220SE - Ewy Rosqvist e Ursula Wirth competindo em 1962
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220SE - Ewy Rosqvist e Ursula Wirth competindo em 1962
Semana passada, um amigo estava mostrando sua coleção de miniaturas e entre elas havia uma 220SE com duas mulheres, que segundo ele, venceram uma importante corrida na Argentina.
Procurando na internet, encontrei a reportagem abaixo que conta a história. Achei muito legal!
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Ewy Rosqvist, ou o dia em que os machões ficaram para trás
Por Paulo Levi
Em todo o histórico da participação feminina em competições automobilísticas, poucas vezes se viu uma façanha comparável à da piloto sueca Ewy Rosqvist no Grande Prêmio da Argentina, em 1962.
Na época, essa era sem dúvida a prova mais importante do calendário esportivo do país vizinho. A denominação "grande premio" pode confundir: a prova era praticamente um rally de velocidade. Eram quase 4500 km em estradas abertas ao público, dos intermináveis retões dos pampas aos caminhos tortuosos das montanhas de Córdoba e Salta, com longos trechos de terra ou cascalho ao longo do percurso. Como se não bastasse, em algumas etapas a média horária passava dos 180 km/h. Coisa pra macho com xis e com cê-agá.
Ao desembarcar em Buenos Aires, Ewy era pouco mais que uma curiosidade. Afinal, o que se poderia esperar de uma mulher numa prova duríssima como aquela, ainda mais enfrentando pilotos do calibre dos experientes campeões argentinos Oscar Cabalén e Nasif Estéfano e dos próprios companheiros de Ewy na equipe Mercedes Benz, os alemães Eugen Böhringer e Hermann Kühne? (Isso para não falar do convidado especial da equipe, o argentino Carlos Menditeguy, ex-piloto de Fórmula 1 e protegido de Juan Manuel Fangio.) Previsivelmente - ainda mais na Argentina machista daqueles tempos - não faltaram piadinhas sobre aquela loira sueca.
Pois bem: com seu sedan Mercedes 220 SE, a loira Ewy calou a boca de todo mundo, vencendo o Grande Prêmio de forma esmagadora e chegando em primeiro lugar em todas as seis etapas. Dos 258 inscritos, muitos sofreram quebras mecânicas e ficaram pelo caminho. Houve vários acidentes, alguns deles fatais.
Da noite para o dia, Ewy Rosqvist tornou-se uma celebridade na Argentina, qual uma guerreira viking surgida não se sabe de que Valhalla automobilístico. Daí para a frente, ela e sua navegadora, Ursula Wirth passaram a ser chamadas - agora com um misto de fascínio e respeito - de "Las Suecas".
Ewy ainda voltaria a disputar Grande Prêmio da Argentina em 1963 e 1964, classificando-se novamente entre os primeiros. No final de 1964, casou-se com o Barão Alexander von Korff e retirou-se do automobilismo de competição.
Hoje, em forma invejável aos 80 anos de idade, Ewy é uma espécie de "embaixadora honorária" da Mercedes Benz em eventos relacionados à marca - como se pode ver no vídeo abaixo (falado em sueco).
De 1962 para cá, o mundo mudou. Até o machismo argentino já não é mais o mesmo. Quem sabe se a histórica vitória de Ewy Rosqvist não teve algo a ver com isso?
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Na época, essa era sem dúvida a prova mais importante do calendário esportivo do país vizinho. A denominação "grande premio" pode confundir: a prova era praticamente um rally de velocidade. Eram quase 4500 km em estradas abertas ao público, dos intermináveis retões dos pampas aos caminhos tortuosos das montanhas de Córdoba e Salta, com longos trechos de terra ou cascalho ao longo do percurso. Como se não bastasse, em algumas etapas a média horária passava dos 180 km/h. Coisa pra macho com xis e com cê-agá.
Ao desembarcar em Buenos Aires, Ewy era pouco mais que uma curiosidade. Afinal, o que se poderia esperar de uma mulher numa prova duríssima como aquela, ainda mais enfrentando pilotos do calibre dos experientes campeões argentinos Oscar Cabalén e Nasif Estéfano e dos próprios companheiros de Ewy na equipe Mercedes Benz, os alemães Eugen Böhringer e Hermann Kühne? (Isso para não falar do convidado especial da equipe, o argentino Carlos Menditeguy, ex-piloto de Fórmula 1 e protegido de Juan Manuel Fangio.) Previsivelmente - ainda mais na Argentina machista daqueles tempos - não faltaram piadinhas sobre aquela loira sueca.
Pois bem: com seu sedan Mercedes 220 SE, a loira Ewy calou a boca de todo mundo, vencendo o Grande Prêmio de forma esmagadora e chegando em primeiro lugar em todas as seis etapas. Dos 258 inscritos, muitos sofreram quebras mecânicas e ficaram pelo caminho. Houve vários acidentes, alguns deles fatais.
Da noite para o dia, Ewy Rosqvist tornou-se uma celebridade na Argentina, qual uma guerreira viking surgida não se sabe de que Valhalla automobilístico. Daí para a frente, ela e sua navegadora, Ursula Wirth passaram a ser chamadas - agora com um misto de fascínio e respeito - de "Las Suecas".
Ewy ainda voltaria a disputar Grande Prêmio da Argentina em 1963 e 1964, classificando-se novamente entre os primeiros. No final de 1964, casou-se com o Barão Alexander von Korff e retirou-se do automobilismo de competição.
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Compre um Lexus e seja feliz! Não sou mais ADM faz tempo, mas meu nick permanece azul.
Hiro- Administrador
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Krycek- Usuário Platina
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Re: 220SE - Ewy Rosqvist e Ursula Wirth competindo em 1962
Imagina a reacao dos homens nos anos 60...hahahha
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Hiro- Administrador
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Re: 220SE - Ewy Rosqvist e Ursula Wirth competindo em 1962
Mulheres de garra e ação, fizeram jus aos trofeis, abs.
Reuthmann- Usuário Platina
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Re: 220SE - Ewy Rosqvist e Ursula Wirth competindo em 1962
Muito legal o Post Hiro.
Todos sabem que tenho imensa admiração pelas W111.
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Convidado 12- Usuário Platina
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