Monteverdi
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Monteverdi
A Suíça hoje é conhecida pela forte exigência ambiental, rigorosas normas de emissões e leis de trânsito que podem colocar o infrator na cadeia. Não exatamente o lugar mais lógico para se criar um dos esportivos mais raros e refinados dos anos 70.
Peter Monteverdi, um suíço de ascendência italiana, criara em 1967 o modelo 375, seu primeiro carro na fábrica que levava seu nome, e posteriormente diversas variações do modelo, com conversíveis, Grand Turismos e o sedã de luxo, todos equipados com motores americanos de elevado deslocamento volumétrico. Mas o grande lançamento ainda estaria por vir, em menos de três anos após a inauguração da fábrica. No Salão do Automóvel de Genebra de 1970, Monteverdi mostrou ao mundo sua obra prima, o HAI 450 SS.
Peter era uma pessoa curiosa, pois além de engenheiro, era artista e um bom negociante. Criou um chassi tubular para acomodar um motor central na posição longitudinal, diferente da posição adotada no Miura dois anos antes. Em 1969, Peter foi aos Estados Unidos para uma reunião com a engenharia da Chrysler, empresa que lhe fornecia os motores para o modelo 375. Enquanto a engenharia apresentava o 440 pol³ Magnum "F Series", Peter estava mesmo de olho no motor da bancada ao lado, o HEMI de 426 pol³ que empurrava os Dodges e Plymouths para vitórias nas corridas da NASCAR.
Com as medidas do 426 em mãos, voltou para a Suíça e projetou o chassi tubular do novo carro, já pensando na transmissão ZF de cinco marchas que usaria. Por conta da carcaça da transmissão, Peter criou uma ponte De Dion sobre a transmissão com interligação por um sistema Watts e braços de controle laterais. Os freios traseiros eram montados na saída do diferencial, o famosos sistema in-board utilizado nos carros de corrida. A dianteira era composta de braços sobrepostos. Peter também sempre projetou seus carros para ter a melhor distribuição de peso possível, sempre perto dos 50/50, e a disposição do motor reduz o momento polar de inércia, que faz o carro ser mais rápido em transiente e mudanças de direção.
Com o chassi pronto, a carroceria de aço foi feita na Fissore, com elementos de design que remetem novamente ao Miura. Baixo perfil da carroceria, frente em cunha, motor potente e chassi bem estruturado permitiam ao novo carro atingir 280 km/h de velocidade máxima, respeitável até para os padrões de hoje.
Faltava um nome para sua criação, logo Peter o nomeou de HAI 450 SS. HAI significa tubarão em alemão, em alusão à carroceria, e 450 remete aos 450 hp que o V-8 da Chrysler produzia, ou pelo menos divulgavam, pois com os dois carburadores quádruplos, é provável que fosse mais forte. O primeiro protótipo foi pintado de roxo metálico (Purple Smoke como era chamado), e era claramente um carro de performance. O próprio Monteverdi afirmava que o carro não era fácil de ser dirigido esportivamente e era esse mesmo o intuito, ser rápido e bruto, uma experiência única de relação homem-máquina. Quem quisesse um carro mais tranquilo, optasse por um modelo da série 375. Mas isso não significava que o HAI era um carro espartano com péssimo acabamento, muito pelo contrário, era altamente refinado, com ar condicionado, vidros elétricos, vidro traseiro aquecido, bancos revestidos com couro Connolly e espaço revestido no bagageiro.
No ano seguinte, mais um carro foi produzido com o nome HAI 450 GTS, com o entre-eixos um pouco aumentado (de 2.548 mm para 2.610 mm), motor Chrysler 440, melhor posição de dirigir, além de detalhes de carroceria como a maçaneta da porta mais alta para facilitar a abertura. Apenas estes dois carros foram fabricados, seu preço elevado era proibitivo. Posteriormente, mais duas reproduções foram feitas.
Peter Monteverdi não era mais um maluco fabricantes de carros com sonhos utópicos. Ele mesmo afirmava "eu sempre quis construir carros", mas tinha a consciência de que "se eu não construísse carros, provavelmente seria infinitamente mais rico e mais saudável, mas com certeza não seria mais feliz".
Obs: Fonte= autoentusiastas
Peter Monteverdi, um suíço de ascendência italiana, criara em 1967 o modelo 375, seu primeiro carro na fábrica que levava seu nome, e posteriormente diversas variações do modelo, com conversíveis, Grand Turismos e o sedã de luxo, todos equipados com motores americanos de elevado deslocamento volumétrico. Mas o grande lançamento ainda estaria por vir, em menos de três anos após a inauguração da fábrica. No Salão do Automóvel de Genebra de 1970, Monteverdi mostrou ao mundo sua obra prima, o HAI 450 SS.
Peter era uma pessoa curiosa, pois além de engenheiro, era artista e um bom negociante. Criou um chassi tubular para acomodar um motor central na posição longitudinal, diferente da posição adotada no Miura dois anos antes. Em 1969, Peter foi aos Estados Unidos para uma reunião com a engenharia da Chrysler, empresa que lhe fornecia os motores para o modelo 375. Enquanto a engenharia apresentava o 440 pol³ Magnum "F Series", Peter estava mesmo de olho no motor da bancada ao lado, o HEMI de 426 pol³ que empurrava os Dodges e Plymouths para vitórias nas corridas da NASCAR.
Com as medidas do 426 em mãos, voltou para a Suíça e projetou o chassi tubular do novo carro, já pensando na transmissão ZF de cinco marchas que usaria. Por conta da carcaça da transmissão, Peter criou uma ponte De Dion sobre a transmissão com interligação por um sistema Watts e braços de controle laterais. Os freios traseiros eram montados na saída do diferencial, o famosos sistema in-board utilizado nos carros de corrida. A dianteira era composta de braços sobrepostos. Peter também sempre projetou seus carros para ter a melhor distribuição de peso possível, sempre perto dos 50/50, e a disposição do motor reduz o momento polar de inércia, que faz o carro ser mais rápido em transiente e mudanças de direção.
Com o chassi pronto, a carroceria de aço foi feita na Fissore, com elementos de design que remetem novamente ao Miura. Baixo perfil da carroceria, frente em cunha, motor potente e chassi bem estruturado permitiam ao novo carro atingir 280 km/h de velocidade máxima, respeitável até para os padrões de hoje.
Faltava um nome para sua criação, logo Peter o nomeou de HAI 450 SS. HAI significa tubarão em alemão, em alusão à carroceria, e 450 remete aos 450 hp que o V-8 da Chrysler produzia, ou pelo menos divulgavam, pois com os dois carburadores quádruplos, é provável que fosse mais forte. O primeiro protótipo foi pintado de roxo metálico (Purple Smoke como era chamado), e era claramente um carro de performance. O próprio Monteverdi afirmava que o carro não era fácil de ser dirigido esportivamente e era esse mesmo o intuito, ser rápido e bruto, uma experiência única de relação homem-máquina. Quem quisesse um carro mais tranquilo, optasse por um modelo da série 375. Mas isso não significava que o HAI era um carro espartano com péssimo acabamento, muito pelo contrário, era altamente refinado, com ar condicionado, vidros elétricos, vidro traseiro aquecido, bancos revestidos com couro Connolly e espaço revestido no bagageiro.
No ano seguinte, mais um carro foi produzido com o nome HAI 450 GTS, com o entre-eixos um pouco aumentado (de 2.548 mm para 2.610 mm), motor Chrysler 440, melhor posição de dirigir, além de detalhes de carroceria como a maçaneta da porta mais alta para facilitar a abertura. Apenas estes dois carros foram fabricados, seu preço elevado era proibitivo. Posteriormente, mais duas reproduções foram feitas.
Peter Monteverdi não era mais um maluco fabricantes de carros com sonhos utópicos. Ele mesmo afirmava "eu sempre quis construir carros", mas tinha a consciência de que "se eu não construísse carros, provavelmente seria infinitamente mais rico e mais saudável, mas com certeza não seria mais feliz".
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Maluhy- Consultor Técnico
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Re: Monteverdi
Monteverdi 375L, Iso Griffo e Jensen Interceptor são alguns dos meus GTs favoritos dos anos 60/70.
Aliás, faltou uma foto do 375L vou procurar e depois posto aqui.
O Hai é maravilhoso reza a lenda que só existe 1 no mundo em mãos de um particular.
Aliás, faltou uma foto do 375L vou procurar e depois posto aqui.
O Hai é maravilhoso reza a lenda que só existe 1 no mundo em mãos de um particular.
DSFerreira- Usuário Ouro
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Re: Monteverdi
Monteverdi me lembra as partidas de Super Trunfo jogada no recreio durente meu ginasio hehehehe.
Lembro que eram boas cartas , tanto o HAI quanto o Palm Beach , motores de grande cilindrada .
Lembro que eram boas cartas , tanto o HAI quanto o Palm Beach , motores de grande cilindrada .
Fabio- Usuário Platina
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Re: Monteverdi
Maluhy
Tenho mais uma para voce. Este eh chic no ultimo. Panther Westwinds. Soh quero ver vc me dizer o motor destes panther com o que se pareciam
Vamos ver se o Glutao Inner Circle conhece algum dentre seus amigos mineiros.
Tenho mais uma para voce. Este eh chic no ultimo. Panther Westwinds. Soh quero ver vc me dizer o motor destes panther com o que se pareciam
Vamos ver se o Glutao Inner Circle conhece algum dentre seus amigos mineiros.
Guest- Convidado
Re: Monteverdi
Por fora são realmente bonitos, mas por dentro... esse console quadrado parece que guarda um daqueles ar condicionado de parede de 1980...
Convidad 4- Usuário Platina
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Re: Monteverdi
Acho que o Monteverdi guarda alguma semelhança com o Brasinca Uirapuru , brasileiro do início da década de 60. Vejam as fotos
Borg- Desativado (Recadastramento - registro desatualizado)
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Re: Monteverdi
Nunca vi por aqui...
O Uirapuru é daqui de BH, o vermelho da foto, do presidente do Vetaran daqui.
O Uirapuru é daqui de BH, o vermelho da foto, do presidente do Vetaran daqui.
Glutão- Desligado
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Re: Monteverdi
Qual voce nunca viu o Jensen? O cunhado do Starfan tinha um, esteve a venda na Private
Convidad 4- Usuário Platina
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Re: Monteverdi
Eu lembro de ter visto esse carro anunciado no site da Private há muito tempo.
Como já disse, é um dos modelos que me faz babar. Esse é um série 2, correto? Alguém tem idéia de quanto um desses vale aqui no Brasil?
Quanto a questão da semelhança entre o 375 e Interceptor (nem vou entrar na velha briga sobre Interceptor x Uirapuru), pode ser além do fato de serem veículos contemporâneos da mesma categoria (apesar do Monteverdi ser mais exclusivo e caro), creditado ao fato de que as empresas tinham relações comerciais antes de Peter Monteverdi decidir produzir seus próprios carros.
Ele era o revendedor suíço da Jensen, e se não me engano, os carros foram desenhados pelo mesmo estúdio (esse detalhe preciso confirmar).
Como já disse, é um dos modelos que me faz babar. Esse é um série 2, correto? Alguém tem idéia de quanto um desses vale aqui no Brasil?
Quanto a questão da semelhança entre o 375 e Interceptor (nem vou entrar na velha briga sobre Interceptor x Uirapuru), pode ser além do fato de serem veículos contemporâneos da mesma categoria (apesar do Monteverdi ser mais exclusivo e caro), creditado ao fato de que as empresas tinham relações comerciais antes de Peter Monteverdi decidir produzir seus próprios carros.
Ele era o revendedor suíço da Jensen, e se não me engano, os carros foram desenhados pelo mesmo estúdio (esse detalhe preciso confirmar).
DSFerreira- Usuário Ouro
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