Pacote Brasil de equipamentos - Simplificação sem sentido

Olá confrades, peço permissão para abrir este tópico e discutir o chamado pacote Brasil de equipamentos dos modelos Mercedes no Brasil.

Recentemente, aqui no fórum mesmo, um novo confrade solicitou ajuda quanto ao levantamento dos vidros elétricos ao trancar o veículo. Prontamente, como de costume, vários confrades, inclusive eu, informamos o procedimento de pressionamento do botão na chave para abertura ou fechamento total.
Nao funcionou e o confrade dono de um GLA 2015 procurou a concessionária e o call center da mercedes que repassaram a informação de que alguns modelos da linha 2015 já nao viriam mais com o simples equipamento!
Eu mesmo, inconformado e esperando ter sido uma informação desencontrada fui atras da informação junto a concessionaria aqui de Curitiba e falei com um consultor que atende minha família a mais de 10 anos e o estrago era pior que eu imaginava. Nao apenas a linha GLA, como as linhas A, B, C de 2015 em diante nao possuem mais esse equipamento que eu considero conforto básico que até mesmo carros populares hoje em dia tem. A justificativa? Pacote Brasil! Como sempre da pra piorar, nem se quiser instalar como acessório é possivel. Salvaram apenas a linha AMG e por enquanto e a linha E (que em fim de geração nao da tempo mais de alterar - mas e a 2016? Será que também cometerão a atrocidade de retirar um simples modulo eletrico??)

Pensando nesse caso pontual, lembrei de outras economias que já ocorreram como retirada de farois de xenon, controle eletrico de bancos, teto solar (que me desculpem os que nao fazem questao, mas sempre foi equipamento obrigatório em qualquer carro que se diga de luxo, ainda mais um mercedes). Todos esses equipamentos, embora importantes, digamos que "até vai ficar sem" nas opções de entrada, embora nao justifiquem sua retirada. Mas levantamento de vidros? Antes fosse 1º de abril!

Fico pensando o que leva uma marca como a Mercedes-Benz queimar o nome dela com corte de equipamentos tao essenciais. Voce compra um carro de 150 mil e tem que ficar se preocupando em fechar os vidros do carro antes de desliga-lo, ou pior...se esquecer ter que voltar para dentro, liga-lo e ai fechar!

Nessas horas, da vontade de fazer um abaixo assinado e encaminhar para a Mercedes para alertá-los da burrada que estao fazendo capando cada vez mais os carros brasileiros, o que compromete a imagem de sofisticação e conforto tao atrelada a marca!

EMJ________(fiquei com preguiça de escrever o resto......sorry)

Claro que vc. tem toda razão com o despojamento das novas MB.

Mas, lembre-se, não existe almoço de graça......se vc. procurar o seu consultor de vendas (ou seria de compra ?) e pedir para encomendar um carro do jeito que vc quer (e eu também), a MB lhe mostrará um catálogo com todos os itens disponíveis para o carro encomendado, só que claro, com valores em Euro ou Dólar.

Daí vc. começa a escolher os itens e, após, somar todos os tributos, taxas, frete, armazém, docas, etc.........

Só depois vc. converte para "Dilmas".........o preço ficaria inviável.

Não sei se isso é protecionismo ou roubalheira mesmo. (aliás, já não sei mais nada)

O fato é que antigamente MB era sinônimo de robustez e conforto......as duas premissas, para mim, já não existem mais.

Não falta muito para eu comprar um "Ruimday" (que pelo menos tem hoje em dia quase todos os itens de conforto disponíveis no mercado) e com o $$$$ que sobrar, juntar para trocar o carro a cada 2 anos.

A Mercedes sempre teve essa política de proporcionar ao cliente a escolha dos equipamentos, acabamento e opcionais que deseja. É só voltarmos no tempo. Existem W108, W116, W126 de anos variados, com acabamento espartano nas portas, vidros mecânicos, sem trava elétrica, sem retrovisores elétricos, sem teto solar. E não estamos falando dos modelos de entrada, mas sim de Classe S. Já vi todas elas, W108, 116, 126 completíssimas no Brasil, com os mais variados tipos de acabamento e motorização. Já tive uma C180 1996 W202 que veio com câmbio mecânico, retrovisores manuais, sem regulagem elétrica do banco do passageiro, sem teto solar e sem aparelho de som (nem rádio...) A questão é que com a melhora da nossa economia (mesmo que artificial) à partir de 2005 a MB quis se popularizar no País e investiu pesado nisso. Assim que a economia começou a ruir, para não perder mercado, a solução (ou tiro no pé), foi transformar as carrocerias de entrada, em "pés de boi" (analogia ao que a VW fez com o Fusca em 1966). 
Com o dólar a preços de hoje quem compraria os carros da Plataforma MFA e W205 por R$ 270.000,00 ? O mercado voltaria a ser restrito como década de 70 ou mesmo como nos anos de 2002 a 2005. Resta saber se essa política do "pé de boi" nos carros da plataforma MFA e W205 vai interferir no conceito do comprador tradicional das Classe E, S, SL, SLS, AMGs, etc.

Eloir, o tema é muito oportuno, acho que o Nilton e Beto resumiram bem o cenário e acredito que não é só a Mercedes que entrou neste viés em função do mercado.

Caros confrades Nilton, Beto, AE, concordamos em todos os pontos, e realmente esta é a realidade do mercado, nao sendo uma exclusividade da Mercedes. Só nao consigo entender economias tao bestas como um simples módulo de levantamento eletrico de vidros nao fazer mais parte do rol de equipamentos de modelos Mercedes 2015! É um retrocesso absurdo. 
É como o TZero mencionou....daqui a pouco realmente compensará mais comprar um modelo de marcas "genéricas" como a Hyundai....Se hoje eliminam itens "essenciais" amanha eliminarão os acabamentos de melhor qualidade que hoje os diferenciam e por ai vai (vide o "couro ecológico"). Nao acho que este seja o melhor caminho para uma marca como a Mercedes. Quer eliminar itens para se tornar competitiva, elimine entao em uma unica versao, a de entrada (de preferencia deixando como opcional pelo menos). 
A proposito até mesmo o sistema de encomendas da Mercedes já nao é mais o mesmo. Hoje em dia muitos dos vendedores até desconhecem esta informação pois precisam desencalhar os carros de estoque (geralmente nas configurações preta/prata e o pacote brasil). Escolher qualquer dos itens que nao estejam neste pacote, pagando a parte torna-se inviavel financeiramente e a espera pode beirar os 6 meses...o que eu particularmente, a menos que fosse um modelo AMG ou outro exclusivo, por mais amor que eu tenha a marca nao conseguiria aceitar. Meu pai passou por esta situação na troca de uma E350 em 2014 em que ele nao aceitava nao ter mais a grade tradicional e estrela no capo e queria encomendar uma versao tal como a elegance alema. Mesmo sendo cliente habitual da marca tanto fizeram pouco caso dizendo que a linha agora era assim (como diria meu pai com grade de caminhao) e acabou com o "tesao" da compra - se ele quisesse encomendar um carro com a grade levariam 6 meses em razao do interior creme e madeira - que ele desistiu e partiu para a Jaguar que mantem ainda um nivel de atendimento e personalizaçao como na Mercedes de antigamente. No caso pontual do levantamento dos vidros nem se voce quiser solicitar a fabrica encomenda especial deve ser possível pois este modulo nao é um opcional/acessório na Alemanha, e sim de série. Essa justificativa de que a marca retirou equipamento para se tornar mais competitiva, colocar a culpa na alta do dólar, etc faz sentido? Lógico que faz, mas porque no Brasil as marcas se acostumaram com uma margem de lucro que independente da situação do país e niveis de competitividade elas nao abrem mao! Foi capado no Brasil por economia sim, e que na minha opiniao nao se justifica em 2015 nem um "popular" que hoje ja beira seus 50 mil, o que dira num Mercedes-Benz...

EMJ,
Você tem razão e seu pai está certo. Eu não compraria uma MB que não tivesse a estrela vertical no capô. Exceção é claro para os modelos cuja estrela fica na grade, como as SL, SLK, G, ex-ML, etc. Tenho até dificuldade de rodar com meus carros quando a estrela quebra ou é furtada.
Do mesmo modo, não consigo imaginar um Jaguar ou Rolls sem os respectivas estatuetas do Jaguar" e do "Espírito de Êxtase".
Como eu disse, pode ter sido um "tiro no pé" da Mercedes, mas resta saber o que o mercado Brasil significa para a Matriz na Alemanha.
Aliás, dá para imaginar o que todas as marcas pensam do nosso mercado ao verificarmos que a maioria dos carros fabricados por aqui não seriam autorizados a rodar nos EUA nem na Europa, seja por questões ambientais, seja por questões de segurança.
Somos entusiastas da Marca Mercedes, amor não se discute e é inexplicável, mas que essa "paixão" não é correspondida isso é evidente. É minha opinião pessoal.

Não concordo com vc TZero !!! A minha mercedes é XTudo

A sua CLS é Xtudo, o carro é mais bonito do que essa FaceLift, o problema são os KM rodados. O índice de manutenção MB normalmente é baixo.

Coronel a estrela no capô na Klasse E é nostalgico, faz falta sim. Esse infra-vermelho para levantar os vidros, funciona dia sim, dia não.

Temos que defender um Brasil sem comunismo, senão? É manter os carros para os próximos 50 anos.

Abs.

Inaceitável isso. E nem é questão de um módulo ou outro. Há tanta eletrônica embarcada que tal recurso é apenas uma programaçãozinha a mais e boas.

Entendo a questão que o Coronel falou, sobre manter os preços vista ao dólar alto e etc, mas esse tipo de mimo que eu chamo de "vidro treinado", é muito simples para ser cortado. Mas, de um em um, se faz um milhão...

Temos que defender um Brasil sem comunismo, senão? É manter os carros para os próximos 50 anos. escreveu:

Essa última frase do Carneiro nos leva a refletir:
As Mercedes sempre foram admiradas e desejadas por sua beleza e durabilidade, característica dos fabricantes que sofreram com as grandes guerras. Em vista disso, o europeu sempre se preocupou com a durabilidade de seus produtos, ao contrário dos Norte Americanos cujo mercado se lastreia no consumismo. Estrategicamente os EUA não estão errados, pois se tornaram a nação mais rica e poderosa do planeta.
Mas a grande realidade é que não dá para imaginar ainda quanto tempo vai durar, por exemplo, uma Classe "S" 2015 com toda a tecnologia embarcada. Os colecionadores conseguirão manter um acervo de veículos em perfeitas condições ? Quanto tempo durarão os módulos, placas eletrônicas, dispositivos eletrônicos ?
Hoje, as primeiras W140 (década de 90) são as mais procuradas por não conter quase nenhuma tecnologia embarcada. A suspensão Air Matic das W220 e W211 afastam os compradores de 2a. mão. .

Coronel !!! Assistindo o corujão

Manutenção destes carro é só dinheiro, são perfeitamente consertáveis.

Conheci um cidadão que tem uma Brabus, pediram na Brabus do Brasil a bagatela de R$ 30.000,00, são de titânio, nos EUA custam U$ 5.000,00.

Na prática o custo do AMG é muito bom.

Confrades,

O tema desse tópico não é a durabilidade e o custo de manutenção.............é a porcaria do "pacote Brasil".

Porque a relação de preço MB X Demais Veículos, quando somados os mesmos opcionais disponibilizados, é tão díspare ?????
Tradição ? Exclusividade ? Durabilidade ? Beleza ?

Todos sabemos que as novas MBs, os demais europeus e asiáticos (por exemplo), dividem os mesmos fornecedores e não raro as mesmas peças.

Hoje, sinceramente, eu que não sou adepto do "mostrar status", penso 10 vezes se deverei gastar o quádruplo para ter o mesmo conforto (ou até menos) adquirindo uma MB, frente a um carro "normal".

....e depois os hipócritas desonestos me farão andar de 1a. marcha a 50km/h numa via expressa.......

....e depois os hipócritas desonestos me farão andar de 1a. marcha a 50km/h numa via expressa.......

Comunismo @ Eles querem salvar a sua vida liberando TODAS as drogas, menos a velocidade.

PACOTE BRASIL

O pacote da GLK280 é bem ruim, não tem teto, banco MBtex, sem xenon.
O pacote da GLK300 é mto bom, teto panorâmico, banco couro, xenon, suspensão superior, led.

Meu vizinho pagou R$ 150.000,00 numa Santa Fé 2015. Tem mais opcionais, mas a GLK é um carro superior em qualidade de dirigir além do 4Matic. A minha GLK 2012 tem menos ruídos do que a Santa Fé 2015. Não tem peças, o Hyundai pode ficar parado por meses.

Existem raríssimos modelos que vem completos, com itens a mais do pacote Brasil. Existe!!!

A Solução: