S Class historia de 40 anos de Sucesso! (parteI)

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Mensagem por António Júlio Qui 12 Ago 2010 - 23:13



O topo da classe!!!

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Com cinco gerações em 40 anos, a Classe S reuniu o máximo
que a Mercedes-Benz poderia oferecer em carros de luxo

A imagem da Mercedes-Benz já esteve ligada a carros esporte de
desempenho fabuloso, como o mítico 300 SL "Gull Wing" de 1954 ou a
série S/SS/SSK da década de 1930. Já representou uma opção de
qualidade e robustez em automóveis médios, como a linha Ponton dos
anos 1950. Mas não resta dúvida de que são os grandes modelos de
luxo os maiores símbolos da aura de requinte, tecnologia e imponência
que cerca a estrela de três pontas — como a Classe S.

Como essa denominação só seria adotada pela marca na década de
1970, não existe uma definição clara de quando a linhagem se
iniciou. Mas a maioria dos especialistas considera que foi em 1959,
com a estréia da linha identificada como W111/W112 e mais conhecida
como Fintail. Como essa geração já foi enfocada pelo BCWS (leia
história), começaremos aqui pela série seguinte, a W108/W109,
apresentada no Salão de Frankfurt em agosto de 1965.

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A geração W108/W109: estilo sóbrio e qualidades mecânicas e de
conforto para justificar o prestígio de que a Mercedes já desfrutava
na década de 1960
Sem concessões A década de 1960 marcou uma época de ascensão do
prestígio da Mercedes. O carisma da marca e o status de rodar em seus
automóveis poderiam ser sintetizados pelo que disse Bill Boddy, editor
da revista inglesa Motor Sport, em maio de 1967: "Todos deveriam
dirigir um Mercedes no mínimo uma vez por ano, para perceber o quão
medíocres em comparação são diversos outros carros".

Iniciada pelos modelos 250 S, SE, 300 S e SE, a nova série não mais
fazia concessões à preferência americana por certos exageros de
estilo, como nos "rabos de peixe" — ainda que discretos — do
Fintail. O desenho elaborado pelo francês Paul Bracq era sóbrio,
elegante e clássico, com muito equilíbrio de linhas. A frente
tradicional da marca, com a grade em evidência e faróis em linha
vertical cobertos por uma lente convexa, harmonizava-se com a traseira
baixa, de porta-malas plano e pequenas lanternas horizontais.

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No interior requintado, painel revestido em madeira e um imenso
volante com aro cromado para acionar a buzina
Um destaque era a grande área envidraçada, em que o pára-brisa
crescera 17%. Estava também 60 mm mais baixo e tinha amplos 2,75
metros de distância entre eixos. No interior, elementos Mercedes como
o enorme volante, com aro cromado para acionar a buzina, eram mantidos
ao lado de um painel elegante revestido em madeira, com instrumentos
circulares e um pequeno conta-giros.

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As versões 250 usavam um motor de seis cilindros em linha e 2,5
litros, derivado do 2,2 da série anterior, com maiores diâmetro e
curso e virabrequim de sete mancais para funcionamento mais suave.
Atingia potência de 130 cv, com dois carburadores (versão S), ou 150
cv com injeção mecânica de combustível (SE). Os 300 S e SE
mantinham o 3,0-litros desenvolvido para o "Gull Wing", também seis-em-
linha, com bloco e cabeçote de alumínio, injeção e 170 cv.

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No álbum de família, seis gerações da linha de topo da estrela:

300 "Adenauer" de 1951, Fintail de 1959 e os modelos Classe S lançados em 1972, 1979,
1991 e 1998

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No 300 SE a suspensão não mais adotava as molas pneumáticas da
geração Fintail, recurso que retornaria só no 300 SEL, de distância
entre eixos mais ampla (de 2,75 para 2,85 metros), em março de 1966.
Esse modelo alongado era identificado como W109. Mas toda a linha
trazia uma mola auxiliar hidropneumática no eixo traseiro, que
permitia compensar a aplicação de peso e retomar a altura de rodagem
original. Freios a disco nas quatro rodas e rodas de 14 pol eram
novidades.

Em novembro de 1967 a linha ganhava uma opção intermediária — o
280 S, SE e SEL — com uma versão de 2,8 litros do motor 2,5, de
produção menos custosa que o 3,0 de alumínio. Desenvolvia 140 cv com
carburador (S) e 160 cv com injeção (SE e SEL), este último também
aplicado ao 300 SEL. O ponto alto da série, contudo, era atingido dois
meses depois com o 300 SEL 6.3, dotado do mesmo V8 de 6,3 litros e 250
cv da limusine 600 e que atingia desempenho espantoso para a época

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A versão de topo 6.3, de 250 cv, era o supra-sumo do desempenho e da
sofisticação técnica, mas até o motor de 130 cv oferecia boas
sensações ao volante

À parte essa versão cara e exclusiva, surgia no Salão de Frankfurt
de 1969 outra opção de grande potência: o 300 SEL 3.5, indicação
do emprego de um V8 de 3,5 litros e 200 cv, com injeção eletrônica
Bosch. Com suspensão semelhante à do 6.3, atingia 200 km/h com todo o
conforto e muita estabilidade. O propulsor, mas não a suspensão, se
tornaria disponível para o 280 SE em março de 1971 — já vinha
equipando os 280 cupê e conversível havia algum tempo.

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Dois meses após este último, a Mercedes introduzia um V8 ainda maior,
de 4,5 litros e 225 cv, apenas no mercado americano, com vistas à
redução de potência que seria inevitável no ano seguinte com as
normas de emissões poluentes. As versões assim equipadas, porém,
continuavam a se chamar 280 SE, SEL e 300 SEL.

Naquele país os modelos recebiam faróis diferentes, com quatro unidades circulares de mesmo
tamanho em linha horizontal, sem a lente convexa, e luzes de direção
na cor âmbar junto à grade.

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Longo, baixo e de aparência nobre, o modelo W116 trocava os faróis em
linha vertical pelos retangulares horizontais, o que o distinguia
claramente

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O W116, mais imponente Em um ciclo de renovação até que rápido
pelos padrões da marca (o Classe E de 1984, por exemplo, duraria 11
anos), a série W108/W109 era substituída em setembro de 1972 pelo
primeiro Classe S assim chamado pela Mercedes: a geração W116. Cerca
de cinco centímetros mais longa e larga, mas 2,5 cm mais baixa e com
entreeixos de 2,86 metros nas versões convencionais, a carroceria era
bastante imponente.

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Faróis duplos com lentes retangulares horizontais eram sua principal
identificação frontal, enquanto as lanternas traseiras estavam
maiores e mais altas. Os pára-choques tinham lâminas duplas abaixo
dos conjuntos óticos. No mercado americano, de 1974 em diante, eles
usariam amortecedores hidráulicos para atender às normas de
segurança, tornando-se protuberantes e desproporcionais.

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As novas suspensões eram destacadas pela Mercedes, que dizia que a
dianteira era a mesma desenvolvida para o supercarro de conceito C-111
O interior estava mais moderno, com um volante de quatro raios
tipicamente alemão, painel com três instrumentos circulares, console
mais estreito e ar-condicionado integrado ao conjunto. A temperatura
podia ser selecionada de modo independente entre o lado esquerdo e o
direito, o banco do motorista trazia ajuste de altura e havia encostos
de cabeça à frente e atrás. Um teto solar de comando elétrico era
oferecido, parte de um pacote luxuoso e refinado para competir com o
Jaguar XJ, o BMW E3 (antecessor do Série 7) e, apesar da diferença de
preços, o Rolls-Royce Silver Shadow.

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Por baixo de um estilo ainda sóbrio, uma tecnologia aprimorada com
foco na segurança. A carroceria tinha uma célula de sobrevivência
(cabine reforçada) e áreas de deformação à frente e atrás e o
enorme de tanque de combustível, de 96 litros, estava protegido acima
do eixo posterior. Até as lanternas traseiras haviam sido desenhadas
para ser seguras: suas reentrâncias mantinham relativa visibilidade
mesmo ao rodar por estradas poeirentas ou molhadas.

Aos motores iniciais, de 2,8 e 3,5 litros, logo se juntariam os
potentes V8 de 4,5 e 6,9 litros, este o legítimo sucessor do 300 SEL
6.3 da geração anterior
A suspensão dianteira adotava o conceito de braços sobrepostos, com
efeito antimergulho (dificulta o afundamento em frenagens intensas),
que o carro-conceito C-111 havia apresentado três anos antes, enquanto
a traseira seguia o princípio de braços semi-arrastados — era o
aguardado fim para os arcaicos semi-eixos oscilantes, configuração
que já causara assustadoras "traseiradas" em Mercedes antigos. O
C-111, aliás, seria inspiração para boa parte da publicidade desse
Classe S: os anúncios diziam que seu trem dianteiro era o mesmo do
supercarro, capaz de atingir 335 km/h.

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As primeiras versões eram 280 S (com motor de seis cilindros, 2,8
litros, duplo comando de válvulas, carburador, 160 cv), 280 SE (mesmo
motor com injeção e 180 cv) e 350 SE (3,5 litros, injeção e 200
cv). A injeção era eletrônica e bem mais eficiente que a mecânica
da geração anterior. O câmbio automático tinha quatro marchas, algo
incomum àquele tempo.

A segurança era um ponto alto do W116, com sua estrutura programada
para absorver
impactos, tanque em local seguro e comportamento dinâmico muito
superior

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Em março de 1973 chegavam os 450 SE e SEL (este com entreeixos de 2,96
metros e maior espaço no banco traseiro), com o V8 de 4,5 litros a
injeção, 225 cv e torque máximo de 38 m.kgf. Seus pneus eram mais
largos, 205/70-14 em vez de 185/80-14. Versões ainda mais longas,
verdadeiras limusines, seriam feitas entre esse ano e o seguinte com
base nos modelos 280 e 350.

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Um novo modelo de desempenho excepcional estreava em setembro de 1975:
o 450 SEL 6.9, com motor de 6,9 litros e 286 cv (leia história). Na
mesma época a injeção eletrônica das demais versões dava lugar a
um sistema mecânico, mais simples e confiável naquela época,
reduzindo um pouco a potência. Três anos depois, o Classe S era o
primeiro automóvel do mundo com bolsa inflável para o motorista.

O 300 SD, destinado apenas aos EUA, foi o primeiro Classe S a diesel:
apenas um recurso para atender aos limites de consumo do CAFE
Em maio de 1978, já em fim de carreira, aparecia a versão diesel 300
SD, com um cinco-cilindros de 3,0 litros, turbocompressor e 115 cv,
potência que surpreendia na época. Mas apenas os mercados da América
do Norte podiam tê-la: era um modo de atender aos novos limites de
consumo médio de combustível por fabricante estabelecidos pelo CAFE
(corporate average fuel economy) para aquele ano.

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No Salão de Frankfurt de setembro de 1979 a Mercedes-
Benz apresentava uma nova geração de Classe S...

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]...em breve a parte II
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Mensagem por Jorge A Sex 13 Ago 2010 - 10:56



Ôpa, vou esperar pela parte II.... bom trabalho.
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Mensagem por thalesap Sex 13 Ago 2010 - 12:14



Aguardando ancioso a parte II. Interessantíssimo! Aonde vocës arrumam esses "achados".
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Mensagem por Convidad Sex 13 Ago 2010 - 12:24



Antonio Julio,

PARABENZ pelo belíssimo post. As W109 foram carros fantasticos para a época. A superioridade deles em relação aos concorrentes era monstruosa, muito mais do que é hoje.
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Mensagem por Maluhy Sex 13 Ago 2010 - 13:13



Beleza de matéria!!!!! [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]
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Mensagem por PAULO BRITO Sex 13 Ago 2010 - 13:22



Parabens pela matéria, aguardamos a parte II, que deve iniciar com a maravilhosa familia W126, uma das mais representativas da "cara" Mercedes Benz
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Mensagem por marcelo300e Sex 13 Ago 2010 - 13:38



Antonio,

Muito bom mesmo!
Esperando ansiosamente a parte II.

Att
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Mensagem por Luis Martins Sex 13 Ago 2010 - 15:44



Perfeita !!!!!
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Mensagem por Convidad 1 Sex 13 Ago 2010 - 16:33



De fato, a partir das W108/109 houve um salto de qualidade nos grandes sedans MB.

A Classe S passou a ser referência no segmento.

Abraço!
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Mensagem por Sidão Sex 13 Ago 2010 - 23:00



muito bom mesmo !
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