Guia de Compra - Mercedes Benz W210 - Webmotors 2007

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(24-07-07) - Os faróis redondos são a marca registrada do Classe E. No passado a Mercedes chegou a ter vários modelos assim, mas com a tendência dos faróis retangulares ladeados pelos piscas se acentuando ao longo dos anos 80 e 90, pode-se dizer que a atitude que a empresa teve, ao lançar a nova Classe E no final de 1995, foi no mínimo ousada. Apesar de o modelo ganhar uma nova carroceria, maior, mais moderna e espaçosa que a anterior, coube à dianteira a maior parte das atenções. Os quatro faróis redondos que a Mercedes adotou no seu modelo médio foram alvo de amor e ódio no mundo inteiro.

No Brasil o carro chegou já no ano de 1996. A versão 320, com motor de seis cilindros em linha de 3,2 litros, 24 válvulas e 220 cv era a mais comum. Apenas nesse primeiro ano de importação a versão Elegance era oferecida sem a forração em couro, mas sim com o tecido sintético MB-Tex, faróis convencionais e câmbio de quatro marchas, além de acabamento mais simples. A top era a Avantgard, que tinha rodas com desenho exclusivo, além de couro e câmbio de cinco marchas. Mas há algumas que também não traziam os faróis de xenônio. Com motor V8 havia o E 420, com 279 cv, também importado a partir daquele ano nas versões Elegance e Avantgard.

No Brasil o carro chegou já no ano de 1996. A versão 320, com motor de seis cilindros em linha de 3,2 litros, 24 válvulas e 220 cv era a mais comum. Apenas nesse primeiro ano de importação a versão Elegance era oferecida sem a forração em couro, mas sim com o tecido sintético MB-Tex, faróis convencionais e câmbio de quatro marchas, além de acabamento mais simples. A top era a Avantgard, que tinha rodas com desenho exclusivo, além de couro e câmbio de cinco marchas. Mas há algumas que também não traziam os faróis de xenônio. Com motor V8 havia o E 420, com 279 cv, também importado a partir daquele ano nas versões Elegance e Avantgard.

Em 1997, o E 320 teve o motor em linha substituído pelo V6, também de 3,2 litros, mas com 224 cv, a partir do segundo semestre. Portanto, neste ano-modelo, é possível encontrar essa versão com as duas motorizações, sendo que há uma ligeira diferença de preço entre elas (entre 5% e 10%, dependendo da região do país). A versão com motor em “V” também tem uma procura maior que a equipada com motor em linha, embora na prática ambas sejam ótimas no uso diário.

A partir de 1998 a versão V8 é que sofre mudanças, com o E 420 saindo de linha para dar lugar ao E 430, com os mesmos 279 cv e 30,8 kgfm de torque, mas a 3.000 rpm, contra os 3.800 da versão anterior. Nesse mesmo ano a Mercedes-Benz passa a trazer a versão B4, blindada de fábrica, da Alemanha. O carro já vem sem o teto solar, com vidros traseiros fixos e suspensão preparada para o maior peso, assim com alguns detalhes construtivos adaptados para esse uso, como dobradiças das portas mais resistentes.

Outra versão especial que passou a ser importada a partir daquele ano foi a E55 AMG. Sempre equipada com câmbio automático, contava com o fantástico motor V8 de 5,4 litros e 354 cv. Como um legítimo representante da divisão esportiva da Mercedes, contava com suspensões e freios específicos, assim como rodas de aro 18”.

Em 2000 os repetidores laterais do pisca, que até o ano anterior estavam nos pára-lamas dianteiros, agora passavam para os espelhos. Além disso, as rodas ganharam novo desenho, assim como os pára-choques e detalhes internos. O Classe E foi produzido com a carroceria W210 até o fim de 2001, pois em janeiro de 2002 foi lançada a nova geração, totalmente reestilizada. Mas com os mesmos faróis redondos...

Touring e outras versões

Além da versão sedã, a Classe E também pode ser encontrada com a carroceria Touring, que é como a Mercedes denomina a popular perua ou station wagon. A partir de 1997 é disponível nas versões 320 e 420, sendo que a E 430 T vem a partir de 1998, para substituir a versão 420. Quem reparar bem nas ruas vai notar também alguns Classe E com numeração diferente da descrita nesta matéria, como E 200, E 230, E 240 e até mesmo E 270 ou E 290. Na verdade os três primeiros são equipados com motor de quatro cilindros e os dois últimos, com motorização a diesel.

Esses carros foram trazidos por embaixadas e não foram comercializados regularmente pela Mercedes-Benz do Brasil. Mas como se trata de carros que foram trazidos legalmente, em geral a manutenção desses modelos é feita pelas concessionárias autorizadas ou pela própria oficina da fábrica. Na hora de adquirir uma Classe E dessa procedência, deve-se ter em mente que, na revenda, a comercialização vai ser mais difícil.

Comprando um Classe E usado

Como em todos os carros importados, as suspensões devem ser alvo de um exame cuidadoso. Verifique o estado da barra de direção, que pode apresentar folgas, além das bandejas dianteiras e dos batentes dos amortecedores traseiros, que sofrem muito com o piso brasileiro. Com relação ao câmbio, engates imprecisos podem ser sinal – além de problemas no câmbio – de que as buchas que se localizam no trambulador estão desgastadas. As peças não são caras, mas a mão de obra...

No painel de instrumentos, em algumas unidades a emenda que delimita a porta que recobre airbag no painel, do lado do passageiro, se abre sem nenhuma explicação. A Mercedes não dá garantia para esse tipo de defeito, embora tenha trocado alguns painéis na época. Olho vivo!

Canaletas velhas e desgastadas podem ocasionar riscos nos vidros das portas, num defeito que se manifesta com mais freqüência nos vidros do motorista e passageiro por serem mais utilizados. Outro defeito que pode ocorrer nesse modelo é no sistema de abertura e fechamento das portas, por meio da chave. Em caso de problemas, o carro não pode ser aberto ou ligado e pode ser uma falha da chave ou do módulo que comanda o travamento e destravamento do veículo.

E cuidado com cores muito diferentes. "Mercedes que vende é preta, prata e cinza grafite", garante o vendedor Carlos Peluzzo, que trabalha como vendedor da Itatiaia, uma grande revenda da marca em Barueri (SP). "O resto", diz ele "pode ser canseira na hora de vender o veículo".

Saiba ainda que as Elegance ano-modelo 96 vêm desprovidas de uma série de itens, tornando-as mais simples que as unidades 1997: os faróis são convencionais – em vez de xenônio – os bancos são em tecido sintético (nas outras a forração é em couro) e o câmbio, no lugar de cinco marchas, tem quatro marchas. Boa sorte!

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E cuidado com cores muito diferentes. "Mercedes que vende é preta, prata e cinza grafite", garante o vendedor Carlos Peluzzo, que trabalha como vendedor da Itatiaia, uma grande revenda da marca em Barueri (SP). "O resto", diz ele "pode ser canseira na hora de vender o veículo".

É por pensamentos assim que hoje temos essa frota ridículamente cinza em nossas ruas.

Abs

Luiz,
Concordo inteiramente com você, fiquei muito surpreso com vários comentários feitos pelo repórter...

Bruno, gosto muito dessa frente das W210 e do tamanho da carroceria, acho esses guias de compra interessantes porque acabam trazendo uma memória com informações básicas e lista de relatos de defeitos que muitas das vezes podem passar desapercebidos numa compra.

Confesso que desconhecia esse problema que houve com a emenda no painel de alguns exemplares e para mim é novidade que a MB andou trocando alguns paineis nas E por conta disso!

Gostei desse comentário: rsrsrsrsrsrsrs

As peças não são caras, mas a mão de obra...

Abraços,

Antônio Elias,
Também gosto bastante desses guias de compra, pois como você disse eles nos relembram de como eram os carros quando vendidos e seus problemas identificados na época. E nem sempre relembram, pois para mim isso é inteiramente novidade, pois quando a W210 foi lançada em 1996, eu nem tinha nascido, ou seja, só tenho a aprender, ainda mais por ser meu modelo favorito dentre todas as Mercedes.
Abraço.

quando saiu essa frente nas mercedes foi uma grande inovaçao a partir dai varias montadoras quiseram copiar um exemplo e o vw polo em 2003 , e outros de varias montadoras ...

E ainda o repórter disse:

"os bancos são em tecido sintético (nas outras a forração é em couro)"

Ele quis dizer o MB-tex? Que infeliz comentário. Se ele soubesse o mínimo de MB, consideraria que o MB-tex é tão bom quanto couro e ainda dispensa manutenção/hidratação que o couro exige.

A cada dia vejo que os vendedores entendem menos dos carros que querem vender.

Abs,

Luciano, no caso da frente da Mercedes W210 o repórter está correto, realmente tanto teve gente que amou quanto gente que odiou. Aliás, não foi nenhuma grande novidade ter faróis redondos, um maior e outro menor, o Jaguar já tinha isso há muito mais tempo.

Quer saber quando a MB realmente foi tendência mundial com relação à design frontal?? Quando a W116 foi lançada com o farol retangular e o pisca ao lado do farol, a partir daí o mercados passou a colocar os piscas "colados" aos faróis dos carros.

Abs

Bruno parabéns pelo post,

Já conhecia esta reportagem, mas urge esclarecer que o vendedor que deu êste "esclarecimento" o fêz de forma "genérica", cuja abrangência não é específica para a W210, em uma nítida demostração de desconhecimento dêste modelo.

No que diz respeito a parte estética, realmente êste modelo estabeleceu um divisor de águas ou a pessoa gosta ou não gosta, eu pessoalmente gosto muito.

Quanto a parte mecanica, devido a quantidade de eletronica embarcada, (só de motores életricos tem 41 na versão Avantgarde), exige um exame prévio com o Star, para detectar eventual problema, pois são carros em média com 15 anos de uso e geralmente com alta kms.

A grande determinante é o estado de conservação e manutenção, que, se estiver em perfeitas condições e de conformidade com as características originais, só posso resumir de uma forma : É um excelente carro.

bom eu no caso acho os farois da mercedes e dos jaguar bem diferentes ate devido ao tamanho que nas mercedes e bem maior e sao mais saltados como no caso do polo da vw lançado anos apos abraço a todos...

Zig valeu !!! :D
Mas é como você disse, esse ´´Guia de Compra`` é feito de forma bem genérica, o mais importante em um carro desses é o estado de conservação e as manutenções em dia.

Já quanto aos faróis redondos, são meus favoritos tanto os da W210 quanto os da W211.

Concordo com vc Bruno,

Na minha opinião, a W210 é um dos modelos mais bonitos fabricados pela MB.

Luciano, a questão não é o tamanho ser igual, você comentou em inovação e eu apenas disse que 2 faróis redondos não foram inovação de tendência no mercado, apenas novidade para modelos da própria MB.

E cá entre nós que ser inspiração para o VW Polo não quer dizer muita coisa.

Independente disso, sei que é um carrão, mas eu estou no rol dos que não curtem tanto essa carroceria.

Abs

Luiz 129,

Realmente existem muitas pessoas que não gostam destas linhas da W210, enquanto outros gostam muito, é como eu havia dito, a W210 é um "divisor de águas" em termos de conceito de tradicionalidade em termos de concepção estilística por parte da MB.

Aliás, o que seria do verde, se todos gostassem do amarelo..............hehehehe

Da minha parte, considero o W210 como o modelo Class E mais bonito fabricado até hoje.

Zig, exatamente!!

Sabe, acho que não há uma carroceria MB que eu não teria em minha garagem, existem apenas aquelas que eu gosto mais e as que gosto menos, rsrsrsrs. Justamente por saber que "embaixo" daquela carroceria x ou y há um senhor carro.

Abs

Certíssimo Luiz129........................... :D

Bruno, parabéns pelo post.

Se eu pudesse teria um chassis de cada modelo :D

Alguem tem informacoes sobre as E 430 B4?
Estou pensando em comprar uma...

Pessoal,

ressucitando o post para uma dica a mais na hora da compra: verifiquem (de preferência num elevador) a travessa de suporte que vai sob o radiador, bem lá no bico do carro.

Isso porque se você passar direto em lombadas a frente vai bater no chão bem nessa travessa, empurrando-a para trás e para cima. Com isso o radiador vai junto, sendo prensado contra o painel dianteiro.

Os danos mais comuns são a rachadura do radiador, contato da hélice com ele ou tudo junto, dependendo da lombada hehehe.... Ainda lá na frente, vejam se não está faltando uma tampa inferior (bem na frente do protetor de cárter), se estiver faltando é quase certo que a travessa vai estar torta.

Segundo o João Bosco, o conserto é simples (retirada do radiador, desempeno da travessa e/ou solda nela se estiver trincada) e não deve ser deixado para depois.

Abraço!

Uly

Isso é fato...o Zé Luiz identificou essa avaria na estrela...não chegou a danificar como voce relata, mas o radiador está um pouco para cima.

É um dos tópicos da revisão que se inicia no próximo sábado....

Pois é, e nas Avantgarde é pior pois são mais baixas.

Abraço!

essa dica vale também para a CLK W208. a minha sofre até com algumas faixas de pedestre daqui de Brasília, que têm a altura de pequenas lombadas.

Bem lembrado Ulysses,

Êste tipo de ocorrência é comum nas W210, e ocorre justamente, devido a baixa altura do solo, e o protetor de carter não ser abrangente a esta travessa (como acontece nas W202).

Vale acrescentar, que no caso da travessa ter sido deslocada, o radiador ficará literalmente solto, tendo em vista que seu apoio de fixação é justamente nesta travessa, e se faz por meio de encaixe de borracha em orifício existente na própria travessa.

O reparo deverá ser feito observando rigorosamente o gabarito, mas para isto será necessário a desmontagem completa do radiador e componentes, para que possa ser trazida de volta ao local, utilizando um esticador.

Sou muito chato e exigente em relação a isto, e felizmente consigo não raspar o carro (salvo em casos extremíssimos), e se ocorrer será apenas um pequeno arranhão no protetor de carter.

Por isto mantenho o protetor sempre pintado, para que possa monitorar melhor.

O único inconveniente dêste procedimento é a reclamação de quem vem atrás do meu carro e tem que aguardar meus malabarismos para não raspar o carro, mas, é melhor ouvir algumas buzinadas, do que riscar o carro........................hahahahah