Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
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Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
Postado a pedido do Confrade Maluhy:
O SÍMBOLO DO AUTOMÓVEL FAZ 125 ANOS
por Roberto Nasser - 2/2/2011
Vamos combinar. Ninguém sabe, com exatidão e definição, qual foi o primeiro veículo automotor. Talvez o Markus, do engenheiro austríaco do mesmo nome, em 1875. Mas ficou apenas no protótipo e sem produção seriada, como muitos outros inquietos curiosos, técnicos, engenheiros à época iluminados por facho de inspiração fizeram surgir, mundo afora – leia-se Europa e EUA – veículos autopropelidos.
Quem, 10 anos após o fez, e cartesianamente obteve documento formal de reconhecimento de patente foi o triciclo do engenheiro alemão Carl Benz – a Daimler-Benz insiste em grafar seu nome com “K”, mas de origem é com “C”. Coisas de algum pai do marketing com pretensões de ter interpretação mais importante que a história. Como inovava, sem nome para o gênero cujo registro expedido em 29 de janeiro de 1886, foi tratado de Motor Wagen, veículo a motor.
É o símbolo do automóvel, com história ampla, a antecipar um século do que seria seu uso e seu mercado. Na prática a criação de herr Benz para nada servia. Fazia barulho, fumaça, espantava animais, incomodava pessoas. Tinha um registro oficial de patente mas, imóvel tralha, tomava lugar dos animais e dos veículos de tração a sangue no estábulo, a futura garagem da família Benz. Policialmente proibido de circular, em agosto de 1888, dois anos e meio após a patente, instigou dona Bertha, 39, esposa do insistente Benz, sócia nos apertos domésticos pelo desenvolvimento do veículo, cansada de ouvir críticas dos pais, vizinhos, polícia e outros idiotas cegos para o início da mudança no mundo, botou ordem no negócio. Num amanhecer, com seus filhos Eugen,15 e Richard, 13, empurraram o carro – uma charrete com roda dianteira – e saíram de Manheim indo parar na casa da mãe de Bertha, em Pforzeim, a 120 km de distância. Um sacrifício. O motor, 4 tempos, monocilíndrico, deslocava 954 cm3 e produzia 2/3 de HP a 250 rpm. Charrete-wagen e motor pesavam 300 quilos e, na prática, entre peso, carga e potência equivale usar motor de Fiat Mille para mover um ônibus.
Há quem se perca nos detalhes, interprete, romantize a viagem, enfeitando-a com intervenções de dona Bertha, como utilizar os alfinetes do chapéu para desentupir o gigleur do carburador – nem um nem outro existiam então ... – ou sacar a liga elástica de uma das meias e substituir mola metálica – pré-matrona do interior usava meias com ligas?; sacrificar seu cinto e o dos meninos como material abrasivo para os freios.
Romance ou não, são irrelevantes. Fato claro, a decisão de dona Bertha resolveu muitas questões: tampou o incômodo no âmbito familiar e em seu burgo: exibiu utilidade; provou – com todo o respeito, mas visto o cenário de época – até uma mulher era capaz de dirigir o tal de Motor Wagen; sinalizou o início da mobilidade, encurtando em dias a distância se percorrida a cavalo ou carroça; e deu nome ao composto químico utilizado para limpeza e que, daí em diante se chamaria, obviamente, Benzina.
Viabilizou o negócio. Os jornais das cidades cruzadas pelo pioneiro veículo deram ampla cobertura, distribuindo-a pelo telégrafo e, quando Dona Bertha e os benzinhos voltaram, já haviam encomendas. Benz produziu outra unidade e levou-a para a Feira Mundial de Paris, em 1889 e de lá voltou com outros pedidos viabilizadores do negócio. O resto entre percalços e vitórias, está aí com a estrela de três pontas, mito e meta.
Há a considerar a coragem de dona Bertha como o grande indutor e à quebra do paradigma que mulheres não conduziam, eram conduzidas, demarrando a influência feminina sobre o mercado de automóveis, hoje entre compras próprias e influencia, projetada em 70%.
Ponto final, somou-se às evidencias geradoras de frase sintética: “ Se é para explicar, chame um homem. Para fazer, uma mulher.”
Reprodução da patente do veículo
Benz conduz o Motor Wagen. Da. Bertha agora é passageira
Fonte:
www.coisasdeagora.com.br
O SÍMBOLO DO AUTOMÓVEL FAZ 125 ANOS
por Roberto Nasser - 2/2/2011
Vamos combinar. Ninguém sabe, com exatidão e definição, qual foi o primeiro veículo automotor. Talvez o Markus, do engenheiro austríaco do mesmo nome, em 1875. Mas ficou apenas no protótipo e sem produção seriada, como muitos outros inquietos curiosos, técnicos, engenheiros à época iluminados por facho de inspiração fizeram surgir, mundo afora – leia-se Europa e EUA – veículos autopropelidos.
Quem, 10 anos após o fez, e cartesianamente obteve documento formal de reconhecimento de patente foi o triciclo do engenheiro alemão Carl Benz – a Daimler-Benz insiste em grafar seu nome com “K”, mas de origem é com “C”. Coisas de algum pai do marketing com pretensões de ter interpretação mais importante que a história. Como inovava, sem nome para o gênero cujo registro expedido em 29 de janeiro de 1886, foi tratado de Motor Wagen, veículo a motor.
É o símbolo do automóvel, com história ampla, a antecipar um século do que seria seu uso e seu mercado. Na prática a criação de herr Benz para nada servia. Fazia barulho, fumaça, espantava animais, incomodava pessoas. Tinha um registro oficial de patente mas, imóvel tralha, tomava lugar dos animais e dos veículos de tração a sangue no estábulo, a futura garagem da família Benz. Policialmente proibido de circular, em agosto de 1888, dois anos e meio após a patente, instigou dona Bertha, 39, esposa do insistente Benz, sócia nos apertos domésticos pelo desenvolvimento do veículo, cansada de ouvir críticas dos pais, vizinhos, polícia e outros idiotas cegos para o início da mudança no mundo, botou ordem no negócio. Num amanhecer, com seus filhos Eugen,15 e Richard, 13, empurraram o carro – uma charrete com roda dianteira – e saíram de Manheim indo parar na casa da mãe de Bertha, em Pforzeim, a 120 km de distância. Um sacrifício. O motor, 4 tempos, monocilíndrico, deslocava 954 cm3 e produzia 2/3 de HP a 250 rpm. Charrete-wagen e motor pesavam 300 quilos e, na prática, entre peso, carga e potência equivale usar motor de Fiat Mille para mover um ônibus.
Há quem se perca nos detalhes, interprete, romantize a viagem, enfeitando-a com intervenções de dona Bertha, como utilizar os alfinetes do chapéu para desentupir o gigleur do carburador – nem um nem outro existiam então ... – ou sacar a liga elástica de uma das meias e substituir mola metálica – pré-matrona do interior usava meias com ligas?; sacrificar seu cinto e o dos meninos como material abrasivo para os freios.
Romance ou não, são irrelevantes. Fato claro, a decisão de dona Bertha resolveu muitas questões: tampou o incômodo no âmbito familiar e em seu burgo: exibiu utilidade; provou – com todo o respeito, mas visto o cenário de época – até uma mulher era capaz de dirigir o tal de Motor Wagen; sinalizou o início da mobilidade, encurtando em dias a distância se percorrida a cavalo ou carroça; e deu nome ao composto químico utilizado para limpeza e que, daí em diante se chamaria, obviamente, Benzina.
Viabilizou o negócio. Os jornais das cidades cruzadas pelo pioneiro veículo deram ampla cobertura, distribuindo-a pelo telégrafo e, quando Dona Bertha e os benzinhos voltaram, já haviam encomendas. Benz produziu outra unidade e levou-a para a Feira Mundial de Paris, em 1889 e de lá voltou com outros pedidos viabilizadores do negócio. O resto entre percalços e vitórias, está aí com a estrela de três pontas, mito e meta.
Há a considerar a coragem de dona Bertha como o grande indutor e à quebra do paradigma que mulheres não conduziam, eram conduzidas, demarrando a influência feminina sobre o mercado de automóveis, hoje entre compras próprias e influencia, projetada em 70%.
Ponto final, somou-se às evidencias geradoras de frase sintética: “ Se é para explicar, chame um homem. Para fazer, uma mulher.”
Reprodução da patente do veículo
Benz conduz o Motor Wagen. Da. Bertha agora é passageira
Fonte:
www.coisasdeagora.com.br
Convidad 1- Usuário Platina
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Re: Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
mas isto e um triciclo!!!!!!!!!
nao posso considerar um carro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
carro: 4 rodas
moto 2 rodas
triciclo: 3 rodas.
carreta:16 rodas.
etc,etc,etc........
nao posso considerar um carro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Xenon- Usuário Platina
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Re: Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
Mas cabem 3 pessoas,o Mclaren F1 tb cabia 3 pessoas e é um carro,hehehehehehe,
Maluhy- Consultor Técnico
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Re: Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
Belo artigo!
Essa história da Dna Berta eu não sabia, muito boa!
Essa história da Dna Berta eu não sabia, muito boa!
Sidsports- Usuário Platina
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Re: Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
Lá no Museu da Mercedes em Stuttgard tem vários tópicos e vídeos, contando as histórias da Bertha.... Sem ela não existiria o carro do Benz, ela que patrocinava, que dava as ideias e era quem testava os veículos, é muito legal a história desta mulher!!!! Uma mulher incrível e que para mim é responsável por mais de 50% da história deste automóvel... Inclusive num tópico informativo, dizia que o Benz estava desisitindo de continuar esta invenção e então ela vai viajar com o carro junto com os filhos para a casa da mãe e então..... Tudo acontece.... É realmente incrível as histórias desta época... Minha esposa ficou admirada com esta mulher....
GR- Usuário Platina
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Re: Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
GR,
Se tudo der certo visitarei o museu no fim de agosto, vou dar atenção a isto, a é que vai ficar pegando no meu pé com essa Dna Bertha, rsrsss!
Se tudo der certo visitarei o museu no fim de agosto, vou dar atenção a isto, a é que vai ficar pegando no meu pé com essa Dna Bertha, rsrsss!
Sidsports- Usuário Platina
- Número de mensagens : 1683
Data de inscrição : 06/02/2009
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Re: Artigo de Roberto Nasser sobre os 125 anos do primeiro automóvel
Sidsports, vc vai adorar.... A história de tudo começa no último andar.... Vc irá ver coisas incríveis... Eu não sabia que o Maybach foi uma figura muito importante nisto tudo.... Pois, ele é que inventou o motor... Fique no hotel V8 e vc irá adorar, irá dormir na cama da mercedes.... ( o quarto chama CarWash) É coisa de louco!!! :affraid: Se precisar de alguma dica estou a disposição, ok?
GR- Usuário Platina
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