Mercedes-Benz 170: Alemão foi o único sobrevivente após a guerra
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Mercedes-Benz 170: Alemão foi o único sobrevivente após a guerra
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No início dos anos 30, a Mercedes-Benz começou a vender o modelo 170, cujo projeto era o W15, o primeiro da marca sem Ferdinand Porsche como diretor técnico. Apesar das baixas vendas, o carro executivo durou até 1935.
Para substituí-lo, em fevereiro de 1936 a Mercedes-Benz lança o 170 V ou geração W136. Ao contrário do W15, que nasceu em meio à recuperação econômica da Alemanha, o novo modelo surgiu exatamente quando o mercado estava recuperado e em ascensão.
Apesar de herdar a nomenclatura do anterior, o Mercedes-Benz 170 V era bem diferente, tendo motor 1.7 de quatro cilindros no lugar do anterior de seis cilindros, também 1.7 litro. O projeto envolveu uma caixa de câmbio de quatro marchas sincronizadas e entregava 38 cv. O alemão podia fazer 10 km/litro.
Oferecido em versões Sedan, Limusine-Cabriolet, Cabriolet com 2 ou 4 portas, Roadster, Pickup e Van, o Mercedes-Benz 170 era bem versátil e confortável para a época. O estepe no painel traseiro era um dos itens que faziam parte de seu estilo, assim como os para-lamas dianteiros longos e os faróis suspensos.
É interessante notar que seu motor M136 era o mesmo do 170H, o Mercedes mais próximo do Volkswagen Fusca, tendo este propulsor montado na traseira. Com praticamente dois modelos com mesmo nome e diferenças enormes, a Daimler-Benz se concentrou mais no 170V. Com o início da Segunda Guerra, a empresa passou a produzir veículos militares e o 170H saiu de cena.
Pós-guerra
No entanto, o Mercedes-Benz 170V continuou em produção, que durou até 1942. Com o fim da guerra, a montadora precisa urgentemente retomar as vendas de veículo e o único projeto que ainda podia ser executado era o do W136. Em 1946, a Daimler reinicia a fabricação de automóveis com o 170V.
Na época, a situação era de extrema urgência, pois a fabricante de carrocerias Ambi-Budd havia sido destruída por um ataque aéreo aliado em 1943, deixando de fornecer para Adler, BMW e Ford, enquanto as fábricas da BMW, Horsch e Wanderer foram ocupadas pelos soviéticos e ficaram do lado oriental.
Assim, para atender à recuperação da Alemanha Federal, a Mercedes-Benz retomou o 170V, mas antes de chegar ao consumidor, eles saíam da fábrica como ambulâncias e caminhões leves, sendo que apenas em 1947 se produziu a versão comum, sendo elas sedã e limusine.
Em 1949, 10.000 unidades foram fabricadas. O número foi importante, já que de 1936 até 1942, 75.000 exemplares haviam sido produzidos. O W136 recebeu uma versão diesel, a 170D neste mesmo ano, entregando 38 cv. Foi o terceiro carro diesel do mundo e o primeiro do pós-guerra.
No fim dos anos 40, faltava muita coisa na Alemanha e uma delas eram carros de luxo. Pensando em quem já tinha dinheiro para gastar, a Daimler-Benz autorizou o 170S. Muito modificado em relação ao W136 original, este chegou a ser rebatizado de W191 e espiritualmente é o antepassado do Classe S atual.
Com gasolina ou diesel, o Mercedes 170S logo foi atualizado, assim como o 170V e o 170D. Essa atualização ocorreu em 1950 e dela fazia parte o motor M136 com tamanho aumentado para 1.8 litro, que futuramente serviria ao 180, o chamado Ponton.
As mudanças foram feitas nos amortecedores, formato da traseira (mais quadrada) e freios redimensionados. Alterações na refrigeração e assentos, ocasionada por conta do aumento da largura da carroceria, conferiram ao 170, designações de 170Va e 170Da.
No ano seguinte, o 170D ganhou a versão OTP, feita especialmente para a polícia alemã. Estranhamente, o modelo utilizava a carroceria conversível do modelo dos anos 30. Era pintado de verde, mas depois passou a ser entregue em azul. Sua produção terminou em 1952. Neste ano, para-choques renovados e para-brisa com novos limpadores foram introduzidos. Estas alterações foram conhecidas como 170Vb e 170Db.
Além disso, o 170S cruzou o Atlântico e começou a ser produzido na Argentina, tanto nas versões SV quanto SD. Em 1953, surge o Mercedes-Benz 180 W120, chamado de Ponton. O modelo era o sucessor do 170V, mas ainda coexistiu com este até 1955, quando a Daimler-Benz pôs um fim ao alemão sobrevivente da guerra. Ele chegou ao término com motor de 45 cv. Na Argentina, sua fabricação também foi encerrada.
No início dos anos 30, a Mercedes-Benz começou a vender o modelo 170, cujo projeto era o W15, o primeiro da marca sem Ferdinand Porsche como diretor técnico. Apesar das baixas vendas, o carro executivo durou até 1935.
Para substituí-lo, em fevereiro de 1936 a Mercedes-Benz lança o 170 V ou geração W136. Ao contrário do W15, que nasceu em meio à recuperação econômica da Alemanha, o novo modelo surgiu exatamente quando o mercado estava recuperado e em ascensão.
Apesar de herdar a nomenclatura do anterior, o Mercedes-Benz 170 V era bem diferente, tendo motor 1.7 de quatro cilindros no lugar do anterior de seis cilindros, também 1.7 litro. O projeto envolveu uma caixa de câmbio de quatro marchas sincronizadas e entregava 38 cv. O alemão podia fazer 10 km/litro.
Oferecido em versões Sedan, Limusine-Cabriolet, Cabriolet com 2 ou 4 portas, Roadster, Pickup e Van, o Mercedes-Benz 170 era bem versátil e confortável para a época. O estepe no painel traseiro era um dos itens que faziam parte de seu estilo, assim como os para-lamas dianteiros longos e os faróis suspensos.
É interessante notar que seu motor M136 era o mesmo do 170H, o Mercedes mais próximo do Volkswagen Fusca, tendo este propulsor montado na traseira. Com praticamente dois modelos com mesmo nome e diferenças enormes, a Daimler-Benz se concentrou mais no 170V. Com o início da Segunda Guerra, a empresa passou a produzir veículos militares e o 170H saiu de cena.
Pós-guerra
No entanto, o Mercedes-Benz 170V continuou em produção, que durou até 1942. Com o fim da guerra, a montadora precisa urgentemente retomar as vendas de veículo e o único projeto que ainda podia ser executado era o do W136. Em 1946, a Daimler reinicia a fabricação de automóveis com o 170V.
Na época, a situação era de extrema urgência, pois a fabricante de carrocerias Ambi-Budd havia sido destruída por um ataque aéreo aliado em 1943, deixando de fornecer para Adler, BMW e Ford, enquanto as fábricas da BMW, Horsch e Wanderer foram ocupadas pelos soviéticos e ficaram do lado oriental.
Assim, para atender à recuperação da Alemanha Federal, a Mercedes-Benz retomou o 170V, mas antes de chegar ao consumidor, eles saíam da fábrica como ambulâncias e caminhões leves, sendo que apenas em 1947 se produziu a versão comum, sendo elas sedã e limusine.
Em 1949, 10.000 unidades foram fabricadas. O número foi importante, já que de 1936 até 1942, 75.000 exemplares haviam sido produzidos. O W136 recebeu uma versão diesel, a 170D neste mesmo ano, entregando 38 cv. Foi o terceiro carro diesel do mundo e o primeiro do pós-guerra.
No fim dos anos 40, faltava muita coisa na Alemanha e uma delas eram carros de luxo. Pensando em quem já tinha dinheiro para gastar, a Daimler-Benz autorizou o 170S. Muito modificado em relação ao W136 original, este chegou a ser rebatizado de W191 e espiritualmente é o antepassado do Classe S atual.
Com gasolina ou diesel, o Mercedes 170S logo foi atualizado, assim como o 170V e o 170D. Essa atualização ocorreu em 1950 e dela fazia parte o motor M136 com tamanho aumentado para 1.8 litro, que futuramente serviria ao 180, o chamado Ponton.
As mudanças foram feitas nos amortecedores, formato da traseira (mais quadrada) e freios redimensionados. Alterações na refrigeração e assentos, ocasionada por conta do aumento da largura da carroceria, conferiram ao 170, designações de 170Va e 170Da.
No ano seguinte, o 170D ganhou a versão OTP, feita especialmente para a polícia alemã. Estranhamente, o modelo utilizava a carroceria conversível do modelo dos anos 30. Era pintado de verde, mas depois passou a ser entregue em azul. Sua produção terminou em 1952. Neste ano, para-choques renovados e para-brisa com novos limpadores foram introduzidos. Estas alterações foram conhecidas como 170Vb e 170Db.
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