Depois de anos, finalmente minha 300E 1989 chegou!

Pessoal,

Tudo bem?

Em primeiro lugar, quero me apresentar a todos: me chamo Jonathan, de Porto Alegre.

Estive durante uns 4 anos "lutando" para fazer chegar em mim uma Mercedes 300E 1989, essa belezinha aqui:

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E agora que ela chegou, estou em um dilema existencial.

O que acontece é que ela é bastante nova pra idade, tem 35900 milhas.

Eu estava ansioso pra ter o carro comigo, usar ele como carro de dia a dia na cidade. Até vendi uma BMW X1 que eu tinha pra isso.

Só que agora que estou com ela, estou me sentindo incomodado com o fato de que estou aumentando a quilometragem dela. Cada volta, sinto como se estivesse "estragando" o carro.

E isso me faz ficar dividido sobre o que fazer com ela, se ficar ou vender.

Enfim: apenas para compartilhar com vocês a minha primeira experiência com Mercedes e um pouco do "dilema" (entre áspas porque, obviamente, é o tipo de problema bom que se pode ter na vida) pelo qual estou passando agora.

O que fariam no meu lugar?

Prazer estar aqui entre vocês e um abraço!

Seja bem vindo, Jonathan!

Sei como é este incômodo, mas não andando com ela, você está poupando a quem? De quê?

Somente estará se privando de desfrutar de bons momentos com este veículo, abrindo mão de passeios prazerosos, de boas histórias e abrindo mão de uma experiência única, que só um Mercedes-Benz clássico é capaz de proporcionar. Não sabemos o amanhã, então aproveite, desfrute dessa sua conquista. Amanhã poderá ser tarde demais, e tudo que você preservou irá pras mãos de alguém que certamente não dará o mesmo valor que você.

Não queira olhar pra trás amanhã e se arrepender de não ter andado mais com seu veículo.

Abs!

Meu caro Rafael,

Obrigado pela mensagem e pela opinião.

Estou fazendo uns ajustes nela nesse meio tempo e dando uma sondada, enquanto tomo essa decisão.

Mas preciso confessar: o carro é realmente impressionante. Rodar com ele é impressionante.

E é curioso: atrai atenção de uma forma que eu nunca imaginei que seria o caso.

Para o bem e para o mal: estacionada exatamente onde está na foto ali, já passaram arranhando ela na traseira, só pra fazerem maldade comigo. 

Ser humano é fogo.

Um abraço e bom final de semana!

Já dizia aquela música do Ultraje à Rigor: A inveja é uma m...

Apesar do imenso prazer em conduzi-los, infelizmente temos que tomar cuidados redobrados: Estacionar sempre que possível em estacionamentos e/ou locais que esteja à vista, mais do que nunca dirigir por nós e pelos outros, etc...

Talvez considere um "coringa", que é como chamamos os carros de uso do dia-a-dia, mas vender uma joia dessas é um sacrilégio com você mesmo.

Revisei a minha toda e já fiz viagens longas com ela, já ficou 8h30 na estrada (mais da metade em congestionamento e ar ligado) e sem problema algum. Hoje confio 100% nela para qualquer viagem.

Abraço e bom final de semana!

Bom dia, fosse minha, caso não houvesse garagem para 2 carros, alugaria um bem seguro, coberto, compraria uma capa e a usaria somente nos fins de semana. Compraria um "pois é" para bater no dia a dia. Acredito que você irá se arrepender vendendo ela, pois parece estar em perfeitas condições, coisa que é difícil de achar hoje na idade dela.

Bom dia!
Jonathan, no seu lugar cuidaria bem dela e usaria bastante! Uma das coisas que admiro nas Mercedes-Benz é o fato de muitos de seus donos se orgulharem de ostentar a kilometragem rodada em ornamentos na grade dianteira. São feitas para admirar e usar estas bellas macchinas!

Caro confrade jonathanbr, mercedes antigo parado na garagem é problema à vista. Desfrute-a sem receio e a mecânica dele ficar-lhe-á grata.

Bom dia. Lendo o seu texto, revivi o que passei quando finalmente pude comprar minha Mercedes. Entrava nas concessionárias e sonhava com uma, em especial, um modelo zero km. Um dia, entrei e comprei e fiz fotos dela, até do selo da fábrica na Alemanha que veio no vidro. Quando o vendedor me ligou informando que poderia retirá-la e já estava emplacada, sai da concessionária dirigindo uma nave, e nem sabia que tinha a habilidade de pilotar naves...kkk. Aí amigo, dei uma esticadinha na AV das Américas, na barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde morava naquela época 2012 (hj moro em Recife) e em seguida guardei o carro numa garagem no shopping, que alugara previamente. Desliguei a nave e continuei sentado abraçando o painel, os bancos, o volante, só faltou eu abraçar o assoalho, se desse. Minha primeira e única Mercedes No final de semana, tirei a capa do carro e peguei a avenida e aperteium pouco mais o acelerador , mas desabituado com a potência da máquina, achei melhor passear apenas e fui até o Barra Shopping e encostei na garagem bem num canto, a cerca aproximadamente 3 kms da entrada. Se tivessem garagem fechada por todos os lados, teria escolhido estas. Mal pude esperar para terminar de dar duas voltas no shopping para voltar a garagem e pegar o bitelo...Estava sempre nas nuvens. Ao destravar o carro...Muitos olhares e eu ficava incomodado com isso...Ao passear no bairro...Muitos olhares e eu incomodado com isso...Meu diretor vinha a cidade e pedia uma única coisa para mim, que eu fosse buscá-lo com a Mercedes Benz...Isso tb me incomodava um pouco. Agora, todo mundo na matriz em SP sabiam que eu tinha uma Mercedes Benz e os olhares e comentário denunciavam, ora alegria, ora inveja, e tb me incomodava isso...Até que passados nove meses de uso somente nos finais de semana e alguns incômodos alheios e imenso prazer pessoal, fui vencido pelos meus próprios pensamentos e vendi o carro que estava com cerca de 1.500kms. De la para ca, qdo passa uma Mercedes, sou mais um a virar o pescoço para seguir a nave e enterrei de forma equivocada o sonho de ter e usufruir deste automóvel . O que posso aconselhar hoje, ao amigo que está com sua Mercedes e tem pena de usar o seu automóvel ou fica incomodado com os olhares dos outros ou algum comentário, é que saia e use até o talo a sua máquina e não se incomode com olhares ou palavras dos outros. Se tem uma Mercedes é porque pode e automóveis são para serem guiados e curtidos e somente colecionador é quem tira a capa do carro e sai de vez em quando. Um dia vou ter uma novamente E será muito difícil me arrancar da cabine no final do dia

Amigo Jonathan,   mercedeiro que é mercedeiro tem que rodar e rodar e rodar e bater no peito dizendo minha estrela tem 1 milhão de km e tá zeraaaa. Para de bobagem,  use e cuide,  avida é breve camarada! Abraços

Prezado Jonathan,


Depois de ajudar um amigo a tentar vender a Mercedes dele, por quase 3 anos, acabei comprando o carro !
Eu via como ele cuidava com absoluto esmero, carro 2012/2013 com apenas 50.000 km, tudo funcionando, revisões em concessionária, etc.


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Minhas considerações hoje, depois de 1 ano com o carro :  no inicio fiquei meio com o pé atrás, por conta de alguns defeitos que lia sobre ele e cheguei a ter receio de andar longe e a noite com o carro.  Esse portal me ajudou a encontrar quem faz manutenções por preços justos e que cabem no bolso. O detalhe é que os profissionais que te atenderão te respeitarão de modo que nunca vi com outros carros, mesmo zero. Tudo passou e hoje sinto que estou num 'tanque' como dizem alguns ou num 'trator' como dizem outros.

A sensação de andar com esse carro é incomparável. A cada curva, a cada pequena acelerada, dá para ver que estamos num automóvel de verdade. A suavidade no rodar, os botões, as trocas de marchas, o freio...


A questão de segurança pega um pouco. Nas oficinas há relatos de roubos de diversas partes e peças. Então não é um carro que dá para deixar na rua, ou em qualquer lugar não seguro.  Seria interessante que se fizesse um post sobre cuidados com sua Mercedes, coisas do tipo : horários e locais a evitar, locais e vias perigosas, vidros abertos ou fechados, etc, etc.. os mais experientes devem ter uma lista de recomendações.
Eu gosto de andar com os vidros abertos para sentir o ar puro, as vezes sem radio ligado, só para ouvir o silêncio do carro! Mas isso tem que ser feito em local e hora apropriado.



Enfim, use o carro o máximo que puder. Cada dia que não usar será um dia perdido. Tenho certeza que o  proprietário anterior da minha deve ter se arrependido de se desfazer.

Meu caro, 

Eu sempre sonhei com uma MB e consegui comprar a minha em 2017. É o meu carro e o de viagens da família. Minha esposa tem o carro dela, mas o que eu uso, sempre, é a minha mercedinha.

Uso todo dia. Sempre com dó, mas com gosto. Usei, usei, usei, até que um dia bati em outro carro. Aí eu consertei (batidinha leve) e continuei usando e usando e usando, sempre com muita satisfação. É um prazer toda vez que volto ao estacionamento onde deixei o carro e o vejo alí, bonitão, me esperando.

Use, meu amigo. Curta o que a vida pôde te proporcionar. Mas se posso acrescentar um conselho "off", lembre-se de que não passa de um bem material, menos valioso do que todas as pessoas da sua vida, que te amam e que você ama. Por mais que nossas mercedes sejam nossos sonhos, não podemos nunca ser daqueles que, se bater o carro, se preocupam mais com a lateria do que com a própria família que está dentro.

Digo isso porque se você for usar seu carro, poderá sempre haver pequenos ou grandes acidentes. Se ocorrer, faz parte da vida e não deixe isso acabar com você. Se tiver oportunidade, compre outra e curta como terá curtido a primeira.

E por sinal, o carro é lindo. Parabéns.

Se posso pedir, gostaria de ver mais fotos do carro, principalmente desse interior que parece ser caramelo.

Prezados,

gtelias tocou num ponto interessante : é só um bem material, menos valioso que todas as pessoas de sua vida, incluindo a sua própria. 

O item segurança foi um dos itens que me motivou a comprar esse carro.

Então é um bem material que pode preservar o que há de mais valioso.

Olá, Jonathan.

Minha situação é muito parecida.

Em 2017, comprei uma W124 com 58 mil km e não queria usá-la demais por causa da quilometragem. Ao fim, acabei comprando outras duas MBs (uma W202 e uma W203) e poupei ao máximo a W124. 

Contudo, por não usar muito a W124 (hoje com 62 mil km), também penso em vendê-la. O que segura esse meu impulso esporádico de vendê-la é o trabalhão que deu para encontrar um carro desse em bom estado, mas vira e mexe a ideia retorna. Rs.

Enfim, não sei se tenho uma resposta, mas meu exemplo até o momento tem sido no sentido de não vender, mas achar outros carros para um uso mais agressivo. 

Grande abraço,
Rafael

Pessoal, muito tocado de ver a acolhida de vocês e o carinho.

Que baita comunidade.

Pra vocês entenderem o sentimento: ele é mais ligado ao fato de que não deve haver muitas 300E nessa condição e que, por isso, sinto pena de andar com o carro.

Rafael M: é isso mesmo. inveja é uma mer**. não sabe a dor que me deu ver o risco que fizeram nela. O mais engraçado é que até naquela foto que postei acima dá pra ver que foi depois da foto, que quando fotografei ali não estava assim. Uma pena, mas é a vida e a humanidade.


Luiz Carlos Gorniack: estou já com outro carro pra isso e pensando em qual vai ser o definitivo. Vamos ver. Estou até considerando uma C 63 (fiz um post perguntando ali sobre ela). Mas confesso que ainda não sei.


rici, deusdedit, Ruy Gabriel, rogeriotokens: Pois é. Esse é, infelizmente e ainda, meu dilema. 


Waldir Figueiredo: obrigado pelo relato. Talvez seja aquela questão que, de forma semelhante, se aplica a nós dóis: queríamos, tivemos, e aí não quisemos. E é só se desfazer que nos arrependemos imediatamente. 


Resston: lindíssima a sua. Lindíssima mesmo. Esmero de quem cuida com carinho. Sobre oficinas: já tive um pouco desse medo e estou levando ela apenas em quem parece ter ótimas credenciais. Ela tem uma instalaçãozinha pra fazer (que estou providenciando), e pensei nisso o tempo todo enquanto procurava.


gtelias, RZEN: eu não tenho esse apego não. não é o sentimento de que estou "perdendo patrimônio", se é que me entendem, mas sim de que talvez eu não devesse estar rodando o carro pra fazer bobagens. ou seja: é tirar um pouco desse estado de novo dela, não por causa de valor, mas pelo estado de novo por si mesmo. faz algum sentido? kkkkk

RZEN e amigos: aqui estão mais fotos dela, do interior inclusive.


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Interior super inteiro né?

Jonathan,
Boa noite!
Já vendeu a E300?
Nagib/Vitória-ES

STARTREK escreveu:Jonathan,
Boa noite!
Já vendeu a E300?
Nagib/Vitória-ES

Fala Nagib, tudo beleza?

Cara, ainda não vendi, mas tenho uma pessoa que está com preferência de compra.

Temos que finalizar a negociação nos próximos dias (eu que estou, por problemas de agenda, bloqueando).

Não sei se sou eu bloqueando ou meu "eu interior" sabotando a venda. Kkkkkk.

Vai saber!

Interessante esse "eu interior"... conheço bem.

O dono anterior da minha (C200 2013) pediu para eu ajudar a vender.  Fiz fotos, filmes, anunciamos por 3 longos anos e nada. 
Ele já tinha comprado outra, uma SL 400. Minha foto de perfil tem essa SL atrás da C200. 

Daí eu acabei decidindo ficar com a C200. Muito conservada e super bem cuidada desde zero e em estado de zero.
E não é que ele tinha desistido de vender ? Dizia que surgiu um apego especial por ela !

Foi difícil, mas consegui convencer a liberar. Entregou os documentos com dó no coração.
Ele foi dirigindo até o último instante possível e ao descer ficou olhando eu me afastar.
Ainda hoje quando nos encontramos ele olha para ela com ar de quem perdeu alguma coisa...

Resston escreveu:Interessante esse "eu interior"... conheço bem.

O dono anterior da minha (C200 2013) pediu para eu ajudar a vender.  Fiz fotos, filmes, anunciamos por 3 longos anos e nada. 
Ele já tinha comprado outra, uma SL 400. Minha foto de perfil tem essa SL atrás da C200. 

Daí eu acabei decidindo ficar com a C200. Muito conservada e super bem cuidada desde zero e em estado de zero.
E não é que ele tinha desistido de vender ? Dizia que surgiu um apego especial por ela !

Foi difícil, mas consegui convencer a liberar. Entregou os documentos com dó no coração.
Ele foi dirigindo até o último instante possível e ao descer ficou olhando eu me afastar.
Ainda hoje quando nos encontramos ele olha para ela com ar de quem perdeu alguma coisa...

É muito louco né?

A ideia de a gente ter apego emocional a um bem material assim.

Acho que muitas vezes - como o meu caso - está ligado ao fato de que existe um processo todo pra chegarmos onde chegamos, de modo que esse processo acaba penetrando no bem. É a história do carro.

Já conversei com várias pessoas que tem esse tipo de "viatura".
A grande maioria tem uma história para contar.
Histórias de sonhos, desejos, família, amigos, etc.

Não sei se o fórum tem, mas se não poderia ter um espaço para que as pessoas contassem seus "causos".

Uma coisa é certa : o prazer de dirigir e controlar esses carros se mistura com a história envolvida e faz com que muitos motoristas ao se aproximar da residência pensem assim : "Ah, não ! Vou dar mais uma voltinha".

Acho que até mesmo histórias engraçadas, como eu, esses dias, quando fui mostrar o carro, me deparei com ele disparando jatos de combustível pro ar!

Aí, dia seguinte, fui bem cedinho lá fazer o reparo eu mesmo, mesmo não tendo habilidade nenhuma.

Isso agora faz parte do carro, da minha história com ele.

Engraçadas e dramáticas (mas com final feliz...)

Onde moro uso uma vaga de garagem dupla compartilhada com um vizinho que tem um Celta.
Sempre notava que a vaga tinha uma poça de óleo. 
Em sinal de respeito ao dono nunca comentei nada, mas pensava : poxa... ele está sempre sujando o piso.

Para minha surpresa um belo dia ao ligar a Mercedes e esterçar o volante surgiu um ruido enorme.
Desliguei, peguei meu scanner e ele indicou falha na bomba de óleo da direção.
Pesquisei nas concessionárias e me passaram um orçamento astronômico.
Fui verificar e o reservatório de óleo da direção estava quase seco.
Comprei o famoso Titan (antigo Pentosin), coloquei e o ruido sumiu. Achei que a histórica tinha terminado, mas não.
Numa pequena volta o nível desceu novamente.
Corri para meus amigos da Avanti que descobriram que um parafuso se soltou dentro da bomba.

Hoje penso que o dono do Celta devia pensar "poxa... ele está sempre sujando o piso."