A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
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A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
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Apesar de ter surgido para o mundo como a marca das flechas de prata e das asas de gaivota, depois de abandonar as pistas em 1955 a Mercedes-Benz acabou muito mais vinculada aos sedãs de luxo e às limousines de chefes de estado. Coube à divisão esportiva AMG trabalhar duro para trazer as banheiras alemãs de volta ao topo do pódio. E eles conseguiram.
A primeira – e impressionante – demonstração de audácia veio com o “Porco Vermelho”, um maciço sedã 300 SEL 6.3 que quase põe no bolso a concorrência lipoaspirada nas 24h de Spa de 1971. O sucesso deu origem ao 300 SEL 6.3 AMG, talvez o primeiro sleeper da história, e certamente um dos mais ferozes, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos – mais rápido que o Lamborghini Miura da mesma época!
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A receita estava dada. Anos depois, foi a vez da AMG se debruçar sobre o cupê da série SLC (código C107) para prepará-lo segundo o regulamento do European Touring Car Championship da época, uma categoria povoada por Alfas, BMWs e Audis. Uma dieta radical reduziu os 1.690 quilos do 450 SLC para apenas 1.225 quilos, rebaixou a carroceria até o chão e deu a esse bólido um dos visuais mais badass desde a unificação alemã.
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O motor V8 de 4,5 litros teve giro ideal elevado de 5.000 para 6.550 rpm, e recebeu toda uma preparação para pular de 217 para 375 cavalos. A nota bizarra ficou para a presença do câmbio automático de três marchas – a opção manual de cinco velocidades teve problemas e acabou não sendo homologada. O 450 SLC AMG não foi o maior vencedor da história do ETCC, mas saiu de lá com uma clássica vitória na corrida mais importante da temporada de 1980, em Nürburgring.
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A AMG parece realmente ter gostado de meter a mão em cupês suntuosos. O próximo da lista foi o 500 SEC e seu V8 de 5,0 litros e 244 cavalos originais de fábrica. Preparado nos mínimos detalhes, passou a produzir 459 cavalos – e ao contrário do seu antecessor, recebeu uma transmissão manual de cinco marchas no lugar do câmbio automático.
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Dois exemplares do 500 SEC AMG foram construídos para as 24h de Spa-Francorchamps de 1989. Mesmo com o peso foi reduzido de 1.660 para 1.340 quilos, o carro representava mais ou menos o que o Porco Vermelho havia sido em 1971: um gigante em meio aos compactos Ford Sierra RS 500 Cosworth, BMW M3 Evo, Porsche 944, Toyota Celica, Kadett GSi 16V e companhia.
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Um dos cupês da estrela de três pontas – o nº5 de Klaus Ludwig – chegou a liderar a prova com folga, mas logo abandonaria com problemas no câmbio. O outro 500 SEC quebraria o eixo traseiro horas depois. Decepcionada, a AMG resolveria concentrar esforços na série 190 E, de dimensões semelhantes à da concorrência.
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O primeiro 190 E de competição havia surgido em 1986, dois anos após o estabelecimento do campeonato alemão de turismo nos moldes atuais, o DTM. Os modelos 190 E 2.3-16 alinhavam um quatro cilindros de 16 válvulas e pouco mais de 300 cavalos. Já o 190 E 2.5-16 Evolution I subiu esses números para 344 cavalos, em 1989. Logo surgiu o 190 E 2.5-16 Evolution II de 380 cavalos e seu característico body kit, e com ele os títulos de construtores em 1991 e o de pilotos em 1992, com Klaus Ludwig.
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Nessa época, os Mercedes já tinham que empregar artilharia pesada contra os Alfa 155 V6 TI, Audi Quattro, BMW M3, Ford Sierra Turbo e Opel Omega – todos equipados com motores maiores, invertendo a lógica dos primeiros AMGs de competição.
Em 1994, um carro 100% novo substituiu o 190 E como modelo “de entrada” da marca: o Classe C. Mais uma vez, lá estava a AMG pronta para aliciar suas potencialidades. O motor escolhido para competir foi o V6 de 2,5 litros e 517 cavalos produzidos a ensurdecedores 12.000 rpm.
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Tanto na ITC (International Touring Car Championship) quanto na DTM, os Classe C preparados para correr dispunham de tecnologia digna da Fórmula 1: transmissão semi-automática de seis velocidades com diferencial de deslizamento limitado e controle de tração, suspensão programável computadorizada com ajuste automático de amortecedores e barras estabilizadoras, e dutos de ar frontais que se fechavam eletronicamente em altas velocidades
O uso irrestrito de fibra de carbono e kevlar fez o peso cair para apenas uma tonelada – além disso, um lastro móvel podia alterar o centro de gravidade durante frenagens. Tudo isso para compensar um detalhe importante: enquanto o Classe C de competição continuava a tracionar apenas as rodas traseiras, Alfa Romeo e Opel já empregavam tração integral em seus bólidos.
Resultado: 34 vitórias e cinco títulos divididos entre ITC e DTM nos três primeiros anos de trabalho – trabalho que por sinal continua até hoje nos SLS GT3 e nos Classe C atuais.
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FONTE: Jalopnik
Abraços
Apesar de ter surgido para o mundo como a marca das flechas de prata e das asas de gaivota, depois de abandonar as pistas em 1955 a Mercedes-Benz acabou muito mais vinculada aos sedãs de luxo e às limousines de chefes de estado. Coube à divisão esportiva AMG trabalhar duro para trazer as banheiras alemãs de volta ao topo do pódio. E eles conseguiram.
A primeira – e impressionante – demonstração de audácia veio com o “Porco Vermelho”, um maciço sedã 300 SEL 6.3 que quase põe no bolso a concorrência lipoaspirada nas 24h de Spa de 1971. O sucesso deu origem ao 300 SEL 6.3 AMG, talvez o primeiro sleeper da história, e certamente um dos mais ferozes, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos – mais rápido que o Lamborghini Miura da mesma época!
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A receita estava dada. Anos depois, foi a vez da AMG se debruçar sobre o cupê da série SLC (código C107) para prepará-lo segundo o regulamento do European Touring Car Championship da época, uma categoria povoada por Alfas, BMWs e Audis. Uma dieta radical reduziu os 1.690 quilos do 450 SLC para apenas 1.225 quilos, rebaixou a carroceria até o chão e deu a esse bólido um dos visuais mais badass desde a unificação alemã.
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O motor V8 de 4,5 litros teve giro ideal elevado de 5.000 para 6.550 rpm, e recebeu toda uma preparação para pular de 217 para 375 cavalos. A nota bizarra ficou para a presença do câmbio automático de três marchas – a opção manual de cinco velocidades teve problemas e acabou não sendo homologada. O 450 SLC AMG não foi o maior vencedor da história do ETCC, mas saiu de lá com uma clássica vitória na corrida mais importante da temporada de 1980, em Nürburgring.
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A AMG parece realmente ter gostado de meter a mão em cupês suntuosos. O próximo da lista foi o 500 SEC e seu V8 de 5,0 litros e 244 cavalos originais de fábrica. Preparado nos mínimos detalhes, passou a produzir 459 cavalos – e ao contrário do seu antecessor, recebeu uma transmissão manual de cinco marchas no lugar do câmbio automático.
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Dois exemplares do 500 SEC AMG foram construídos para as 24h de Spa-Francorchamps de 1989. Mesmo com o peso foi reduzido de 1.660 para 1.340 quilos, o carro representava mais ou menos o que o Porco Vermelho havia sido em 1971: um gigante em meio aos compactos Ford Sierra RS 500 Cosworth, BMW M3 Evo, Porsche 944, Toyota Celica, Kadett GSi 16V e companhia.
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Um dos cupês da estrela de três pontas – o nº5 de Klaus Ludwig – chegou a liderar a prova com folga, mas logo abandonaria com problemas no câmbio. O outro 500 SEC quebraria o eixo traseiro horas depois. Decepcionada, a AMG resolveria concentrar esforços na série 190 E, de dimensões semelhantes à da concorrência.
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O primeiro 190 E de competição havia surgido em 1986, dois anos após o estabelecimento do campeonato alemão de turismo nos moldes atuais, o DTM. Os modelos 190 E 2.3-16 alinhavam um quatro cilindros de 16 válvulas e pouco mais de 300 cavalos. Já o 190 E 2.5-16 Evolution I subiu esses números para 344 cavalos, em 1989. Logo surgiu o 190 E 2.5-16 Evolution II de 380 cavalos e seu característico body kit, e com ele os títulos de construtores em 1991 e o de pilotos em 1992, com Klaus Ludwig.
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Nessa época, os Mercedes já tinham que empregar artilharia pesada contra os Alfa 155 V6 TI, Audi Quattro, BMW M3, Ford Sierra Turbo e Opel Omega – todos equipados com motores maiores, invertendo a lógica dos primeiros AMGs de competição.
Em 1994, um carro 100% novo substituiu o 190 E como modelo “de entrada” da marca: o Classe C. Mais uma vez, lá estava a AMG pronta para aliciar suas potencialidades. O motor escolhido para competir foi o V6 de 2,5 litros e 517 cavalos produzidos a ensurdecedores 12.000 rpm.
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Tanto na ITC (International Touring Car Championship) quanto na DTM, os Classe C preparados para correr dispunham de tecnologia digna da Fórmula 1: transmissão semi-automática de seis velocidades com diferencial de deslizamento limitado e controle de tração, suspensão programável computadorizada com ajuste automático de amortecedores e barras estabilizadoras, e dutos de ar frontais que se fechavam eletronicamente em altas velocidades
O uso irrestrito de fibra de carbono e kevlar fez o peso cair para apenas uma tonelada – além disso, um lastro móvel podia alterar o centro de gravidade durante frenagens. Tudo isso para compensar um detalhe importante: enquanto o Classe C de competição continuava a tracionar apenas as rodas traseiras, Alfa Romeo e Opel já empregavam tração integral em seus bólidos.
Resultado: 34 vitórias e cinco títulos divididos entre ITC e DTM nos três primeiros anos de trabalho – trabalho que por sinal continua até hoje nos SLS GT3 e nos Classe C atuais.
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FONTE: Jalopnik
Abraços
França- Desativado (Recadastramento - registro desatualizado)
- Número de mensagens : 1402
Data de inscrição : 25/06/2008
Interesses : MB,conhecimento,amigos
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Re: A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
Muito bom o tópico, historia interessante acompanhada de belas fotos.
pedroftalmo- Usuário Platina
- Número de mensagens : 1844
Data de inscrição : 14/12/2010
Interesses : Mercedes e AMG
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Re: A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
Entre os modelos, o que eu mais gostei foi o “Porco Vermelho”. Eu acho aquela grade frontal imponente, é a cara da Mercedes Benz.
AMG na veia!!! rsrs
AMG na veia!!! rsrs
FAUS- Desativado (Recadastramento - registro desatualizado)
- Número de mensagens : 1321
Data de inscrição : 09/07/2011
Interesses : Mercedes Benz
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Christiano- Usuário Ouro
- Número de mensagens : 709
Data de inscrição : 15/08/2011
Interesses : Mercedes
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Re: A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
Muito legal. As vezes dá vontade de comprar um SEC e adesiva-lo igual ao da foto. Colocar as rodas BBS da época e curtir uma réplica V8 AMG.
Bremen- Usuário Platina
- Número de mensagens : 2302
Data de inscrição : 29/08/2008
Interesses : Mercedes Benz e veiculos militares
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Re: A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
Adorei este tópico, valeu,França!
Todos os modelos são lindíssimos, mas de todos minha paixão fica pelo 190E, o sedan da MB que mais adoro!
Agora, eu vi no livro do Museu da Mercedes, comemorativo dos 125 anos, uma matéria da participação vitoriosa dos C107 nos Rallyes-algum de vcs sabem se estes C107 bv eram preparados pela AMG?
Eu vou tentar pesquisar na net sobre a participação dos C107 nos rallyes, achar umas fotos e postar aqui no fórum.
CMC
Todos os modelos são lindíssimos, mas de todos minha paixão fica pelo 190E, o sedan da MB que mais adoro!
Agora, eu vi no livro do Museu da Mercedes, comemorativo dos 125 anos, uma matéria da participação vitoriosa dos C107 nos Rallyes-algum de vcs sabem se estes C107 bv eram preparados pela AMG?
Eu vou tentar pesquisar na net sobre a participação dos C107 nos rallyes, achar umas fotos e postar aqui no fórum.
CMC
CMC- Usuário Platina
- Número de mensagens : 1298
Data de inscrição : 03/03/2009
Interesses : Classe A W168 Classe C W201,W202,W203 e Classe E W124
Sexo : País :
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Re: A improvável trajetória da AMG nas pistas de corrida
Aliás, já postei, está lá na seção da C107 !
CMC
CMC
CMC- Usuário Platina
- Número de mensagens : 1298
Data de inscrição : 03/03/2009
Interesses : Classe A W168 Classe C W201,W202,W203 e Classe E W124
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