2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
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2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
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Uma 190 E 2.3 16v com um disfarce "street", mas note os painéis laterais, os parachoques redesenhados, apliques nos paralamas, característicos aerofólio traseiro, além da suspensão mas baixa.
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Inconfundivel traseira do modelo 16v, aerofólio, parachoque redesenhado e logo 2.3 16v
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A corrida inaugural em Nurburgring em maio de 1984, foi um evento promocional para o W201 2.3 16v. O grid era composto por nove pilotos de tres gerações de campeões entre eles Niki Lauda, mas o vitorioso do dia foi Ayrton Senna, uma estrela em ascensão.
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O coração do 2.3 16v um motor com duplo comando de válvulas, quatro válvulas por cilindro, escapamento tubular "dimensionado", produzido em cooperação com a Cosworth inglesa
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Todos os componentes do comando de valvulas produzido em conjunto com a Cosworth
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Interior com os bancos envolventes, inclusive na traseira, notem que a parte central é de tecido, couro era opcional
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A corrida inaugural em Nurburgring em maio de 1984, foi um evento promocional para o W201 2.3 16v. O grid era composto por nove pilotos de tres gerações de campeões entre eles Niki Lauda, mas o vitorioso do dia foi Ayrton Senna, uma estrela em ascensão.
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Laurival- Cadastro desatualizado pendente regularização
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Na verdade, não foi sucesso desde o lançamento não, foi preciso muita promoção e propaganda para mostrar que a Mercedes sabia fazer carro "Popular", este evento foi uma das promoções que tinham este objetivo.
Depois de alguns anos esta estória se repetiu com o Classe A, como todos sabemos.
Depois de alguns anos esta estória se repetiu com o Classe A, como todos sabemos.
Laurival- Cadastro desatualizado pendente regularização
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Laurival, mas este carro atendia uma proposta de maior esportividade na época, como assim popular?
Maurouts- Usuário Platina
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Belo Post Laurival. Importante destacar que o Senna era um "moleque" na sua 4ª corrida de F1 no meio de um monte de veteranos e campeões e fez todo mundo comer poeira, com exceção do Lauda que provavelmente não aceitou tomar do novato e foi até o fim, mas mesmo assim ficou em segundo. Alguem pode confirmar, mas creio que no inicio da corrida ele conseguiu dar um chega pra lá no Prost, previu o futuro.
Mauro,
A serie W201 era a MB mais barata na época. O fato deles lançarem versões esportivas, não anula o fato que era uma MB "popular".
Mauro,
A serie W201 era a MB mais barata na época. O fato deles lançarem versões esportivas, não anula o fato que era uma MB "popular".
Última edição por João em Qua 18 Fev 2009 - 20:55, editado 1 vez(es)
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Uma foto do Senna junto dessa 190E ao final da corrida foi um dos motivos da minha paixão por esse carro. Lindíssima!!!
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Laurival, belo post. A maioria das 2.3-16 que vieram ao Brasil vieram com couro, vi apenas uma cor champagne com esse interior uma vez. Interessante notar tambem que esse tecido tinha um apelo esportivo e não de mais barato, já que até na 500E, top de linha, era possivel ter esse tecido nos bancos.
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Para complementar o post do Laurival.
Para a maioria não dá para entender nada, mas vale as imagens...
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LRValente- Usuário Platina
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Confrades,
Apenas mais algumas informações a respeito da prova vencida por Senna com a 190E 2.3 16. Para mim, que era e ainda sou fã do Senna e também da 190E, achei muito interessante. VAle a leitura!
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DESTE CARRO QUE HOJE FICA EXPOSTO NO MUSEU DA MERCEDES BENZ
O DIA EM QUE NASCEU UM CAMPEÃO
A história pouco conhecida da reabertura de Nurburgring, quando um novato superou nove campeões mundiais de F-1.
Você já imaginou o que aconteceria se os melhores pilotos da F-1 atual se enfrentassem os gigantes do passado em carros idênticos?
Parece um sonho impossível, mas foi exatamente o que a Mercedes-Benz fez em Nurburgring num sábado, 12 de maio de 1984.
Naquele dia, seis pilotos em atividade desistiram de um final de semana de folga para correr contra uma turma que incluía alguns dos maiores nomes da história do automobilismo. A lista de inscritos incluía nada menos do que nove campeões mundiais, além de dois pilotos que atingiram a glória e que iriam dominar a F-1 pelos dez anos seguintes.
Esse evento inédito, até hoje não igualado, foi organizado para celebrar a inauguração do novo traçado de Nurburgring e o lançamento do Mercedes 190 2.3 16V.
O ponto alto do final de semana foi uma corrida de 15 voltas com os novos carros. E os pilotos foram os primeiros a experimentar o novo traçado, um ultra-moderno circuito de 4,5 km, construído para levar o automobilismo de ponta novamente para a região. O que não acontecia desde o antigo traçado passou a ser considerado perigoso demais.
A Mercedes estava determinada a formar melhor lista possível de pilotos inscritos. Entre os que estavam e atividade, a empresa atraiu Niki Lauda e Alan Prost, da Mclaren, Keke Rosberg e Jacques Laffite, da Williams, Elio de Angelis, da Lótus e um novo novato chamado Ayrton Senna, da pequena Toleman.
O jovem brasileiro, de 24 anos, era o único membro do sexteto que ainda não havia vencido um GP na F-1.
O responsável pela inscrição do desconhecido campeão da F-3 inglesa foi Domingos Piedade, atual chefe da equipe da AMG, então um dos maiores entusiastas da carreira de Senna.
Para ele, aquilo foi extremamente importante, recorda Piedade. Era a abertura de Nurburgring o que significava muito para o Ayrton. E era a primeira vez que ele tinha um carro igual aos dos figurões. Era importante para ele mostrar do que era capaz.
Lauda e Rosberg, já eram campeões mundiais (em 75 e 77 e em 82, respectivamente), mas representavam apenas a ponta do Iceberg. Juntaram-se a eles Jack Brabham (59,60 e 66), Phil Hill (61), John Surtees (64), Dennis Hulme (67), James Hunt (76). Jody Scheckter (79) e Alan Jones(80).
O pentacampeão Juan Manoel Fangio também apareceu para apoiar o evento, mas, sofrendo com problemas de saúde, preferiu não participar da corrida.
Os únicos campeões mundiais vivos que faltaram foram Mário Andretti e Emerson Fittipaldi, que estavam nos EUA, participando das 500 milhas de Indianápolis, e Jackie Stewart, que sempre manteve-se fiel a sua aposentadoria e , desde 1973, não corre nem de kart.
Além dos campeões, havia outras estrela da F-1. Dos ex-integrantes da equipe Mercedes-Benz Stirling Moss e Hans Hermann aos recém-aposentados Carlos Rautermann e John Watson.
O grid foi completado por três astros da categoria esporte-protótipo: Klaus Ludwig , Manfred Schurti e Udo Schetz.
Adorei aquele evento, diz Alain Prost. Foi fantástico encontrar todos aqueles pilotos. Nos divertimos muito, mas, mesmo com o reencontro de tanta gente, era inacreditável ver o espírito de competição que havia no ar. Todos, mesmo os mais velhos, levaram aquilo muito a sério.
O engenheiro da Mercedes responsável pelos carros lembra como alguns pilotos se interessaram em detalhes de acerto, Reutemann chegou a exigir um jogo de pneus novo em seu carro antes do treino classificatório.
Nem todos porem, levaram a corrida tão a sério.
Tratei aquilo da maneira como deveria ser tratado, como uma diversão, diz John Watson. E havia uma mistura de pilotos de gerações e idades diferentes. Velhos amigos, velhos adversários ou as duas coisas. Queria me sair bem, mas não precisava provar nada.
Mas, para Senna, o fim-de-semana era uma oportunidade para deixar marcas. Saindo da F-3, ele havia corrido apenas quatro GPs na F-1 pela Toleman antes de ir para Nurburgring.
Já havia obtido dois sextos lugares, mas seu nome ainda não era conhecido.
Nem pelos outros iniciantes que disputavam posições com ele, nem pelo homem que então liderava o mundial de F-1.
Foi a primeira vez que encontrei o Ayrton, afirma Prost. Como nossos vôos chegaram com uma diferença de 15 minutos, a Mercedes me perguntou se eu podia lhe dar uma carona. Passamos metade do dia juntos. Ele não conhecia absolutamente ninguém, o que era engraçado.
Phil Hill era um dos veteranos que não tinha a mínima idéia sobre quem era aquele brasileiro. Eu e minha mulher sentamos em uma pequena sala e tentamos puxar assunto com ele. Estávamos congelando de frio, e havia apenas um pequeno aquecedor elétrico. Ele só ficou parado, me olhando, e eu pensava: O que ele quer dizer? Então, eu desisti, pensando que ele era apenas mais um novato. Pouco tempo depois, ele já teria gravado o nome na F-1.
O grid de largada estava repleto de estrelas como Hill, mas quando a corrida começou, como o céu cinzento, todos os olhares se voltaram para um só homem, justamente o mais jovem na pista.
Senna alcançou a liderança logo na largada. Sem errar. O brasileiro seguiu firme até a vitória.
Watson foi um dos muitos pilotos que se impressionaram.
Para Ayrton, em primeiro lugar, ter sido convidado para a corrida era um sinal de aceitação do grupo. Era também um ritual de passagem para ele. Ayrton certamente foi para lá com uma missão a cumprir, diz o vice-campeão de 82. Algo que ficou claro na minha memória era o modo inacreditável como ele ia para cima das zebras. Minha geração de pilotos não atacava as zebras com tanta agressividade. Não era por menos que ele era tão rápido.
Watson, pelo menos já havia falado com o brasileiro. Mas, para muitos de seus colegas, Ayrton Senna foi uma revelação.
Foi a primeira vez que ouvi falar de Senna, diz Stirling Moss. Surpreendeu-me ver um total desconhecido vencer aquela prova. Acho que foi, até então, a corrida mais importante de que ele já havia participado, porque era algo de muito alto nível.
O mais impressionante foi a maneira como ele veio, afirma Surtees. Tinha um monte de gente que estava na pista se exibindo, passando pela grama, e havia Senna, dirigindo corretamente, mantendo-se na pista e ultrapassando um por um. Após aquele evento, disse para o velho (Enzo Ferrari): Se você quer um piloto, ele é quem você deveria pegar.
Na pista, enquanto Senna ganhava vantagem, acontecia todo tipo de confusão.
Ayrton fez um trabalho muito profissional, diz Surtees. Mas ele foi ajudado pelo fato de que um ou dois pilotos fizeram manobras ridículas e atrapalharam todo o resto. James Hunt foi o rei de cortar caminho pela grama.
Acho que poucos carros puderam ser aproveitados depois daquilo.
Quinze anos depois da corrida, Prost, que foi ultrapassado por Elio de Angelis na primeira volta, pensa naquele final de semana e sorri. Acho que deveríamos fazer aquilo de novo. Os carros eram muito bons, mas não era essa a questão. O importante era que se tratava de uma competição.
Niki Lauda foi o segundo, seguido por Carlos Reutermann, Rosberg e Watson. Mas Senna deixou sua marca. E sabia disso.
[Eu estava nos Mil Quilômetros de Silverstone, conta Piedade. E, no dia seguinte, Senna apareceu para assistir e me agradeceu a chance de ter podido correr contra pilotos famosos. Ele ficou muito orgulhoso do fato de seu carro ter sido levado para o museu da Mercedes.[/size]
Três semanas depois, sob muita chuva, Senna foi o segundo colocado no GP de Mônaco.
Ele se aproximava do líder, Prost, quando a corrida foi prematuramente encerrada.
E foi naquele dia que o resto do mundo passou a conhecer o jovem brasileiro.
Apenas mais algumas informações a respeito da prova vencida por Senna com a 190E 2.3 16. Para mim, que era e ainda sou fã do Senna e também da 190E, achei muito interessante. VAle a leitura!
CONHEÇA UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DESTE CARRO QUE HOJE FICA EXPOSTO NO MUSEU DA MERCEDES BENZ
O DIA EM QUE NASCEU UM CAMPEÃO
A história pouco conhecida da reabertura de Nurburgring, quando um novato superou nove campeões mundiais de F-1.
Você já imaginou o que aconteceria se os melhores pilotos da F-1 atual se enfrentassem os gigantes do passado em carros idênticos?
Parece um sonho impossível, mas foi exatamente o que a Mercedes-Benz fez em Nurburgring num sábado, 12 de maio de 1984.
Naquele dia, seis pilotos em atividade desistiram de um final de semana de folga para correr contra uma turma que incluía alguns dos maiores nomes da história do automobilismo. A lista de inscritos incluía nada menos do que nove campeões mundiais, além de dois pilotos que atingiram a glória e que iriam dominar a F-1 pelos dez anos seguintes.
Esse evento inédito, até hoje não igualado, foi organizado para celebrar a inauguração do novo traçado de Nurburgring e o lançamento do Mercedes 190 2.3 16V.
O ponto alto do final de semana foi uma corrida de 15 voltas com os novos carros. E os pilotos foram os primeiros a experimentar o novo traçado, um ultra-moderno circuito de 4,5 km, construído para levar o automobilismo de ponta novamente para a região. O que não acontecia desde o antigo traçado passou a ser considerado perigoso demais.
A Mercedes estava determinada a formar melhor lista possível de pilotos inscritos. Entre os que estavam e atividade, a empresa atraiu Niki Lauda e Alan Prost, da Mclaren, Keke Rosberg e Jacques Laffite, da Williams, Elio de Angelis, da Lótus e um novo novato chamado Ayrton Senna, da pequena Toleman.
O jovem brasileiro, de 24 anos, era o único membro do sexteto que ainda não havia vencido um GP na F-1.
O responsável pela inscrição do desconhecido campeão da F-3 inglesa foi Domingos Piedade, atual chefe da equipe da AMG, então um dos maiores entusiastas da carreira de Senna.
Para ele, aquilo foi extremamente importante, recorda Piedade. Era a abertura de Nurburgring o que significava muito para o Ayrton. E era a primeira vez que ele tinha um carro igual aos dos figurões. Era importante para ele mostrar do que era capaz.
Lauda e Rosberg, já eram campeões mundiais (em 75 e 77 e em 82, respectivamente), mas representavam apenas a ponta do Iceberg. Juntaram-se a eles Jack Brabham (59,60 e 66), Phil Hill (61), John Surtees (64), Dennis Hulme (67), James Hunt (76). Jody Scheckter (79) e Alan Jones(80).
O pentacampeão Juan Manoel Fangio também apareceu para apoiar o evento, mas, sofrendo com problemas de saúde, preferiu não participar da corrida.
Os únicos campeões mundiais vivos que faltaram foram Mário Andretti e Emerson Fittipaldi, que estavam nos EUA, participando das 500 milhas de Indianápolis, e Jackie Stewart, que sempre manteve-se fiel a sua aposentadoria e , desde 1973, não corre nem de kart.
Além dos campeões, havia outras estrela da F-1. Dos ex-integrantes da equipe Mercedes-Benz Stirling Moss e Hans Hermann aos recém-aposentados Carlos Rautermann e John Watson.
O grid foi completado por três astros da categoria esporte-protótipo: Klaus Ludwig , Manfred Schurti e Udo Schetz.
Adorei aquele evento, diz Alain Prost. Foi fantástico encontrar todos aqueles pilotos. Nos divertimos muito, mas, mesmo com o reencontro de tanta gente, era inacreditável ver o espírito de competição que havia no ar. Todos, mesmo os mais velhos, levaram aquilo muito a sério.
O engenheiro da Mercedes responsável pelos carros lembra como alguns pilotos se interessaram em detalhes de acerto, Reutemann chegou a exigir um jogo de pneus novo em seu carro antes do treino classificatório.
Nem todos porem, levaram a corrida tão a sério.
Tratei aquilo da maneira como deveria ser tratado, como uma diversão, diz John Watson. E havia uma mistura de pilotos de gerações e idades diferentes. Velhos amigos, velhos adversários ou as duas coisas. Queria me sair bem, mas não precisava provar nada.
Mas, para Senna, o fim-de-semana era uma oportunidade para deixar marcas. Saindo da F-3, ele havia corrido apenas quatro GPs na F-1 pela Toleman antes de ir para Nurburgring.
Já havia obtido dois sextos lugares, mas seu nome ainda não era conhecido.
Nem pelos outros iniciantes que disputavam posições com ele, nem pelo homem que então liderava o mundial de F-1.
Foi a primeira vez que encontrei o Ayrton, afirma Prost. Como nossos vôos chegaram com uma diferença de 15 minutos, a Mercedes me perguntou se eu podia lhe dar uma carona. Passamos metade do dia juntos. Ele não conhecia absolutamente ninguém, o que era engraçado.
Phil Hill era um dos veteranos que não tinha a mínima idéia sobre quem era aquele brasileiro. Eu e minha mulher sentamos em uma pequena sala e tentamos puxar assunto com ele. Estávamos congelando de frio, e havia apenas um pequeno aquecedor elétrico. Ele só ficou parado, me olhando, e eu pensava: O que ele quer dizer? Então, eu desisti, pensando que ele era apenas mais um novato. Pouco tempo depois, ele já teria gravado o nome na F-1.
O grid de largada estava repleto de estrelas como Hill, mas quando a corrida começou, como o céu cinzento, todos os olhares se voltaram para um só homem, justamente o mais jovem na pista.
Senna alcançou a liderança logo na largada. Sem errar. O brasileiro seguiu firme até a vitória.
Watson foi um dos muitos pilotos que se impressionaram.
Para Ayrton, em primeiro lugar, ter sido convidado para a corrida era um sinal de aceitação do grupo. Era também um ritual de passagem para ele. Ayrton certamente foi para lá com uma missão a cumprir, diz o vice-campeão de 82. Algo que ficou claro na minha memória era o modo inacreditável como ele ia para cima das zebras. Minha geração de pilotos não atacava as zebras com tanta agressividade. Não era por menos que ele era tão rápido.
Watson, pelo menos já havia falado com o brasileiro. Mas, para muitos de seus colegas, Ayrton Senna foi uma revelação.
Foi a primeira vez que ouvi falar de Senna, diz Stirling Moss. Surpreendeu-me ver um total desconhecido vencer aquela prova. Acho que foi, até então, a corrida mais importante de que ele já havia participado, porque era algo de muito alto nível.
O mais impressionante foi a maneira como ele veio, afirma Surtees. Tinha um monte de gente que estava na pista se exibindo, passando pela grama, e havia Senna, dirigindo corretamente, mantendo-se na pista e ultrapassando um por um. Após aquele evento, disse para o velho (Enzo Ferrari): Se você quer um piloto, ele é quem você deveria pegar.
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Ayrton fez um trabalho muito profissional, diz Surtees. Mas ele foi ajudado pelo fato de que um ou dois pilotos fizeram manobras ridículas e atrapalharam todo o resto. James Hunt foi o rei de cortar caminho pela grama.
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Quinze anos depois da corrida, Prost, que foi ultrapassado por Elio de Angelis na primeira volta, pensa naquele final de semana e sorri. Acho que deveríamos fazer aquilo de novo. Os carros eram muito bons, mas não era essa a questão. O importante era que se tratava de uma competição.
Niki Lauda foi o segundo, seguido por Carlos Reutermann, Rosberg e Watson. Mas Senna deixou sua marca. E sabia disso.
[Eu estava nos Mil Quilômetros de Silverstone, conta Piedade. E, no dia seguinte, Senna apareceu para assistir e me agradeceu a chance de ter podido correr contra pilotos famosos. Ele ficou muito orgulhoso do fato de seu carro ter sido levado para o museu da Mercedes.[/size]
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Ele se aproximava do líder, Prost, quando a corrida foi prematuramente encerrada.
E foi naquele dia que o resto do mundo passou a conhecer o jovem brasileiro.
Última edição por João em Sáb 28 Mar 2009 - 21:27, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : FORMATAÇÃO)
Sidsports- Usuário Platina
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Sidsport,
Muito bom, apesar de que eu tive que copiar e colar numa página do Word para poder ler.
Alguém da administração/moderação poderia acertar o tamanho das letras.
Só faltou a fonte. É de arrepiar a narrativa
Muito bom, apesar de que eu tive que copiar e colar numa página do Word para poder ler.
Alguém da administração/moderação poderia acertar o tamanho das letras.
Só faltou a fonte. É de arrepiar a narrativa
LRValente- Usuário Platina
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Re: 2.3 16v, A Collector's Guide, 1994
Confrades,
Obrigado por acertarem o tamanho das letras, eu não consegui..rsrs
Valente, tbém me arrepiou, por isso resolvi dividir com os amigos.
Abraços,
Obrigado por acertarem o tamanho das letras, eu não consegui..rsrs
Valente, tbém me arrepiou, por isso resolvi dividir com os amigos.
Abraços,
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