Sls no Vrum...
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Sls no Vrum...
Vejam o vídeo:
http://noticias.vrum.com.br/veiculos/template_interna_noticias,id_noticias=36468&id_sessoes=86/template_interna_noticias.shtml
Veja a matéria:
Mercedes SLS AMG - Asa para voar
Boris Feldman - Estado de Minas
Se a Mercedes McLaren SLR foi reedição infeliz da Asa de Gaivota, a fábrica acertou nesse projeto desenvolvido pela AMG. Está entre os melhores super esportivos do mundo
De Oaxaca México - Repetir um ícone é tarefa ingrata. Ainda mais quando se trata da Asa de Gaivota, um modelo que não entrou apenas para a história da Mercedes-Benz, mas do próprio automóvel.
A primeira tentativa não foi das mais felizes: a Mercedes McLaren SLR, produzida de 2003 até 2009, foi um super-esportivo com muito desempenho mas que deixou a desejar em muitos itens. Grandalhão, desajeitado, com pouca visibilidade e muito caro, custava cerca de 400 mil euros na Europa, desembarcando no Brasil por cerca de R$ 2 milhões. A nova custa 180 mil euros lá, U$ 360 mil (cerca de R$ 670 mil) aqui.
E a Mercedes tem tudo para voar alto com sua nova "asa": batizada de SLS AMG, é uma releitura que faz jus ao modelo original, tanto na estética como na mecânica.
Reeditar a 300 SL (nome oficial da Asa de Gaivota) não foi um trabalho penoso em termos de estilo, pois as linhas do modelo original, além de exótica e surpreendentes para um projeto de quase 60 anos, são modernas e apreciadas até hoje. A SLS AMG tem linhas super atualizadas, mas é quase uma cópia da "asa". O longo capô, a grade com a estrela central, a traseira curtinha, a carroceria arredondada e, obviamente, as portas se abrindo para cima.
A mecânica foi puro capricho, em todos os aspectos. Para reduzir peso e ganhar resistência, o alumínio foi usado em profusão. Aliás, a 300 SL também tinha sua carroceria em alumínio.
O motorzão V8 é fornecido pela AMG (departamento de produção de "feras" da Mercedes) e desenvolve 571cv. A caixa de marchas é do tipo DSG, com sete marchas e fica atrás, acoplada ao diferencial (limitado), para melhor distribuição de peso. A colocação do motor atrás do eixo dianteiro teve a mesma finalidade e o resultado foi excelente: 53% na frente e 47% atrás. A suspensão é sofisticada, com triângulos duplos na dianteira e traseira.
Voando baixo Ao contrário da SLR McLaren, a SLS AMG é extremamente prazerosa. As duas têm desempenho semelhante em termos de arrancada (menos de quatro segundos para chegar a 100km/h) e velocidade máxima (acima de 300 km/h). Mas a SLS é muito mais agradável, seja numa estradinha de asfalto razoável e sinuosa (como a Panamericana), seja numa boa rodovia de duas pistas. E até no trânsito urbano (o mexicano não é muito mais fluido do que o nosso...), pois é mais curta e tem melhor visibilidade que a SLR.
É espantosa a agilidade do carro e sua reação quando se pisa fundo no acelerador. Nas curvas, sejam de alta ou de baixa velocidade, o motorista tem o carro "na mão". Os sistemas eletrônicos de estabilidade e suspensão dão conta do recado até quando a opção é por retirá-los parcial ou totalmente: o carro transmite a sensação de esportivo e dá uma escorregada nas curvas. Mas quando a situação complica ou se pisa no freio, o computador percebe e retoma o controle da fera.
Entre os comandos no console, o da caixa de marchas permite várias opções, desde o completamente automático até o manual (com as aletas sob o volante) ou o misto, esticando mais ou menos as marchas. E a suspensão é também reprogramada conforme a opção do freguês.
O ronco do V8 é uma delícia e não deixa margem a dúvidas de que você está a bordo de um "avião". Tem até aerofólio traseiro que se levanta em função da velocidade ou ao comando do motorista.
Ruim para baixinho
Entrar e sair da SLS não exige o mesmo contorcionismo que a 300 SL original, pois as portas da versão moderna vão até quase o assoalho. Mas um ponto negativo é a dificuldade para se alcançar o puxador quando a porta está lá no alto: se eu que tenho 1,85m tive dificuldade, imagine a torcida dos baixinhos para que, um dia, elas sejam elétricas....
O porta-malas é pequeno (apenas 176 litros), como se espera de um super-esportivo. E, dentro do carro, não cabe nem uma maletinha.
Motorista e passageiro vão com extremo conforto. A ergonomia é excelente. Além dos ajustes (elétricos) tradicionais dos bancos, ambos permitem regulagem adicional de apoios laterais e dos rins.
A caixa de marchas do tipo dupla embreagem é tão agradável e eficiente quanto uma automática tradicional. Mas, em alguns raros momentos, quando se pisa fundo no acelerador, ela fica "pensando" qual marcha engatar. E o motorista pensando que o motor desligou...
No frigir dos ovos, a SLS AMG é um esportivo brilhante, a melhor Mercedes-Benz que já dirigi. E olha que eu já acelerei quase todas...
Segunda parte da matéria:
Mercedes SLS AMG - Por que no México?
Boris Feldman - Estado de Minas
A primeira Mercedes 300 SL foi desenvolvida em 1951 só para as competições, tendo vencido no ano seguinte a prova Panamericana. Foi produzida em série de 1954 a 1957
De Oaxaca – México Tem uma estrada que vai da Argentina até os EUA chamada Panamericana. Quando todo o trecho mexicano foi asfaltado, o governo do país decidiu organizar uma corrida em seus mais de 3 mil quilômetros, para incentivar o turismo e os investimentos. Ela se chamou "Carrera Panamericana", foi disputada de 1950 a 1954 e ganhou repercussão internacional, atraindo carros de marcas famosas como Mercedes, Jaguar e Porsche, entre outras.
A primeira 300 SL, depois conhecida como "Asa de Gaivota", foi desenvolvida pela Mercedes em 1951 só para as competições e foi vitoriosa na edição de 1952 da "Panamericana". A repercussão foi tamanha que a fábrica decidiu produzir o carro em série e foi comercializado entre 1954 e 1957, quando a substituíram pela versão conversível até 1964.
Agora, para apresentar sua sucessora, a Mercedes convidou mais de 100 jornalistas de vários países para conhecer o carro num trecho da mesma estrada, os 420 quilômetros de Oaxaca (pronuncia-se Oarraca) até Puebla.
Aliás, assim como no projeto da 300 SL, a SLS também ganha, no próximo ano, uma versão conversível. Além de uma asa "ecológica", com motores elétricos...
E já está pronta a versão para correr na categoria GT3.
Ficha técnica
SLS AMG
Motor - De oito cilindros em V, quatro válvulas por cilindro, 6.208cm³, 571cv de potência a 6.800rpm e torque de 58,2kgfm a 4.750rpm
Transmissão - AMG Speedshift, dupla embreagem de sete marchas
Rodas - Dianteiras 9,5x19 e traseiras, 11x20
Pneus - 265/35 R19 e 295/30 r20
Dimensões (metros) - Comprimento, 4,64; largura, 1,93; altura, 1,26 e entre-eixos, 2,68
Tanque - 85 litros
Peso - 1.620kg
Desempenho - Velocidade máxima, 317km/h (limitada eletronicamente) e aceleração até 100km/h em 3,8 segundos
300SL
Motor - De seis cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, 3.103cm³, 180cv de potência e torque de 28,2kgfm
Transmissão - Manual de quatro marchas
Rodas - Aro 15
Pneus - 215/70 R15
Dimensões (metros) - Comprimento, 4,22; largura, 1,78; altura, 1,26 e entre-eixos, 2,40
Tanque - 100 litros
Peso - 1.131kg
Desempenho - Velocidade máxima, 240km/h e aceleração até 100km/h em 8,5 segundos
http://noticias.vrum.com.br/veiculos/template_interna_noticias,id_noticias=36468&id_sessoes=86/template_interna_noticias.shtml
Veja a matéria:
Mercedes SLS AMG - Asa para voar
Boris Feldman - Estado de Minas
Se a Mercedes McLaren SLR foi reedição infeliz da Asa de Gaivota, a fábrica acertou nesse projeto desenvolvido pela AMG. Está entre os melhores super esportivos do mundo
Fotos Mercedes-Benz/Divulgação |
De Oaxaca México - Repetir um ícone é tarefa ingrata. Ainda mais quando se trata da Asa de Gaivota, um modelo que não entrou apenas para a história da Mercedes-Benz, mas do próprio automóvel.
A primeira tentativa não foi das mais felizes: a Mercedes McLaren SLR, produzida de 2003 até 2009, foi um super-esportivo com muito desempenho mas que deixou a desejar em muitos itens. Grandalhão, desajeitado, com pouca visibilidade e muito caro, custava cerca de 400 mil euros na Europa, desembarcando no Brasil por cerca de R$ 2 milhões. A nova custa 180 mil euros lá, U$ 360 mil (cerca de R$ 670 mil) aqui.
E a Mercedes tem tudo para voar alto com sua nova "asa": batizada de SLS AMG, é uma releitura que faz jus ao modelo original, tanto na estética como na mecânica.
Reeditar a 300 SL (nome oficial da Asa de Gaivota) não foi um trabalho penoso em termos de estilo, pois as linhas do modelo original, além de exótica e surpreendentes para um projeto de quase 60 anos, são modernas e apreciadas até hoje. A SLS AMG tem linhas super atualizadas, mas é quase uma cópia da "asa". O longo capô, a grade com a estrela central, a traseira curtinha, a carroceria arredondada e, obviamente, as portas se abrindo para cima.
A mecânica foi puro capricho, em todos os aspectos. Para reduzir peso e ganhar resistência, o alumínio foi usado em profusão. Aliás, a 300 SL também tinha sua carroceria em alumínio.
O motorzão V8 é fornecido pela AMG (departamento de produção de "feras" da Mercedes) e desenvolve 571cv. A caixa de marchas é do tipo DSG, com sete marchas e fica atrás, acoplada ao diferencial (limitado), para melhor distribuição de peso. A colocação do motor atrás do eixo dianteiro teve a mesma finalidade e o resultado foi excelente: 53% na frente e 47% atrás. A suspensão é sofisticada, com triângulos duplos na dianteira e traseira.
Voando baixo Ao contrário da SLR McLaren, a SLS AMG é extremamente prazerosa. As duas têm desempenho semelhante em termos de arrancada (menos de quatro segundos para chegar a 100km/h) e velocidade máxima (acima de 300 km/h). Mas a SLS é muito mais agradável, seja numa estradinha de asfalto razoável e sinuosa (como a Panamericana), seja numa boa rodovia de duas pistas. E até no trânsito urbano (o mexicano não é muito mais fluido do que o nosso...), pois é mais curta e tem melhor visibilidade que a SLR.
É espantosa a agilidade do carro e sua reação quando se pisa fundo no acelerador. Nas curvas, sejam de alta ou de baixa velocidade, o motorista tem o carro "na mão". Os sistemas eletrônicos de estabilidade e suspensão dão conta do recado até quando a opção é por retirá-los parcial ou totalmente: o carro transmite a sensação de esportivo e dá uma escorregada nas curvas. Mas quando a situação complica ou se pisa no freio, o computador percebe e retoma o controle da fera.
Entre os comandos no console, o da caixa de marchas permite várias opções, desde o completamente automático até o manual (com as aletas sob o volante) ou o misto, esticando mais ou menos as marchas. E a suspensão é também reprogramada conforme a opção do freguês.
O ronco do V8 é uma delícia e não deixa margem a dúvidas de que você está a bordo de um "avião". Tem até aerofólio traseiro que se levanta em função da velocidade ou ao comando do motorista.
Ruim para baixinho
Entrar e sair da SLS não exige o mesmo contorcionismo que a 300 SL original, pois as portas da versão moderna vão até quase o assoalho. Mas um ponto negativo é a dificuldade para se alcançar o puxador quando a porta está lá no alto: se eu que tenho 1,85m tive dificuldade, imagine a torcida dos baixinhos para que, um dia, elas sejam elétricas....
Afinal, um defeito: as portas não são elétricas e dificultam a vida das pessoas mais baixas |
O porta-malas é pequeno (apenas 176 litros), como se espera de um super-esportivo. E, dentro do carro, não cabe nem uma maletinha.
Motorista e passageiro vão com extremo conforto. A ergonomia é excelente. Além dos ajustes (elétricos) tradicionais dos bancos, ambos permitem regulagem adicional de apoios laterais e dos rins.
A caixa de marchas do tipo dupla embreagem é tão agradável e eficiente quanto uma automática tradicional. Mas, em alguns raros momentos, quando se pisa fundo no acelerador, ela fica "pensando" qual marcha engatar. E o motorista pensando que o motor desligou...
No frigir dos ovos, a SLS AMG é um esportivo brilhante, a melhor Mercedes-Benz que já dirigi. E olha que eu já acelerei quase todas...
Segunda parte da matéria:
Mercedes SLS AMG - Por que no México?
Boris Feldman - Estado de Minas
A primeira Mercedes 300 SL foi desenvolvida em 1951 só para as competições, tendo vencido no ano seguinte a prova Panamericana. Foi produzida em série de 1954 a 1957
Fotos Mercedes-Benz/Divulgação |
De Oaxaca – México Tem uma estrada que vai da Argentina até os EUA chamada Panamericana. Quando todo o trecho mexicano foi asfaltado, o governo do país decidiu organizar uma corrida em seus mais de 3 mil quilômetros, para incentivar o turismo e os investimentos. Ela se chamou "Carrera Panamericana", foi disputada de 1950 a 1954 e ganhou repercussão internacional, atraindo carros de marcas famosas como Mercedes, Jaguar e Porsche, entre outras.
A primeira 300 SL, depois conhecida como "Asa de Gaivota", foi desenvolvida pela Mercedes em 1951 só para as competições e foi vitoriosa na edição de 1952 da "Panamericana". A repercussão foi tamanha que a fábrica decidiu produzir o carro em série e foi comercializado entre 1954 e 1957, quando a substituíram pela versão conversível até 1964.
Agora, para apresentar sua sucessora, a Mercedes convidou mais de 100 jornalistas de vários países para conhecer o carro num trecho da mesma estrada, os 420 quilômetros de Oaxaca (pronuncia-se Oarraca) até Puebla.
A estrada Panamericana vai da Argentina aos Estados Unidos e quando foi toda asfaltada no Méxio organizaram a primeira prova |
Aliás, assim como no projeto da 300 SL, a SLS também ganha, no próximo ano, uma versão conversível. Além de uma asa "ecológica", com motores elétricos...
E já está pronta a versão para correr na categoria GT3.
Ficha técnica
SLS AMG
Motor - De oito cilindros em V, quatro válvulas por cilindro, 6.208cm³, 571cv de potência a 6.800rpm e torque de 58,2kgfm a 4.750rpm
Transmissão - AMG Speedshift, dupla embreagem de sete marchas
Rodas - Dianteiras 9,5x19 e traseiras, 11x20
Pneus - 265/35 R19 e 295/30 r20
Dimensões (metros) - Comprimento, 4,64; largura, 1,93; altura, 1,26 e entre-eixos, 2,68
Tanque - 85 litros
Peso - 1.620kg
Desempenho - Velocidade máxima, 317km/h (limitada eletronicamente) e aceleração até 100km/h em 3,8 segundos
300SL
Motor - De seis cilindros em linha, duas válvulas por cilindro, 3.103cm³, 180cv de potência e torque de 28,2kgfm
Transmissão - Manual de quatro marchas
Rodas - Aro 15
Pneus - 215/70 R15
Dimensões (metros) - Comprimento, 4,22; largura, 1,78; altura, 1,26 e entre-eixos, 2,40
Tanque - 100 litros
Peso - 1.131kg
Desempenho - Velocidade máxima, 240km/h e aceleração até 100km/h em 8,5 segundos
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