o Tópico corretamente!
Obrigado a todos!
Lá vou eu tirar minhas dúvidas com vocês!
Um mecânico me disse que quanto maior a kilometragem do carro mais grosso o óleo tem que ser colocado no motor, pelo que ví aqui no Fórum o correto nas W168 é o 5 /30 ou 10/40 ele queria por o 20/50 mas fiquei inseguro de colocar antes de consultar os mestres do Fórum!
Espero ter aberto o Tópico corretamente!
Obrigado a todos!
IvoArruda- Usuário Iniciante
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
IvoArruda, boa noite!
O melhor é sempre seguir a recomendação do manual do veículo.
O melhor é sempre seguir a recomendação do manual do veículo.
Convidado 12- Usuário Platina
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
O Rafael M. que vai gostar desse debate, vejam esse artigo publicado pelo Confrade na Autozine:
http://autozine.com.br/informacao/um-guia-completo-sobre-oleos?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed:+Autozine+(Autozine)
Ivo, 10W40 há vários óleos homologados pela Mercedes, mas onde o amigo leu no fórum que o 5W30 é o correto?
Estou lhe perguntando isso (com relação ao "correto"), porque na bevolisten (Matriz) da norma 229.1 que é a dos motores do W168 consta óleos somente 5W40 e 5W50 como homologados, na especificação 5W30 não constam homologações para o Classe A nacional, veja:
https://bevo.mercedes-benz.com/bevolisten/229.1_de.html
Na lista nacional da MBB, baseada na da Matriz, ídem:
http://www.mercedes-benz.com.br/resources/files/documentos/automoveis/servicos-e-pecas/guia-de-lubrificantes/Files/BB00.40-B-0229-01PA.pdf
Creio que você ter lido que algumas oficinas especializadas como a AutoEvolução de JF por exemplo aplicam o Shell Helix Ultra 5W30, eu mesmo comentei sobre isso, mas disse que não é homologado para o Classe A, o 5W30 salvo engano é da bevolisten 229.5, atualmente uso no meu A190 aplicado pela especializada que citei, um amigo meu tinha um A que ele usava Mobil 1 0W40 que é aplicado em motores Amg, acho o seguinte usar 5W30 pelo que conversei com o Técnico Oldboy não causa danos ao motor, a questão é que como não é homologado, não diria que é o correto, me entende. rsrsrsrs
http://autozine.com.br/informacao/um-guia-completo-sobre-oleos?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter&utm_campaign=Feed:+Autozine+(Autozine)
Ivo, 10W40 há vários óleos homologados pela Mercedes, mas onde o amigo leu no fórum que o 5W30 é o correto?
Estou lhe perguntando isso (com relação ao "correto"), porque na bevolisten (Matriz) da norma 229.1 que é a dos motores do W168 consta óleos somente 5W40 e 5W50 como homologados, na especificação 5W30 não constam homologações para o Classe A nacional, veja:
https://bevo.mercedes-benz.com/bevolisten/229.1_de.html
Na lista nacional da MBB, baseada na da Matriz, ídem:
http://www.mercedes-benz.com.br/resources/files/documentos/automoveis/servicos-e-pecas/guia-de-lubrificantes/Files/BB00.40-B-0229-01PA.pdf
Creio que você ter lido que algumas oficinas especializadas como a AutoEvolução de JF por exemplo aplicam o Shell Helix Ultra 5W30, eu mesmo comentei sobre isso, mas disse que não é homologado para o Classe A, o 5W30 salvo engano é da bevolisten 229.5, atualmente uso no meu A190 aplicado pela especializada que citei, um amigo meu tinha um A que ele usava Mobil 1 0W40 que é aplicado em motores Amg, acho o seguinte usar 5W30 pelo que conversei com o Técnico Oldboy não causa danos ao motor, a questão é que como não é homologado, não diria que é o correto, me entende. rsrsrsrs
Convidado 9- Usuário Platina
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Nossa Ivo jamais colocaria óleo 20/50 na W 168 já usei o 5/30 e hj só uso o 5/40.
Douglas Barddal- Usuário Prata
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Douglas e Antônio muito obrigado pelas dicas depois dessa sem palavras!
IvoArruda- Usuário Iniciante
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Quanto a motores mais rodados demandarem óleo mais grosso, é bastante relativo. Alguns preferem engrossar o óleo quando o consumo do mesmo aumenta, já por outro lado, há motores que consomem óleo independente da viscosidade usada e outros, como o do meu primeiro carro, que comprei com 36 mil rodados e hoje está virando os 180 mil com meu pai e usa o 5W30 sintético, trocando a cada 10 mil quilômetros e não "baixa" entre uma troca e outra.
Quanto ao Classe A, reforço o que os confrades disseram: Se atenha à orientação do manual e a Bevolisten. Mais "grosso" que 15W40 é desnecessário para ele, independente da quilometragem. Já vi taxis com mais de 300 mil quilômetros, realizando a troca com óleo 15W40 semissintético a cada 5 ou 7 mil quilômetros e consumo de nem um litro entre trocas. Cada motor é diferente do outro, mas não deixa de ser um ponto interessante a se considerar.
Abraços!
Quanto ao Classe A, reforço o que os confrades disseram: Se atenha à orientação do manual e a Bevolisten. Mais "grosso" que 15W40 é desnecessário para ele, independente da quilometragem. Já vi taxis com mais de 300 mil quilômetros, realizando a troca com óleo 15W40 semissintético a cada 5 ou 7 mil quilômetros e consumo de nem um litro entre trocas. Cada motor é diferente do outro, mas não deixa de ser um ponto interessante a se considerar.
Abraços!
Rafael M.- Administrador
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Por nada Ivo.
Pelo que tenho lido e conversado com o Oldboy e com o prezado amigo Confrade Rafael M., lubrificantes evoluíram muito, essa viscosidade 10W40 vai se tornando cada vez mais um lubrificante do passado.
O Oldboy comentou que é interessante utilizar viscosidade a frio sempre 0/5 porque é exatamente na partida que ocorre o maior desgaste.
E quanto a conferir a Bevolisten concordo plenamente com o Rafael, importantíssimo isso, pois é nela que estará sempre atualizada para nossa segurança a relação dos óleos que foram aprovados nos testes feitos pela Mercedes-Benz.
Pelo que tenho lido e conversado com o Oldboy e com o prezado amigo Confrade Rafael M., lubrificantes evoluíram muito, essa viscosidade 10W40 vai se tornando cada vez mais um lubrificante do passado.
O Oldboy comentou que é interessante utilizar viscosidade a frio sempre 0/5 porque é exatamente na partida que ocorre o maior desgaste.
E quanto a conferir a Bevolisten concordo plenamente com o Rafael, importantíssimo isso, pois é nela que estará sempre atualizada para nossa segurança a relação dos óleos que foram aprovados nos testes feitos pela Mercedes-Benz.
Convidado 9- Usuário Platina
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Saudações, confrades!
Aproveitando o tópico sobre óleo "grosso" ou "fino", gostaria de fazer uma pergunta: em tese, um motor antigo, com indicação de uso de óleo SAE 30 (monoviscoso), poderia usar qual óleo multiviscoso (ou multigraduado)?
Eu defendo a tese de que pode ser usado qualquer óleo xxW-30, por exemplo um 10W-30, "tolerando" - com restrições - um 15W-40.
Sou dissonante nessa discussão, pois a maioria afirma que para "motor antigo" usa-se um 20W-50 ou mesmo um 25W-60.
Pesquisei muito na internet e tenho a convicção (posso estar errado) de o uso de um óleo mais viscoso é mais prejudicial que um pouco viscoso.
O que achei, penso que com maior base técnica, foi um material da Bosch Rexroth sobre pistões axiais (ressalvando que motores Otto têm outra concepção) abordando, dentre outros aspectos, a hidrodinâmica. Transcrevo a parte que considerei mais importante:
A viscosidade ou o comportamento viscosidade-temperatura (comportamento VT) são de significado primário, no entanto também
devem-se observar o comportamento viscosidade-pressão, a densidade e o Pourpoint (ponto de solidificação).
Viscosidade mais alta, portanto óleo mais grosso, pior a eficiência mecânico-hidráulica. As perdas por vazamento no entanto são menores.
Em níveis menores de pressão as folgas de mancais não são preenchidas, com isso ocorrem maiores desgastes. Na parte da sucção resultam em perdas de preenchimento, com isto avarias por cavitação (avarias de implosão).
Viscosidades muito baixas favorecem maiores vazamentos e maiores desgastes nos mancais.
O comportamento viscosidade-temperatura dos óleos minerais, é caracterizado por uma marcante queda da viscosidade com o aumento da temperatura, denominado como VI = índice de viscosidade.
Desse texto, surgiu-me uma dúvida: creio que um óleo menos viscoso acarretaria uma menor pressão no sistema (porém com maior vazão?). Em assim sendo, a menor pressão poderia implicar desgastes nos mancais e por cavitação?
Agradeço antecipadamente pelas considerações dos confrades!
Aproveitando o tópico sobre óleo "grosso" ou "fino", gostaria de fazer uma pergunta: em tese, um motor antigo, com indicação de uso de óleo SAE 30 (monoviscoso), poderia usar qual óleo multiviscoso (ou multigraduado)?
Eu defendo a tese de que pode ser usado qualquer óleo xxW-30, por exemplo um 10W-30, "tolerando" - com restrições - um 15W-40.
Sou dissonante nessa discussão, pois a maioria afirma que para "motor antigo" usa-se um 20W-50 ou mesmo um 25W-60.
Pesquisei muito na internet e tenho a convicção (posso estar errado) de o uso de um óleo mais viscoso é mais prejudicial que um pouco viscoso.
O que achei, penso que com maior base técnica, foi um material da Bosch Rexroth sobre pistões axiais (ressalvando que motores Otto têm outra concepção) abordando, dentre outros aspectos, a hidrodinâmica. Transcrevo a parte que considerei mais importante:
A viscosidade ou o comportamento viscosidade-temperatura (comportamento VT) são de significado primário, no entanto também
devem-se observar o comportamento viscosidade-pressão, a densidade e o Pourpoint (ponto de solidificação).
Viscosidade mais alta, portanto óleo mais grosso, pior a eficiência mecânico-hidráulica. As perdas por vazamento no entanto são menores.
Em níveis menores de pressão as folgas de mancais não são preenchidas, com isso ocorrem maiores desgastes. Na parte da sucção resultam em perdas de preenchimento, com isto avarias por cavitação (avarias de implosão).
Viscosidades muito baixas favorecem maiores vazamentos e maiores desgastes nos mancais.
O comportamento viscosidade-temperatura dos óleos minerais, é caracterizado por uma marcante queda da viscosidade com o aumento da temperatura, denominado como VI = índice de viscosidade.
Desse texto, surgiu-me uma dúvida: creio que um óleo menos viscoso acarretaria uma menor pressão no sistema (porém com maior vazão?). Em assim sendo, a menor pressão poderia implicar desgastes nos mancais e por cavitação?
Agradeço antecipadamente pelas considerações dos confrades!
Leon 1.6- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Olá, Leon 1.6! Bom te ver de volta, sumido!
Vamos lá:
"em tese, um motor antigo, com indicação de uso de óleo SAE 30 (monoviscoso), poderia usar qual óleo multiviscoso (ou multigraduado)? Eu defendo a tese de que pode ser usado qualquer óleo xxW-30, por exemplo um 10W-30, "tolerando" - com restrições - um 15W-40."
Concordo. Em tese, qualquer um Xw-30 (5w30, 10w30...) já que a vantagem de óleos multiviscosos é, a frio, ter a viscosidade (nos casos citados) 5 ou 10, e a quente, manterá a de 30. Pode pesquisar por fichas técnicas de óleos mono 30 ou 40, e óleos xW-30, xW-40 e verás que a quente a viscosidade deles é semelhante. Uma coisa que escuto muito no meio de antigos é que muitos defendem que um óleo 40 é "muuuito" mais grosso que um 20W50, o que não é verdade, ao menos de acordo com as fichas técnicas dos mesmos. Segue exemplo retirado de uma tabela que fiz antes da última troca de óleo da Beth, comparando óleos monoviscosos com multi e de caminhões.
Verás que não há tantas diferenças assim, ao menos na teoria.
"Sou dissonante nessa discussão, pois a maioria afirma que para "motor antigo" usa-se um 20W-50 ou mesmo um 25W-60."
Eu também penso assim, mas, por exemplo, a minha saía de fábrica com 20W40 (de acordo com todos os testes de revista da época, em todos os motores) mas o antigo dono (que pegou ela em 98 e continuou com o hábito do dono anterior) sempre usou 20W50, e como o manual também indica o uso dele e vários proprietários em fóruns europeus dizem que preferem, continuei usando até a troca mais recente o Mobil 20W50. É um motor que funciona mais quente que o normal. Na estrada, acelerando mesmo se mantém a 100ºC ou um pouco acima por breves momentos. Em março peguei 4h20 de congestionamento e temperatura ambiente acima dos 35ºC e o termômetro se mantinha entre 85~87ºC. Não houve nenhuma alteração na pressão de óleo e/ou no funcionamento do motor nessa ocasião.
"Desse texto, surgiu-me uma dúvida: creio que um óleo menos viscoso acarretaria uma menor pressão no sistema (porém com maior vazão?). Em assim sendo, a menor pressão poderia implicar desgastes nos mancais e por cavitação?"
Sim, um óleo menos viscoso acarreta menor pressão no sistema, e com maior vazão. A grosso modo é a diferença entre você tentar sugar por um canudo, um copo com mel e outro com água. A pressão pra puxar a água será menor, mas ela flui mais rapidamente e chega a locais que o mel não chegaria, ao menos não com tanta facilidade. Uma comparação simples mas que dá pra ter uma noção da coisa...
Agora, desgaste em mancais e por cavitação, não sei o que lhe dizer. Mas acho que a maior vazão e em maior velocidade de um óleo "mais fino" pode compensar ou anular essa possibilidade. Mas isso é achismo, não tenho experiência e nem conhecimento a esse ponto. Mas eu pretendo até antecipar a troca de óleo da minha e experimentar o Lubrax Top Turbo 15W40, que alguns que conheço que tem carro turbo (não de fábrica, preparados) estão usando ao invés do Mobil 20W50 e estão notando até temperaturas mais baixas de funcionamento. É um óleo a princípio formulado para motores a Diesel, mas a própria Petrobras o fornece como óleo para uso em frota mista (ciclo otto e diesel). E dado a possível maior concentração de zinco (ZZDP) pode ajudar a preservar o comando e tuchos em motores de concepção mais antiga...
Um fórum que gosto de pesquisar a respeito deste assunto é o Bob Is The Oil Guy, dos EUA. O pessoal lá é "tarado" com óleo e fazem todo tipo de experiência e análises de óleo novo e usado.
Espero ter ajudado, apesar que as vezes, quanto mais se pesquisa sobre isso, mais confuso fica na cabeça...
Vamos lá:
"em tese, um motor antigo, com indicação de uso de óleo SAE 30 (monoviscoso), poderia usar qual óleo multiviscoso (ou multigraduado)? Eu defendo a tese de que pode ser usado qualquer óleo xxW-30, por exemplo um 10W-30, "tolerando" - com restrições - um 15W-40."
Concordo. Em tese, qualquer um Xw-30 (5w30, 10w30...) já que a vantagem de óleos multiviscosos é, a frio, ter a viscosidade (nos casos citados) 5 ou 10, e a quente, manterá a de 30. Pode pesquisar por fichas técnicas de óleos mono 30 ou 40, e óleos xW-30, xW-40 e verás que a quente a viscosidade deles é semelhante. Uma coisa que escuto muito no meio de antigos é que muitos defendem que um óleo 40 é "muuuito" mais grosso que um 20W50, o que não é verdade, ao menos de acordo com as fichas técnicas dos mesmos. Segue exemplo retirado de uma tabela que fiz antes da última troca de óleo da Beth, comparando óleos monoviscosos com multi e de caminhões.
Verás que não há tantas diferenças assim, ao menos na teoria.
"Sou dissonante nessa discussão, pois a maioria afirma que para "motor antigo" usa-se um 20W-50 ou mesmo um 25W-60."
Eu também penso assim, mas, por exemplo, a minha saía de fábrica com 20W40 (de acordo com todos os testes de revista da época, em todos os motores) mas o antigo dono (que pegou ela em 98 e continuou com o hábito do dono anterior) sempre usou 20W50, e como o manual também indica o uso dele e vários proprietários em fóruns europeus dizem que preferem, continuei usando até a troca mais recente o Mobil 20W50. É um motor que funciona mais quente que o normal. Na estrada, acelerando mesmo se mantém a 100ºC ou um pouco acima por breves momentos. Em março peguei 4h20 de congestionamento e temperatura ambiente acima dos 35ºC e o termômetro se mantinha entre 85~87ºC. Não houve nenhuma alteração na pressão de óleo e/ou no funcionamento do motor nessa ocasião.
"Desse texto, surgiu-me uma dúvida: creio que um óleo menos viscoso acarretaria uma menor pressão no sistema (porém com maior vazão?). Em assim sendo, a menor pressão poderia implicar desgastes nos mancais e por cavitação?"
Sim, um óleo menos viscoso acarreta menor pressão no sistema, e com maior vazão. A grosso modo é a diferença entre você tentar sugar por um canudo, um copo com mel e outro com água. A pressão pra puxar a água será menor, mas ela flui mais rapidamente e chega a locais que o mel não chegaria, ao menos não com tanta facilidade. Uma comparação simples mas que dá pra ter uma noção da coisa...
Agora, desgaste em mancais e por cavitação, não sei o que lhe dizer. Mas acho que a maior vazão e em maior velocidade de um óleo "mais fino" pode compensar ou anular essa possibilidade. Mas isso é achismo, não tenho experiência e nem conhecimento a esse ponto. Mas eu pretendo até antecipar a troca de óleo da minha e experimentar o Lubrax Top Turbo 15W40, que alguns que conheço que tem carro turbo (não de fábrica, preparados) estão usando ao invés do Mobil 20W50 e estão notando até temperaturas mais baixas de funcionamento. É um óleo a princípio formulado para motores a Diesel, mas a própria Petrobras o fornece como óleo para uso em frota mista (ciclo otto e diesel). E dado a possível maior concentração de zinco (ZZDP) pode ajudar a preservar o comando e tuchos em motores de concepção mais antiga...
Um fórum que gosto de pesquisar a respeito deste assunto é o Bob Is The Oil Guy, dos EUA. O pessoal lá é "tarado" com óleo e fazem todo tipo de experiência e análises de óleo novo e usado.
Espero ter ajudado, apesar que as vezes, quanto mais se pesquisa sobre isso, mais confuso fica na cabeça...
Rafael M.- Administrador
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Neste aspecto da escolha do óleo mais adequado, o vocês consideram ou considerariam um motor como "antigo"? Alumínio na composição, Km rodada, taxa de compressão?
Convidado 9- Usuário Platina
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Acontece que, para epoca, um W126 280S sair abastecido com 20W40 era totalmente correto. Eram os lubrificantes disponiveis.
Mas nos dias de hoje? Usar isto? Acho um crime. Seja motor "antigo", motor "novo".
AE,
Não podemos dizer se é mordeno ou antigo pelos materiais visto que, naqueles anos, já tinhamos FEFU e Aluminio nas composicoes. Dependia era da fabrica querer gastar $$.
Podemos dizer é quanto as folgas internas. Isto sem continuamos avançando com o passar do tempo e continuamos até hoje!
Mais tarde, se quiserem, escrevo um pouco mais sobre o uso de lubrificantes "modernos" em motores "antigos".
Mas adiantando, só traria ganhos.
Mas nos dias de hoje? Usar isto? Acho um crime. Seja motor "antigo", motor "novo".
AE,
Não podemos dizer se é mordeno ou antigo pelos materiais visto que, naqueles anos, já tinhamos FEFU e Aluminio nas composicoes. Dependia era da fabrica querer gastar $$.
Podemos dizer é quanto as folgas internas. Isto sem continuamos avançando com o passar do tempo e continuamos até hoje!
Mais tarde, se quiserem, escrevo um pouco mais sobre o uso de lubrificantes "modernos" em motores "antigos".
Mas adiantando, só traria ganhos.
oldboy- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Oldboy, seria interessante se você puder comentar um pouco mais sobre essa questão sim! :D
Convidado 9- Usuário Platina
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
AE,
O Oldboy respondeu bem a questão. Mas uma coisa interessante que vi outro dia, no manual do Fusca 69 de um amigo estar escrito sobre o motor usar "óleo lubrificante SAE 30 com detergentes (HD)", algo assim. E é um motor que trabalha em altas temperaturas... Enfim, esse assunto dá bastante pano pra manga.
Oldboy, reforçando o amigo AE, se você puder contribuir, agradeceremos muito! Agora, um óleo 15W40 num M110 seria um crime?
O Oldboy respondeu bem a questão. Mas uma coisa interessante que vi outro dia, no manual do Fusca 69 de um amigo estar escrito sobre o motor usar "óleo lubrificante SAE 30 com detergentes (HD)", algo assim. E é um motor que trabalha em altas temperaturas... Enfim, esse assunto dá bastante pano pra manga.
Oldboy, reforçando o amigo AE, se você puder contribuir, agradeceremos muito! Agora, um óleo 15W40 num M110 seria um crime?
Rafael M.- Administrador
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Rafael, então, SAE 30 atualmente para um motor refrigerado a ar é no mínimo intrigante, interessantes mesmos esses detalhes de manuais, os óleos vão sendo modernizados e os motores afinal continuam os mesmos a não ser que sejam abertos e recebam preparação. rsrsrsrs
Enfim, o que observar na escolha também acho bastante polêmico principalmente para nós que não somos técnicos, o Oldboy com certeza vai clarear isso mais, na 190E 2.6 por exemplo que tem um motor relativamente recente (não não sei poderia dizer que é um bloco antigo e etc?!), sem folgas, funciona redondo sem baixar nível, uso nela óleo moderno homologado na 229.1 15W40 da Elf/Total, API SM, na dúvida preferi acompanhar o que a Intercan já aplicava nela antes, notei que há especificações para máquinas das décadas 50 e 60 por exemplo que nem se acha mais com facilidade no mercado, mas acreditava mesmo que a presença de alumínio seria um "divisor" nessa questão antigo x moderno tal como ocorre na escolha do fluído de arrefecimento anti-congelante, pelo visto com óleo de motor nada a ver.
Enfim, o que observar na escolha também acho bastante polêmico principalmente para nós que não somos técnicos, o Oldboy com certeza vai clarear isso mais, na 190E 2.6 por exemplo que tem um motor relativamente recente (não não sei poderia dizer que é um bloco antigo e etc?!), sem folgas, funciona redondo sem baixar nível, uso nela óleo moderno homologado na 229.1 15W40 da Elf/Total, API SM, na dúvida preferi acompanhar o que a Intercan já aplicava nela antes, notei que há especificações para máquinas das décadas 50 e 60 por exemplo que nem se acha mais com facilidade no mercado, mas acreditava mesmo que a presença de alumínio seria um "divisor" nessa questão antigo x moderno tal como ocorre na escolha do fluído de arrefecimento anti-congelante, pelo visto com óleo de motor nada a ver.
Convidado 9- Usuário Platina
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Vamos por partes,
Achei que já tivesse falado disso - lubrificantes - por aqui mas talvez não.
Quando me referi as folgas de um motor, não era sobre as que vão se aumentando com o uso do propulsor e dizemos popularmente que que o mesmo já está "folgado". Me referi a, por exemplo, a folga entre o anel de segmento do embolo (pistão) e a parede do cilindro. Foram estas folgas, previstas pela engenharia no projeto que com o avanço da industria, foram sendo reduzidas, trazendo diversos beneficios, como: Redução do consumo, emissão de poluentes, aumento de eficiência, etc. Entretanto, quanto mais recente é o motor, mais exigido ele é. Vejam as potências específicas atuais. Sempre altíssimas. Isso demandou o avanço dos lubrificantes...
É sabido faz muito tempo que, a maior parte do desgaste sofrido por um motor a combustão ocorre quando o mesmo é posto em funcionamento. PQ? Pq o lubrificante está no carter. Damos a partida e a bomba de oleo se encarrega de mandar o fluido para todas as partes do motor. Mas isso leva tempo. E em quanto isso não acontece, peças de estão atritando e se desgastando.
Pois bem... Antigamente tinhamos lubrificantes monoviscosos. Então desenvolvia-se algo que seria capaz de manter o filme lubrificante entre as peças quando o motor estivessem em temperatura ideal de funcionamento. Era o que se tinha para a epoca.
Viscosidade é a medida de restitencia do fluido. Os mais viscosos tendem a fluir de forma mais lenta do que o menos viscosos.
Depois consegui-se desenvolver lubrificantes multiviscosos. Mas ainda haviam muitas limitações por serem minerais. Não conseguiamos fazer algo que fosse menos viscoso como um 5W, pois na fase quente ele não manteria sua viscosidade em 40. O que acontecia? A fase fria era mais proxima da fase quente que os atuais. Temos ai: 25W60, 20W50, 20W40.
Tudo isso foi se aperfeicoando... Tinhamos os semi sinteticos, 15W40, como o amigo Rafael citou. Hoje em dia, fazemos praticamente oq desejarmos, temos lubrificantes 0W40, 5W50. Isso há 30 anos atrás era inimaginável.
Então, no caso específico de motores já defasados tecnologicamente em termos de lubrificante, como costumo pensar? Tenho CERTEZA que a engenharia trabalhou e chegou a conclusão que a viscosidade na fase quente para aquele propulsor era 40. Como parece ser o caso da 280S. O que posso fazer para beneficiar meu motor? Usar um oleo que tenha a melhor fase fria possível! Que meu bolso possa bancar! Que tal um 0W40?
"Poxa, mas já li que oleo fino em motor velho vaza pelas juntas... Que isso, aquilo." Amigos, nós somos diferentes dos mexânicos por ai. Ele sabe qual é a viscosidade de um 20W40 na fase fria e quente? Se o 20W40 não vaza pela junta quando seu motor está em temperatura ideal de funcionamento, o 0W40 tende a não vazar na fase fria também.
Outro erro comum é que muitos acham que os números da especificação são exatamente os da temperatura. Um 15W40 não é para partida fria até 15 graus positivos e para fase quente em temperatura ambientes de 40 graus positivos.
Fora diversas outras vantagens de um lubrificante mordeno, aditivos, resistencia a oxidação, perda de viscosidade, etc....
Agora, quanto a veículos mais novos, MUITO cuidado ao fazer alterações como é essa. Hoje em dia o oleo é responsavel por exemplo pelo acionamente do mecanismo dos comandos variaveis, refrigeracao de turbinas e por ai vai.
Isso é só um pouco. Sempre disposto a sanar as duvidas de vcs dentro dos meus limites de conhecimento.
Achei que já tivesse falado disso - lubrificantes - por aqui mas talvez não.
Quando me referi as folgas de um motor, não era sobre as que vão se aumentando com o uso do propulsor e dizemos popularmente que que o mesmo já está "folgado". Me referi a, por exemplo, a folga entre o anel de segmento do embolo (pistão) e a parede do cilindro. Foram estas folgas, previstas pela engenharia no projeto que com o avanço da industria, foram sendo reduzidas, trazendo diversos beneficios, como: Redução do consumo, emissão de poluentes, aumento de eficiência, etc. Entretanto, quanto mais recente é o motor, mais exigido ele é. Vejam as potências específicas atuais. Sempre altíssimas. Isso demandou o avanço dos lubrificantes...
É sabido faz muito tempo que, a maior parte do desgaste sofrido por um motor a combustão ocorre quando o mesmo é posto em funcionamento. PQ? Pq o lubrificante está no carter. Damos a partida e a bomba de oleo se encarrega de mandar o fluido para todas as partes do motor. Mas isso leva tempo. E em quanto isso não acontece, peças de estão atritando e se desgastando.
Pois bem... Antigamente tinhamos lubrificantes monoviscosos. Então desenvolvia-se algo que seria capaz de manter o filme lubrificante entre as peças quando o motor estivessem em temperatura ideal de funcionamento. Era o que se tinha para a epoca.
Viscosidade é a medida de restitencia do fluido. Os mais viscosos tendem a fluir de forma mais lenta do que o menos viscosos.
Depois consegui-se desenvolver lubrificantes multiviscosos. Mas ainda haviam muitas limitações por serem minerais. Não conseguiamos fazer algo que fosse menos viscoso como um 5W, pois na fase quente ele não manteria sua viscosidade em 40. O que acontecia? A fase fria era mais proxima da fase quente que os atuais. Temos ai: 25W60, 20W50, 20W40.
Tudo isso foi se aperfeicoando... Tinhamos os semi sinteticos, 15W40, como o amigo Rafael citou. Hoje em dia, fazemos praticamente oq desejarmos, temos lubrificantes 0W40, 5W50. Isso há 30 anos atrás era inimaginável.
Então, no caso específico de motores já defasados tecnologicamente em termos de lubrificante, como costumo pensar? Tenho CERTEZA que a engenharia trabalhou e chegou a conclusão que a viscosidade na fase quente para aquele propulsor era 40. Como parece ser o caso da 280S. O que posso fazer para beneficiar meu motor? Usar um oleo que tenha a melhor fase fria possível! Que meu bolso possa bancar! Que tal um 0W40?
"Poxa, mas já li que oleo fino em motor velho vaza pelas juntas... Que isso, aquilo." Amigos, nós somos diferentes dos mexânicos por ai. Ele sabe qual é a viscosidade de um 20W40 na fase fria e quente? Se o 20W40 não vaza pela junta quando seu motor está em temperatura ideal de funcionamento, o 0W40 tende a não vazar na fase fria também.
Outro erro comum é que muitos acham que os números da especificação são exatamente os da temperatura. Um 15W40 não é para partida fria até 15 graus positivos e para fase quente em temperatura ambientes de 40 graus positivos.
Fora diversas outras vantagens de um lubrificante mordeno, aditivos, resistencia a oxidação, perda de viscosidade, etc....
Agora, quanto a veículos mais novos, MUITO cuidado ao fazer alterações como é essa. Hoje em dia o oleo é responsavel por exemplo pelo acionamente do mecanismo dos comandos variaveis, refrigeracao de turbinas e por ai vai.
Isso é só um pouco. Sempre disposto a sanar as duvidas de vcs dentro dos meus limites de conhecimento.
oldboy- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Confrades - em especial ao Rafael (eu sumo, mas ás vezes apareço...rs... abração!) e ao Oldboy - agradeço muitíssimo pelas explicações.
Essa questão da disponibilidade dos tipos de óleos, há décadas atrás, trouxe-me à mente algo que, com essas explicações, parece-me extremamente lógico: naquelas épocas, raramente um motor durava mais de 100.000 km sem necessidade de retífica. Por que? Porque adotava-se o óleo disponível para uso do motor em temperatura de trabalho, supostamente o regime em que ele operaria por maior tempo. Na fase fria, justamente a mais sujeita a desgastes, paciência... não havia óleo multiviscoso ou, se havia, não tinha um grau de viscosidade suficientemente baixo para que ele se espalhasse rapidamente, protegendo o motor. Aí que vejo os motores "modernos", apesar de menores tolerâncias de medidas, durarem 300.000 km, 400.000 km ou mais, muito em razão da evolução dos óleos, acredito.
Por outro lado, tenho feito algumas experiências em meu Wcoringa com óleos 10W-40 ou 15W-40, apesar da indicação de fábrica para uso do 20W-50: o motor fica mais "solto", sobe de rotação com menos esforço e não percebi aumento de temperatura operacional (acho até que ficou ligeiramente menos quente). Temo apenas por um eventual maior desgaste, mas nada percebi ainda nesse sentido.
Mais uma vez, obrigado.
E.T.: vou olhar o "Bob Is The Oil Guy", parece ter muita informação...
Essa questão da disponibilidade dos tipos de óleos, há décadas atrás, trouxe-me à mente algo que, com essas explicações, parece-me extremamente lógico: naquelas épocas, raramente um motor durava mais de 100.000 km sem necessidade de retífica. Por que? Porque adotava-se o óleo disponível para uso do motor em temperatura de trabalho, supostamente o regime em que ele operaria por maior tempo. Na fase fria, justamente a mais sujeita a desgastes, paciência... não havia óleo multiviscoso ou, se havia, não tinha um grau de viscosidade suficientemente baixo para que ele se espalhasse rapidamente, protegendo o motor. Aí que vejo os motores "modernos", apesar de menores tolerâncias de medidas, durarem 300.000 km, 400.000 km ou mais, muito em razão da evolução dos óleos, acredito.
Por outro lado, tenho feito algumas experiências em meu Wcoringa com óleos 10W-40 ou 15W-40, apesar da indicação de fábrica para uso do 20W-50: o motor fica mais "solto", sobe de rotação com menos esforço e não percebi aumento de temperatura operacional (acho até que ficou ligeiramente menos quente). Temo apenas por um eventual maior desgaste, mas nada percebi ainda nesse sentido.
Mais uma vez, obrigado.
E.T.: vou olhar o "Bob Is The Oil Guy", parece ter muita informação...
Leon 1.6- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Em nosso mais recente encontro no 3 Potes,Rio de Janeiro, também houve uma discussão sobre qual o melhor óleo para o SLK 200 Kompressor. Lembro que na ocasião não se chegou a um consenso. Então fica a pergunta: qual o melhor óleo para o SLK com cerca de 30000 km? Claro que estou me referindo à SLK porque possuo uma. Mas o papo evoluiu para outros carros.
jadermello- Usuário Bronze
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Obrigado, Oldboy! Pesquisarei um bom óleo X-40 para a Beth e farei o teste.
Rafael M.- Administrador
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Conversando com o Melo,que também tem uma SLK, perguntei sobre pressão de pneus. É uma dúvida muito comum pois meu carro,SLK 200 Kompressor Sport, tem pneus 225/45/R-17 na frente e 245/40/R-17 na traseira. As medidas do carro dele são diferentes e esta foi a focagem de nossa conversa. Por isso é bom um bate-papo. Chegamos a uma conclusão que 33 psi seria a pressão adequada. Abraços.
Jader
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jadermello- Usuário Bronze
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Confrades, estive olhando o Lubematch da Shell e acho que o resultado veio a corroborar aquilo que foi debatido aqui: óleos "modernos" podem ser usados em motores "antigos".
Por exemplo, abaixo estão as opções de óleos para um W126 com motor M110, com indicação do Helix HX-7 5W-40 (óleo premium), Helix HX-6 10W-40 (óleo padrão) ou Helix HX-7 10W-40 (tankstellen sorte, deve ser algo como "vai na sorte"...rs):
Na versão em PDF (na imagem, o ícone no canto superior direito), acessível a partir de http://lubematch.shell.com.br/de/en_GB/equipment/cars/mercedes-benz/280s_se_sel_m110_126_series_EFt8PdzoP, são relacionadas outras opções, a saber:
(b) Alternative recommendations: -25°C to >30°C, 0W-30; -25°C to >30°C, 5W-30; -25°C to >30°C, 5W-40; -25°C to >30°C, 5W-50; -20°C to >30°C, 10W-30; -20°C to >30°C, 10W-40; -20°C to >30°C, 10W-50; -15°C to >50°C, 15W-40; -15°C to >50°C, 15W-50
Claro, essa não é a Bevo list, mas demonstra que é possível utilizar óleos mais elaborados tecnologicamente, com presumíveis vantagens sobre aqueles concebidos há décadas.
Por exemplo, abaixo estão as opções de óleos para um W126 com motor M110, com indicação do Helix HX-7 5W-40 (óleo premium), Helix HX-6 10W-40 (óleo padrão) ou Helix HX-7 10W-40 (tankstellen sorte, deve ser algo como "vai na sorte"...rs):
Na versão em PDF (na imagem, o ícone no canto superior direito), acessível a partir de http://lubematch.shell.com.br/de/en_GB/equipment/cars/mercedes-benz/280s_se_sel_m110_126_series_EFt8PdzoP, são relacionadas outras opções, a saber:
(b) Alternative recommendations: -25°C to >30°C, 0W-30; -25°C to >30°C, 5W-30; -25°C to >30°C, 5W-40; -25°C to >30°C, 5W-50; -20°C to >30°C, 10W-30; -20°C to >30°C, 10W-40; -20°C to >30°C, 10W-50; -15°C to >50°C, 15W-40; -15°C to >50°C, 15W-50
Claro, essa não é a Bevo list, mas demonstra que é possível utilizar óleos mais elaborados tecnologicamente, com presumíveis vantagens sobre aqueles concebidos há décadas.
Leon 1.6- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Grato Leon. Isto ajuda em muito. Nos manuais vem uma recomendação de óleo típico para utilização na Europa. Aqui no Brasil,com temperaturas altíssimas, a especificação é outra. Óleo muito fino,na minha opinião,,claro não vem muito bem a calhar. Mas como você mesmo disse a tecnologia pode suplantar esse problema. E claro,também, varia de carro para carro,de modelo pra modelo.
jadermello- Usuário Bronze
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Legal que você gostou, Jader!
Na página inicial do Lubematch (http://lubematch.shell.com.br/) é feita a seleção de país e linguagem. Em geral, para carros mais novos, selecionando "Brasil" acaba-se por encontrar as opções de óleos comercializados no Brasil.
No exemplo que postei anteriormente (W126 M110), tive de selecionar "Germany" para descobrir as opções. Aí há de se considerar que o line-up dos óleos na Alemanha é diferente do disponível no Brasil e conciliar isso. No caso, o que temos por aqui são os semissintéticos HX7 10W-40 (indicado na Alemanha como tankstellen sorte, para uso em ambientes com grande amplitude térmica, algo bastante útil aqui nos trópicos) ou o HX6 15W-40 (na Alemanha ele é um 10W-40, mas um 15W-40 faz parte das demais opções listadas no arquivo pdf).
É como o confrade Oldboy escreveu, não somos "mexânicos"... penso que pesquisando e estudando com cuidado cada caso, poderemos encontrar alternativas até mesmo à Bevo list, determinando óleos mais facilmente disponíveis no mercado e com preços mais acessíveis.
Grande abraço!
Na página inicial do Lubematch (http://lubematch.shell.com.br/) é feita a seleção de país e linguagem. Em geral, para carros mais novos, selecionando "Brasil" acaba-se por encontrar as opções de óleos comercializados no Brasil.
No exemplo que postei anteriormente (W126 M110), tive de selecionar "Germany" para descobrir as opções. Aí há de se considerar que o line-up dos óleos na Alemanha é diferente do disponível no Brasil e conciliar isso. No caso, o que temos por aqui são os semissintéticos HX7 10W-40 (indicado na Alemanha como tankstellen sorte, para uso em ambientes com grande amplitude térmica, algo bastante útil aqui nos trópicos) ou o HX6 15W-40 (na Alemanha ele é um 10W-40, mas um 15W-40 faz parte das demais opções listadas no arquivo pdf).
É como o confrade Oldboy escreveu, não somos "mexânicos"... penso que pesquisando e estudando com cuidado cada caso, poderemos encontrar alternativas até mesmo à Bevo list, determinando óleos mais facilmente disponíveis no mercado e com preços mais acessíveis.
Grande abraço!
Leon 1.6- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Mais um pitaco sobre óleos, assunto que vi no Bob Is The Oil Guy, a.k.a. BITOG (dica do Rafael), agora sobre HTHS (High Temperature / High Shear Viscosity).
Primeiramente, eis a tela da BeVo sobre a MB 211.0, com algumas das propriedades dos óleos conforme seus graus SAE:
Agora, uma imagem com mais propriedades, obtida da RedlineOil:
Chamou-me a atenção esse HTHS, que não me lembro de visto em fichas técnicas de óleos brasileiros. Se bem compreendi as discussões no BITOG, essa seria uma medida de viscosidade em condições extremas de temperatura e de desgaste (pela temperatura de medição, 150 ºC, imagino tratar de uma situação de superaquecimento), em que valores maiores representariam uma maior proteção às partes móveis do motor nessas condições. Por outro lado, valores menores proporcionariam menores consumo e emissões.
Curiosamente, a variação percentual da HTHS entre óleos 10W-40 e 15W-40 pela norma SAE J300 (transcrita pela MB) é maior que a apresentada por esses óleos, quando produzidos pela RedlineOil. Será que isso se replica a outros fabricantes?
Mais uma informação que mostra a importância da manutenção preventiva do sistema de arrefecimento, por vezes negligenciada pelos proprietários e mesmo por alguns mecânicos que pensam que "limpeza do sistema" é apenas esgotar o radiador...
Abraços!
Primeiramente, eis a tela da BeVo sobre a MB 211.0, com algumas das propriedades dos óleos conforme seus graus SAE:
Agora, uma imagem com mais propriedades, obtida da RedlineOil:
Chamou-me a atenção esse HTHS, que não me lembro de visto em fichas técnicas de óleos brasileiros. Se bem compreendi as discussões no BITOG, essa seria uma medida de viscosidade em condições extremas de temperatura e de desgaste (pela temperatura de medição, 150 ºC, imagino tratar de uma situação de superaquecimento), em que valores maiores representariam uma maior proteção às partes móveis do motor nessas condições. Por outro lado, valores menores proporcionariam menores consumo e emissões.
Curiosamente, a variação percentual da HTHS entre óleos 10W-40 e 15W-40 pela norma SAE J300 (transcrita pela MB) é maior que a apresentada por esses óleos, quando produzidos pela RedlineOil. Será que isso se replica a outros fabricantes?
Mais uma informação que mostra a importância da manutenção preventiva do sistema de arrefecimento, por vezes negligenciada pelos proprietários e mesmo por alguns mecânicos que pensam que "limpeza do sistema" é apenas esgotar o radiador...
Abraços!
Leon 1.6- Usuário Ouro
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Valeu Leon. Que venham mais "pitacos".
Abraço a todos.
Abraço a todos.
jadermello- Usuário Bronze
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Re: Dúvida sobre óleo mais grosso ou mais fino? Mito ou realidade?
Leon,
Temperatura do liquido de arreficimento é diferente da temperatura do lubrificante do motor. Com motor em temperatura ideal de funcionamento é normal sim que os 150c sejam alcançados.
Acontece que tal temperatura só acontece em partes especificas do motor. No carter, onde são efetuadas as medições ele geralmente está a 100-120 pois é onde ele resfria. Ok?
Abs
Temperatura do liquido de arreficimento é diferente da temperatura do lubrificante do motor. Com motor em temperatura ideal de funcionamento é normal sim que os 150c sejam alcançados.
Acontece que tal temperatura só acontece em partes especificas do motor. No carter, onde são efetuadas as medições ele geralmente está a 100-120 pois é onde ele resfria. Ok?
Abs
oldboy- Usuário Ouro
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