Pneus run flat

Em fevereiro de 2015, retirei na Minas Maquinas - Belo Horizonte uma Mercedes Benz C180, 0km, modelo 14/15. Na revisão de 10.000 km indaguei à consultora sobre o valor do rodizio de pneus, alinhamento e balanceamento, sendo informado pela mesma que a Mercedes Benz não fazia tais procedimentos antes da 2ª. Revisão, 20.000 km. Passados poucos meses da revisão, ao conferir a calibragem dos pneus no posto de gasolina, constatei que um pneu estava muito baixo (27) enquanto todos os outros estavam com 35. Recalibrei e logo no dia seguinte conferi a calibragem novamente, pneu com 33, ou seja, com vazamento. Recalibrei e me dirigi à revenda do pneu em BH, Continental Pneus (av. Barão Homem de Mello). Cordialmente atendidos por seus funcionários, foi identificado um prego no pneu e efetuado imediatamente o seu reparo. Contudo, e para minha surpresa, fui informado pelo atendente que os 02 (dois) pneus do eixo trazeiro já haviam alcançado a marca de segurança, ou seja, já tinham acabado, sendo recomendada a sua imediata troca. Disse mais, que os pneus dianteiros rodariam por mais 5.000 km, já estando bastantes desgastados. A minha surpresa e indignação é porque o meu carro está com singelos 12.000 km rodados e apenas 09 meses de uso. Interpelado o atendente sobre este desgaste prematuro (sempre troquei pneus de meus carros entre 40.000 e 50.000 km) fui informado que carros de alta performace gastam muito pneu e que, assim, não era um desgaste prematuro. Nunca ouvi isto e, s.m.j., não procede este argumento.

Pois bem. Após contato com a central de atendimento da Mercedes Benz e aberto protocolo de atendimento fui orientado a procurar a concessionária para análise do caso. Já na concessionária fui informado que seria conferido o alinhamento do carro para verificar a razão deste desgaste, mas que parecia estar tudo certo em razão do desgaste ser nos dois eixos e de forma igualitária. Sendo confirmado o alinhamento, a concessionária iria entrar em contato com a Continental Pneus para fazer uma análise dos pneus. Fato que me deixou bastante preocupado foi o comentário do consultor no sentido de que tem feito várias trocas de pneus da C180 com km inferior a 20.000 km. Situação inaceitável, caso procedente, posto que este desgaste superior a qualquer outro carro (aí incluído uma Ferrari ou Porsche) não foi informado no momento da compra do mesmo. Dado de elevada importância em razão do pneu (tecnologia run flat) custar o dobro do pneu convencional, tem preço de RS 1.050,00, cada, na Continental. Nada mais absurdo, d.m.v.

Contactado pela central de relacionamentos da Mercedes, o atendente indagou se o carro já havia sido levado à concessionária para conferência do seu alinhamento. Após informar que o alinhamento estava certo, o mesmo disse que iria encerrar o protocolo pois não se tratava de defeito do carro. Após me posicionar duramente com o mesmo, recebi ligação do consultor da concessionária informando que um técnico da Continental iria se deslocar de São Paulo para BH para avaliação do pneu.

Infelizmente, não estou muito otimista. Isto porque, conversando com donos de concessionárias de outras marcas, ninguém nunca ouviu falar de um caso de desgaste total com 12.000 km, tendo os mesmos dito que o problema deve ser do carro. Será que é o carro ou o pneu ?

Eduardo N. Magalhães - adv