Mercedes pode fechar fábrica no Brasil

A pequena e pacata Iracemápolis, localizada no interior de São Paulo, pode ver sua principal instalação industrial fechada. De acordo com a revista Exame, a Mercedes-Benz considera fechar a planta que produz os modelos Classe C e GLA.

O motivo é a incerteza sobre o futuro da política industrial para o setor automotivo no Brasil. Com o fim do Inovar-Auto em 31 de dezembro, a Mercedes-Benz teme perder os incentivos fiscais que beneficiam a produção em baixa escala no país. A unidade teve investimento de R$ 600 milhões e produz 10.000 carros por ano.

Tanto a Mercedes-Benz quanto outros fabricantes de baixo volume, temem que se as regras atuais não forem extintas, pelo menos serão reduzidas. Apenas no caso de cancelamento total dos incentivos atuais, a montadora considera fechar a planta, pois esta não seria mais rentável.

Operações de baixo volume também são realizadas pela BMW, em Araquari/SC, e Land Rover, esta localizada em Itatiaia/RJ. Inaugurada há pouco mais de um ano, a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis é a única que produz automóveis, pois as plantas do ABC paulista e de Juiz de Fora/MG fabricam caminhões e ônibus.


Fontes:
Revista Exame
https://www.noticiasautomotivas.com.br/mercedes-benz-pode-fechar-fabrica-de-iracemapolis/

Não é de se duvidar, afinal o índice de nacionalização é pífio, não justificando as renúncias fiscais.

Impressionado :crying:

Sinal de que as lições de Juiz de Fora não foram bem aprendidas e incorporadas quando se diz respeito a planos com perspectiva temporal razoável com fundamentos em incentivos governamentais.

Como dizia o ex-Ministro Pedro Malan, "No Brasil, até o passado é incerto..."

Pra dar certo no Brasil só fazendo como a Oderbrecth... comprando todo mundo e acendendo uma vela pra Deus e outra pro Diabo... de outra forma é praticamente impossível empresas sérias sobreviverem nesse mar de corrupção ... os alemães já perceberam isso e estão indo embora com razão. 
Isso me lembra uma passagem do Famoso e sarcástico jornalista irlandes, Bernard Show, que morreu com quase cem anos em 1950.
Certa vez ele se apaixonou por uma belíssima mulher, que não queria nada com ele. Um dia, desesperou-se e disse pra ela:


– Minha senhora, dou-lhe um milhão de libras por uma noite de amor.
– Aceito.
– Combinado, minha senhora. Mas, pensando bem, um milhão de libras é muito, é demais. Dou-lhe mil libras.
– O senhor está pensando que eu sou o quê?
– Minha senhora, o que a senhora é nós dois já sabemos. O problema agora é acertar o preço.
O Brasil é isso aí, a Senhora de Bernard Show, a grande prostituta, e os alemães não são idiotas.

Comentei sobre o futuro da planta da MB e BM, logo que as mesmas lançaram as pedras fundamentais, a exclamação a época era!! existe demanda e mercado para uma produção de cem mil carros premium/ano?, decorridos parcos três anos, as montadoras começam a se arrepender do investimento, pura culpa delas mesmas, pois não foram poucas as "muitas" recomendações de analistas e observadores do segmento, para que continuassem as importações e não lançasse fabricas por aqui, pois os preços não baixaram e a demanda caiu para menos da metade, agora não tem jeito, produzir apenas trinta carros/mês, não gera receita alguma para manter as portas abertas e a amortização dos investimentos, no caso da MB a decisão foi burrice mesmo, pois JF não foi suficiente para o aprendizado, já no caso da BM e LR, é pura aventura mesmo!!, abs.

Não sei....algo no fundo do meu porta malas diz que isso foi uma jogada até MUITO bem pensada para driblar o INOVAR-AUTO. Se desse certo, melhor; mas daí a dizer que está tendo prejuízo a ponto de fechar me parece pressão política, que é muito bem calculada porque 2018 já está aí.

Nós sabemos que planos de investimentos dessas gigantes são de médio a longo prazo.

TZero escreveu:

Não sei....algo no fundo do meu porta malas diz que isso foi uma jogada até MUITO bem pensada para driblar o INOVAR-AUTO. Se desse certo, melhor; mas daí a dizer que está tendo prejuízo a ponto de fechar me parece pressão política, que é muito bem calculada porque 2018 já está aí.

Nós sabemos que planos de investimentos dessas gigantes são de médio a longo prazo.

Nada impede realmente que o "plano" inconfessável seja este. Mas, vamos pensar no seguinte: diante da expectativa de poder, ou da permanência no mesmo com que estava o representando anteriormente, será que os planos, com o impedimento da "Presidenta", tais planos não sofreram um revés?

Ou seja, no horizonte das empresas, a permanência de tudo como estava antes, não fazia parte dos planos e agora com as mudanças e falta de perspectiva, bateu aquele "medinho"? Afinal, existia uma realidade, até mesmo comercial, até meados de 2014. Logo após, os fatos que sucederam, sinceramente, surpreenderam a muita gente que aqui estava. Imagina então pra quem via tudo de fora, com a lupa da distância a obnubilar a visão?

Como já disseram, e cada vez mais aplicável, o Brasil não é para principiantes, o que, no caso da Mercedes, nem mesmo está justificativa pode ser aplicada, pois, a planta as margens da BR 040 é uma lição, convenhamos, que até cego, dependendo do nível, pode ver...