Desde Fangio - Mercedes Benz na Formula 1

Ver uma vitória da Mercedes na Fórmula 1 depois de 57 anos — a última foi com Juan Manuel Fangio no GP da Itália de 1955 — foi uma das coisas mais legais do automobilismo nos últimos anos. Foi porque a Mercedes é uma marca apaixonada por automobilismo e envolvida no esporte praticamente desde sua criação, mas marcada por um trauma que a afastou do das corridas por um longo período.

Aconteceu na edição de 1955 das 24 Horas de Le Mans, a prova de longa duração mais tradicional do mundo. O Mercedes de Mike Hawthorn bateu na traseira do Austin-Healey de Lance Macklin e voou sobre a arquibancada, matando 78 pessoas e ferindo 94. A fábrica decidiu retirar-se das competições a motor. O trauma foi enorme. Anos depois, voltou. No final de 2009, comprou a Brawn e criou novamente seu time oficial de Fórmula 1. Dois anos mais tarde, volta ao topo do pódio, dando a primeira vitória da carreira a Nico Rosberg.

É claro que pelos lados da Mercedes o momento é de comemoração pura, mas, no fundo, todo mundo por lá sabe que a vitória teria sido muito mais suada se Jenson Button não tivesse tido problemas no terceiro pit stop.

Explica-se: desde o começo do ano, a Mercedes apresenta um problema crônico de desgaste de pneus na corrida. "Leoa" de treino, consegue boas posições no grid, mas destrói os sapatos durante a prova e não dá condições nem a Rosberg nem a Schumacher de manterem seus postos.

Com uma estratégia de duas paradas, Rosberg ficaria apenas tentando controlar a vantagem que Button descontaria no final para tentar chegar e ultrapassar. Com três paradas programadas, a McLaren viria voando para cima da Mercedes.

Mas os mecânicos de Jenson se enrolaram na parada. Foram cerca de seis segundos perdidos, mas esse não foi o maior problema. A mancada foi ter soltado Button no meio do grupo liderado por Kimi Raikkonen no terço final da prova. Todos com a faca nos dentes, foram os responsáveis pelas brigas mais encardidas deste ano.
De Button para trás, brigas durante toda a provaDe Button para trás, brigas durante toda a prova

Raikkonen foi um que optou por fazer apenas duas paradas. Resultado: ficou com os pneus tão desgastados no final que caiu da segunda para a 14ª posição. Já Webber, que fez três trocas —uma delas ainda na sétima volta —, voou para cima de Vettel e terminou em uma boa quarta posição. Realidade dura, é tudo o que a Red Bull poderia conseguir na China.

Vettel, aliás, tem uma teoria interessante para o bom desempenho da Mercedes: para ele, como na pista chinesa o que mais prejudica os carros com pneus desgastados são as saídas de frente, a Mercedes conseguiu controlar a situação, algo que não aconteceria com facilidade em outros circuitos, onde normalmente são os pneus traseiros que acabam primeiro.

Button também acredita que poderia ter vencido a Mercedes se não tivesse enfrentado problemas no pit stop. Já Martin Whitmarsh, chefe de equipe da McLaren, diz que não acreditava na vitória, já que os pneus de Rosberg não se degradaram como eles esperavam.

Teria a Mercedes de uma hora para outra achado a mágica para conservar os pneus com os dutos de ar mágicos de Ross Brawn? Acho que nem uma coisa nem outra. Melhoraram, sim, mas não se muda um projeto de uma hora para outra.

Rosberg teve grande vantagem por ter conseguido andar sempre com pista limpa, algo raro na F1 de hoje. No meio do bolo, precisando forçar para recuperar posições, talvez os pneus tivessem ido para o espaço como antes.

A McLaren ainda é a equipe a ser batida.

300 km/h

- Hamilton, com três terceiros lugares, lidera. Lewis ainda não conseguiu transformar a rapidez dos treinos em vitórias. Se não mudar isso logo, será engolido por Button, o vice-líder;

- Já Webber parece ter renascido. A ultrapassagem para cima de Vettel, da forma como foi, dá moral ao australiano. Nada como o medo de perder o emprego;

- Raikkonen foi um dos melhores pilotos da corrida. Se tivesse optado por três paradas, poderia ter brigado pelo pódio;

- Alonso, mais uma vez, foi um monstro. Massa, outra vez, terminou muito mal. Mas há ressalvas importantes. Felipe ficou a apenas cinco segundos do espanhol e a estratégia de duas paradas escolhida pela Ferrari mostrou-se trágica para todas as equipes — a exceção feita à Mercedes, claro.

fonte: Gerson Campos - Pit e Paddock - Yahoo Brasil

A Mercedes mostrou resultado na corrida da China, se conseguir se manter na liderança, com certeza a matriz vai rever a posição de se retirar da categoria.

Tomara que voce esteja certo Reuthmann.

O bom da questao da MB vencer na F1 é como dizem os americanos:

"Win on Sunday, Sell on Monday" - Vence no Domingo, vende na segunda.

As vitorias do Fangio na F1 na decada de 50 alavancaram a cultura MB na Argentina de forma muito profunda que se faz presente até hoje.

Tomara que vingue por aqui também , apesar do Rosberg não ser Brasileiro.

O retorno das Silver Arrows, depois da afirmação, vem a inspiração e com isso as vitórias.