Válvula de Ar Adicional. Regulagem de Ralenti

Convidad 2 escreveu:Segue abaixo alguns detalhes de montagem e funcionamento da válvula de ar adicional usado nas injeções D e K jetronic. Essa válvulas permitem maior entrada de ar na mistura quando o carro está frio, fazendo com que a rotação suba até que o carro atinja a temperatura habitual de trabalho.

Quando novas, essas válvulas devem fazer o bloqueio de ar quando a temperatura dá água atinge valores entre 60 e 70 graus, fechando completamente o sistema. A partir daí, o ar que passa para a mistura é somente a quantidade necessária para o regime. Por isso os motores devem ser regulados para ralenti na situação quente, ou seja, já sem ar adicional passando por essa válvula.

Acontece que com idade, essa válvula começa a acumular sujeira, tipo resíduo de óleo e poeira fina, fazendo com que o percurso do êmbolo fique mais difícil e deixando a válvula com funcionamento alterado. Também pode ocorrer defeito no sistema térmico dela, fazendo com que não haja alteração entre estados quente e frio.

Quando o percurso do êmbolo fica prejudicado, normalmente a temperatura de estabilidade de ralenti, ou seja, quando a válvula deve se fechar, começa a ficar mais alta. Nesse caso a rotação permanece alta por muito tempo e se o fluxo de transito estiver livre e com sistema de arrefecimento em estado normal, não se atingirá a rotação ideal de ralenti. Somente após a parada do veículo por uns minutos, é que se consegue que a válvula feche, pois não mais circula água no radiador, fazendo com que a temperatura no sensor térmico suba.


Com o carro quente, teremos uma ralenti com rotação mais baixa, podendo fazer com que o carro morra ao se engatar uma marcha ou ligar o ar condicionado.

. Acontece que quando regulamos o carro para uma ralenti ele deve estar em temperatura normal de trabalho. SE a válvula não está fechando pior completo, teremos rotação mais alta. Ao se compensar esse sobre-giro fechando o ar, estamos também deixando o giro muito baixo se a válvula fechar por completo.

Quando o carro volta a ter circulação livre a temperatura baixa e novamente sobe a rotação.

Tudo isso para explicar a situação que uma válvula pode causar.

Assim sendo, o ideal seria comprar uma válvula nova, de custo alto, hoje beirando os mil reais. Usada, quase sempre voltamos ao ponto de partida.

Então abrimos uma válvula para ver sua construção e possíveis soluções. Infelizmente só tinha o celular para as fotos, na próxima etapa usarei uma câmera.





A foto acima mostra uma válvula serrada para que possamos entende-la




o elemento térmico faz com que o êmbolo se expanda, e esse epurra um prato base, que por sua vez tem que vencer uma mola contrária.

















A foto acima mostra que ficam depositados resíduos ao longo do tempo no interior da válvula, que somados ao "cansaço" do elemento térmico, atrapalham o completo deslocamento do êmbolo, não vencendo a mola e permitindo entrada "falsa" de ar.

O ideal é que de tempo em tempos essa válvula fosse retirada e banhada em poleo fino, desengripante para total limpeza. Mas isso só resolve em parte. fica o "cansaço do térmico.

A solução é a abertura e troca da mola por uma com coeficiênte K menor, ou seja, uma do mesmo tamanho mas mais fina, ou com maior espaço entre os elos. A original é de aço, o que dificulta extende-la se cortada.

O elemento térmico de um lado, assim como a tampa do outro lado da válvula são prensados, retirando-se a tampa tudo sai. Aí vai da experiência, paciência e recursos de cada um.


Mas trocando-se a mola, compensa-se o cansaço do termico e atinge-se o fechamento completo com temperaturas mais baixas, em torno de 50/60 graus. Testa-se com um fogão, panela de água e termometro até que se ache a mola ideal.

Estou fazendo uma alteração dessas semana que vem, depois posto como abrir e fechar.