E250 2015: mirando no público jovem!

por Convidado 9 Sex 6 Mar 2015 - 16:04

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Em geral, a primeira impressão é a que fica. E a sensação ao olhar para o Mercedes-Benz Classe E pela primeira vez é a de que ele é grande demais para o dia a dia. Isso até se confirma no trânsito e nas vagas cada vez menores encontradas nas grandes cidades. Mas o sedã compensa todos esses percalços com bom desempenho, muita tecnologia e um interior que parece abraçar os ocupantes.
Hoje, a família Classe E é composta por: E 250 Cabrio (R$ 282.900), E 250 Coupé (R$ 269.900) e E 250 Avantgarde (R$ 254.900), este último o modelo avaliado pelo iCarros. Há, ainda, as versões mais potentes E 400 Avantgarde (R$ 315.900) e E 400 Cabrio (R$ 333.900), que chegaram às lojas brasileiras no final do ano passado para substituir as configurações E 350.
Desempenho também é imponente
Com seus 4,87 m de comprimento, 2,07 m de largura e 1,47 m de altura, o E 250 anda muito bem graças ao motor 2.0 turbo de 211 cv de potência e 35 kgfm de torque disponível já a 1.200 rpm. Com o câmbio automático de sete velocidades – com trocas manuais nas borboletas atrás do volante – o sedã é ágil e ao mesmo tempo suave. Segundo a fabricante, ele acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 segundos.
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Chega a ser surpreendente a desenvoltura para um carro tão grande, que chega aos 100 km/h sem o motorista se dar conta. Trabalhando principalmente na faixa de 2.000 rpm, o silêncio a bordo também merece destaque. E o câmbio atua de modo suave, quase imperceptível. Um detalhe curioso: a alavanca da transmissão não fica no console, mas atrás do volante, com movimentos para cima e para baixo para mover entre as posições “D” (drive), “N” (neutro) e “R” (ré). Ao parar o carro, basta apertar o botão na extremidade da alavanca para acionar o “P” (parking).
Para se adequar a diferentes condições, o E 250 conta com dois modos de condução: Eco, quando a prioridade está no consumo, e Sport, para quem prefere uma tocada mais esportiva, retardando as trocas de marcha. Para alterar o modo, basta apertar um botão no console central.
Ao contrário de alguns concorrentes, como Audi A6 e BMW Série 5, que possuem suspensão mais firme, o Mercedes valoriza o conforto com um ajuste mais macio. Além disso, o sedã possui um sistema que regula automaticamente os amortecedores de acordo com as condições do piso. O resultado é um modelo muito agradável na cidade. Infelizmente, sua baixa altura em relação ao solo fez com que o assoalho raspasse em rampas mais íngremes. E a direção bastante direta dá mais precisão às manobras. O E 250 traz também um dispositivo que reduz o esforço necessário no volante, aumentando o conforto e a agilidade independente da velocidade do veículo.
Apesar de ser grande, o consumo do E 250 não se mostrou elevado. Durante a avaliação doiCarros, o computador de bordo registrou média de 6 km/l, lembrando que o modelo é movido apenas a gasolina. Não é um exemplo de economia, mas também não está nada mal considerando o porte do carro. Há infinitos exemplos de hatches que consomem mais do que isso. E para os condutores que querem economizar, há um gráfico no painel de instrumentos que permite acompanhar seu desempenho nesse aspecto.
Luxo não está em todos os detalhes
O sedã E 250 vem de série com teto solar elétrico, ar-condicionado digital com três zonas de temperatura (motorista, passageiro e para o banco traseiro), Start/Stop, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), faróis full LED, rodas de liga leve aro 17, volante e bancos dianteiros com regulagem elétrica, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, GPS e sistema que identifica vagas perpendiculares e longitudinais e estaciona o carro (basta pisar no freio e no acelerador que o carro realiza as manobras).

Outro destaque são os freios inteligentes: há uma função que ajuda a remover a água dos discos na chuva ou com pista molhada e outra que aproxima as pastilhas dos discos se o motorista remover o pé do pedal do acelerador repentinamente, reduzindo assim o tempo de resposta de frenagem.
Há ainda sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, com a distância dos objetos exibida por meio de barras em visores posicionados no topo do console na frente e no vidro traseiro – é preciso usar o retrovisor interno para vê-lo. Porém, em um carro tão grande, faz falta uma câmera de ré. Uma tela sensível ao toque também seria bem-vinda.
Além disso, o freio de estacionamento acionado por pedal é um item que a Mercedes insiste em manter em seus carros, o que no Classe E contraria sua ideia de agradar um público mais jovem – e moderno. Vale lembrar também que, no E 250, é preciso girar a chave para dar a partida. O acionamento do motor por botão é oferecido apenas nas configurações E 400.
Dentro da cabine, os ajustes elétricos no banco do motorista – inclusive para o encosto de cabeça - permitem encontrar uma ótima posição de dirigir. Até a coluna de direção, regulável em altura e profundidade, traz comandos elétricos. E para quem divide o volante com outros condutores, há três memórias programáveis.
O acabamento é muito bom e faz os ocupantes se sentirem em um ambiente refinado, com direito a alumínio no painel, porta-objeto sob o apoio de braço central e um relógio analógico entre as saídas de ar no painel. Mesmo quem viaja atrás vai confortável, com muito espaço para as pernas e para a cabeça graças ao entre-eixos de 2,87 m. Mas só duas pessoas vão bem atrás. Isso porque o túnel central alto incomoda o terceiro ocupante que estiver no meio. E o porta-malas de 540 litros garante espaço para a bagagem de todos.
Veredito de Anamaria Rinaldi – Não dá para negar que o Mercedes-Benz E 250 é um ótimo carro. Confortável, prazeroso de guiar e bastante espaçoso, ele perde pontos por não oferecer alguns itens considerados importantes e cada vez mais presentes em carros mais baratos, como a câmera de ré e a tela touchscreen. Mas com tanta tecnologia a bordo, isso não deve ser um problema para quem pensa em adquirir o sedã. Nem o tamanho.
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