A Importação de Automóveis no Brasil
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A Importação de Automóveis no Brasil
Pessoal, tenho a assinatura de um site sobre importação e tal...e resolvi postar aqui um 'recente' artigo sobre importação de automóveis.
Espero que gostem.
abs.
A Importação de Automóveis no Brasil
· 22 de maio de 2013 19:00
Espero que gostem.
abs.
A Importação de Automóveis no Brasil
· 22 de maio de 2013 19:00
Por Carlos Araújo | @comexblog
A importação de automóveis no Brasil, em face de característica protecionista do governo às montadoras brasileiras, resulta em um processo caro e complexo, salvo no que diz respeito à importação por pessoa física, que, respeitados alguns critérios, pode ser vantajoso.
Os entendimentos da Receita Federal e do Superior Tribunal de Justiça são opostos. Desta forma, ainda que o Poder Judiciário tenha decidido em várias ações que a pessoa física não é contribuinte do IPI, portanto, não haveria de incidir tal tributo na importação de automóveisquando o importador for pessoa física, este não é o entendimento do Fisco, restando tão somente a via judicial para dirimir tal controvérsia.
No início de maio, o Supremo Tribunal Federal manifestou-se sobre a matéria e terá definir se incide Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na importação de automóvel, por qualquer pessoa e para uso próprio. A decisão a ser proferida pelo Supremo não tem data definida, mas terá como efeito a Repercussão Geral, que irá orientar os demais tribunais do país para julgamentos de ações semelhantes.
Importando Automóveis Novos
Na prática, caso uma pessoa física pretenda importar um veículo automóvel para uso próprio, ela deve antes de qualquer coisa escolher o modelo de preferência no país estrangeiro, buscando junto ao vendedor o número do chassi e do motor para que assim lhe seja possível a emissão da licença de importação. Portanto, o carro deve ter sido reservado para o importador interessado, vez que estes dados irão estar vinculados nas respectivas licenças e não poderão ser alterados. Esse produto requer licença de importação conjunta do SECEX, Decex e do IBAMA.
Mas antes de prosseguir com o registro da Licença de Importação, é necessário que se obtenha a LCVM (Licença para uso da Configuração de Veículo e Motor), também emitido pelo por esse último órgão. O número dessa autorização deverá constar na ficha de informações complementares da LI.
Com a LCVM emitida, o interessado deverá proceder com o registro da LI e solicitar formalmente que o SECEX e o DECEX façam a sua análise. Após deferido por esses dois órgãos, solicita-se a anuência para o terceiro, o IBAMA.
Tempo será um elemento difícil de ser mensurado nesse tipo de operação, e o importador deverá fazer essas solicitações com o máximo de prazo possível. Somente após a emissão das respectivas licenças é que se pode proceder com o embarque, bem como atentar-se aos demais procedimentos pertinentes a importação.
Isto feito, duas providências devem ser tomadas em paralelo: uma em relação ao CAT (Denatran) que necessita o prazo médio de 40 dias e é emitido em Brasília e a ação judicial buscando o reconhecimento da não incidência do IPI, em caráter Liminar, junto ao poder judiciário.
Para um importador individual – pessoa física, todos estes trâmites parecem um bicho de sete cabeças, dada a tamanha burocracia. Por esta razão, vale pensar em contratar um profissional da área acostumado com tais procedimentos, o que pode reduzir os eventuais retrabalhos e mesmo no que diz respeito ao tempo. A lista de documentos necessários é extensa e há uma limitação de quantidade de automóveis por ano, por pessoa física e/ou jurídica, sendo que ultrapassando esta será é preciso um processo ainda mais burocrático e demorado.
Com relação à ação judicial que busca a não incidência do IPI, que já foi bastante discutida no Superior de Justiça, com vasta jurisprudência a favor do importador para uso próprio, porém, há alguns advogados que entendem que a mesma tese se aplica a incidência dos demais tributos federais, tais como Pis e a Cofins. Mas estas ainda não se verificam consolidadas. Entretanto, ao pedir a posição do Juiz acerca do IPI, não obsta que se questione o PIS e a Cofins sob o mesmo argumento.
Há ainda que se considerar que alguns juízes, para concessão de medida em caráter liminar, exigem o valor da IPI depositado a título de garantia até que o mérito seja definitivamente julgado. Neste caso, o interessado deve depositar o valor dos tributos controversos em uma conta na Caixa Econômica Federal, cujo valor será corrigido pela SELIC. Desta forma, caso ação seja julgada procedente em favor da União, não haverá a obrigatoriedade de pagamento de multas e juros.
Com a liminar deferida em mãos e com a chegada do veículo, procede-se o desembaraço aduaneiro, tendo, no entanto, por conta da discussão acerca do IPI, a Declaração deImportação direcionada para o canal vermelho. O que significa que a carga e os documentos serão conferidos pelo auditor fiscal responsável pelo processo de importação.
Uma vez verificada a regularidade da importação, o chassis do carro no registro BIN será feito pela própria Receita Federal e o veículo estará apto para ser emplacado.
Importando Veículos Antigos (ou para colecionadores)
No que diz respeito a importação de carros antigos, deve-se salientar que, regra geral, o Brasil veda a importação de veículos usados, mas os carros antigos ficam excetuados desta regra.
Um veículo antigo no Brasil, segundo a regra vigente, é aquele que possui mais de trinta anos de fabricação e que deverá estar em boas condições no que diz respeito a originalidade e ao estado de conservação. A importação será possível para os colecionadores que façam parte de algum clube filiado à Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA).
Será exigido do importador, além de ser um colecionador filiado, a mesma documentação e procedimentos da importação de um bem novo: LI, LCVM, CAT, Imposto e todos os demais procedimentos.
Existe também a possibilidade de solicitar a exclusão do pagamento dos tributos, pelos mesmos motivos descritos acima. Porém, é preciso levar em consideração que um veículo antigo possui um valor de mercado na origem (FOB) muito menor do que um novo. E com acarga tributária incidindo sobre o valor do veículo, frete, seguro e despesas de terminal portuário – Ad Valorem- é necessário avaliar se a economia de impostos compensa o custo de uma ação judicial.
Resumindo a operação, a importação de automóveis no Brasil não uma tarefa das mais fáceis. E como vimos, só será vantajosa financeiramente nos casos em que o importador (pessoa física e usuário final) busque na justiça o reconhecimento quanto a não incidência do IPI.
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Mano,
Bom artigo !
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O sucesso não é medido pelo dinheiro que se tem, e sim, pelos "nãos" que se pode dizer.
Gastei metade do meu dinheiro com Carros, Mulheres e Bebida........a outra metade eu desperdicei.
TZero- Usuário Platina
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Pois é meu caro Tzero...achei muito bom também...bem esclarecedor pelo menos...
Forte abs. meu caro.
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Boa matéria caro Pedro. Elucida bem o fato de importar tanto veículos novos quanto usados e a dificuldade em ambos os casos.
Abraço.
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Marcelo Loureiro- Relações Públicas e Eventos
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Gostaria da ajuda dos colegas
Estou pesquisando em varias empresas p/ importação de veiculo antigo, mas a variação de preços que estão me passando é muito grande...esta variando de 80% do preço do veiculo em US$...a mais de 300% no mesmo veiculo, alguém tem experiência ou já importou algum carro?
Estou pesquisando em varias empresas p/ importação de veiculo antigo, mas a variação de preços que estão me passando é muito grande...esta variando de 80% do preço do veiculo em US$...a mais de 300% no mesmo veiculo, alguém tem experiência ou já importou algum carro?
Mauricio Ribeiro- Desativado (Recadastramento - registro desatualizado)
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
A informação que tenho mais atual é que você lança o preço de referencia que tem para o veículo e multiplica por três.
Abraço.
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Marcelo Loureiro- Relações Públicas e Eventos
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Mauricio Ribeiro,
O Confrade Hiro importou um Rolls Royce da Europa há poucos meses. Tem um Despachante de total confiança e que tem experiência no assunto.
Em breve ele aparece por aqui e posta algumas das suas experiências.
O Confrade Hiro importou um Rolls Royce da Europa há poucos meses. Tem um Despachante de total confiança e que tem experiência no assunto.
Em breve ele aparece por aqui e posta algumas das suas experiências.
Convidado 12- Usuário Platina
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Meu amigo Marcelo, x3 é só em BSB..... assim vc assusta a periferia do Brasil...kkkk.. e a revenda dos carros de embaixada, já alguma coisa por ai...
A.Carneiro- Usuário Platina
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Mauricio, minha experiencia esta relatada no topico abaixo:
https://www.portalmercedes.com/t21533-experiencia-importacao-de-carros-antigos?highlight=importacao
Tenho uma planilha para calcular o custo de importacao, se quiser, me mande seu email por MP que eu envio pra vc!
https://www.portalmercedes.com/t21533-experiencia-importacao-de-carros-antigos?highlight=importacao
Tenho uma planilha para calcular o custo de importacao, se quiser, me mande seu email por MP que eu envio pra vc!
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Compre um Lexus e seja feliz! Não sou mais ADM faz tempo, mas meu nick permanece azul.
Hiro- Administrador
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Boas meu caro Hiro,
Tenho essa planilha que é show de bola...
Valeu meu caro.
Forte abs.
Tenho essa planilha que é show de bola...
Valeu meu caro.
Forte abs.
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PedroAlexRJ - W202 - C36 - AMG - 1996 - ´BlackSeries´
Pedroalexrj- Moderador
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Hiro, muito obrigado pelas informações, estou mandando uma msg inbox, se vc puder me enviar sua planilha, e o contato do seu despachante ...me ajudaria muito...obrigado novamente
Mauricio Ribeiro- Desativado (Recadastramento - registro desatualizado)
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Maurício,
O João Despachante acabou se tornando um amigo pessoal da turma aqui, vai gostar dele.
Em tempo, fique ligado aqui nos eventos do Fórum e tente comparecer, além das lindas estrelas, o Hiro sempre leva o Rolls Royce dele e de quebra vamos querer conhecer a sua W140. Eu espero estar em São Paulo, pois S500 do ano 1997 como a sua, Fase III, são bem poucas, eu já tive uma e passei para um Confrade aqui do Portal.
O João Despachante acabou se tornando um amigo pessoal da turma aqui, vai gostar dele.
Em tempo, fique ligado aqui nos eventos do Fórum e tente comparecer, além das lindas estrelas, o Hiro sempre leva o Rolls Royce dele e de quebra vamos querer conhecer a sua W140. Eu espero estar em São Paulo, pois S500 do ano 1997 como a sua, Fase III, são bem poucas, eu já tive uma e passei para um Confrade aqui do Portal.
Convidado 12- Usuário Platina
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Matéria interessante sobre importação de carros: http://carros.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/08/burocracia-dificulta-importar-carro-mas-preco-final-pode-compensar.htm
Burocracia dificulta importar carro, mas preço final pode compensar
Leonardo Felix
Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)
Quantas vezes você já ouviu alguém reclamar da alta carga tributária e do excesso de burocracia no Brasil? Se no dia-a-dia são alvos de constante reclamação popular, o que esperar de um processo comercial tão restrito e delicado quanto a importação de um veículo?
Trazer um carro estrangeiro ao país talvez seja um dos mais atravancados e (bem) tributados trâmites existentes em nossa legislação de comércio exterior: segundo especialistas ouvidos por UOL Carros, o prazo é de pelo menos três meses, e os custos ficam de 2,2 a 3,5 vezes maiores do que o preço do veículo em seu país de origem. Além disso, o solicitante precisa ir atrás de documentos, licenças e autorizações nos mais diversos órgãos do poder público nacional.
Ford Mustang e Chevrolet Camaro em loja especializada em importados de SP
O exercício de paciência e perseverança só vale se o carro em questão for realmente objeto dos sonhos de seu comprador. "Quem importa é só pelo prazer de ter algo muito exclusivo em mãos, porque o preço não vale a pena", avalia o despachante aduaneiro Luiz Fernando Negri, que atualmente toca menos de um processo desse tipo por mês.
A lei brasileira nunca foi branda quanto às importações, mas já houve vacas mais gordas para o setor. Com a valorização do real ante outras moedas e o IPI (imposto sobre produtos industrializados) reduzido, medidas adotadas ainda sob o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter a crise financeira mundial de 2008, o número de importações de veículos de passageiros por pessoas físicas ultrapassou a média de 900 por ano no final da década passada, atingindo pico de 1.240 em 2011. Os dados são da Receita Federal.
Como diria Lula, "nunca antes na história deste país" tanta gente havia procurado a importação independente, especialmente para realizar o sonho de ter na garagem esportivos ou carros de luxo que jamais foram trazidos ao Brasil pelas respectivas fabricantes -- entre outros, Ford Mustang, Dodge Challenger e modelos de Cadillac, Infinti, Alfa Romeo, Pontiac e outras.
Quanto custa importar um...
Entretanto, a chegada do Inovar-Auto (regime automotivo que privilegia a produção nacional, onerando ainda mais os importados) e o atual período de incertezas da economia brasileira promoveram quedas substanciais nas estatísticas, que recuaram para 936 em 2012 e 769 no ano passado. No primeiro quadrimestre de 2014, foram 222 importações independentes -- projetando menos de 700 carros até o final do ano.
Se as novas alíquotas de IPI (40% para modelos de até 1.500 cc, e 55% para os de até 3.000 cc) frearam a chegada de importados ao Brasil, a culpa não é só do imposto. Mesmo com várias marcas trazendo importados de forma "oficial" ao país, alguns dos modelos mais desejados custam menos se trazidos de forma independente.
Um exemplo é o Chevrolet Camaro: nas concessionárias da GM, o muscle car americano não é encontrado por menos de R$ 221.990. Se importado dos Estados Unidos, onde parte de US$ 23.555, terá valor final entre R$ 170 mil e R$ 190 mil. Uma economia mínima de R$ 32 mil.
Se é assim, por que a importação independente vem caindo tanto?
A razão é simples: para o comprador, os milhares de reais economizados não valem o tempo de espera e as dores de cabeça do processo. Além disso, qualquer passo em falso ao longo do processo (o que não é difícil de acontecer), e a Receita Federal não terá piedade em aplicar polpuda multa sobre o valor da mercadoria.
O (longo) passo-a-passo da importação
Outro despachante aduaneiro, Sandro Brito Ribeiro, simplesmente desistiu de trabalhar com importação independente, mesmo já tendo trazido 20 carros ao Brasil num único ano. "É burocracia demais envolvida, não compensa", diz Ribeiro, antes de rememorar as várias vezes em que seus clientes tomaram multas na inspeção da Receita, geralmente por detalhes burocráticos.
Procurada por UOL Carros, a assessoria da Receita Federal argumentou que a fiscalização rígida tem como objetivo impedir a sonegação. Segundo o órgão, o principal "erro" cometido pelos importadores é tentar declarar um valor menor para reduzir os impostos.
Em suma, a importação independente de um carro só compensa em dois casos: primeiro, quando o modelo não é comercializado em território nacional, ou é relíquia para colecionadores (veja no quadro); e segundo, quando a diferença de valor para o que é vendido aqui estiver muito grande.
Taxas sobre importação de um veículo
Neste último caso estão incluídos superesportivos como a Ferrari 430, encontrada no showroom oficial da marca em São Paulo por R$ 1,5 milhão, mas que pode ser adquirida no exterior e trazida ao país por cerca de R$ 1 milhão. Já do primeiro fazem parte carros de coleção, como dois Plymouth trazidos dos EUA por Maurício Fontanetti, empresário do ramo de embalagens (leia em quadro no final da reportagem).
ALTERNATIVAS
Quem quer importar um carro tem a opção de contratar assessorias especializadas no assunto. Elas cuidam de todos os protocolos legais e, com a ajuda de representantes em outros países, localizam o veículo desejado pelo cliente, verificam seu estado e fazem a remessa. Uma dessas empresas é a Classic Import, situada em São Paulo (SP). Seu diretor comercial, Rivaldo Santos, afirma que procurar um especialista em importação independente é "inevitável", pois concluir um pedido sem auxílio profissional é praticamente impossível.
Demanda pela importação independente não é exclusiva dos esportivos: Cadillac SRX, um SUV, também está na lista
"Há muitos processos envolvidos e tentar cumpri-los sozinho pode até atrapalhar. São muitos procedimentos e critérios de classificação de um carro, e uma pessoa sem conhecimento não vai saber fazer", alega. Santos promete entregar o veículo encomendado por seus clientes em até 90 dias, a contar do momento em que o carro é encontrado por um de seus representantes (são três nos Estados Unidos e dois no México).
Além disso, orienta todos os fregueses a pedirem isenção judicial do IPI, por meio de liminar, sob o argumento de que o tributo não pode ser aplicado sobre um bem que servirá para uso próprio. "Muitas vezes dá certo, mas não é garantido", diz.
SRT Challenger custa R$ 80 mil nos EUA, mas valeria R$ 315 mil se importado
A liminar isenta a cobrança provisoriamente, mas é necessário que o caso seja julgado -- o que demora de 12 a 18 meses. Em outras palavras: um ano e meio após superar tantos obstáculos para ter o carro de seus sonhos, pode ser que o proprietário tenha de acertar mais uma continha com a Receita para, finalmente, rodar em paz com seu importado.
QUANDO IMPORTAR É POUPAR -- Apreciador dos muscle cars americanos, o empresário Maurício Fontanetti, de São Paulo (SP), importou em 2012 um Plymouth Road Runner 1970 (foto) e agora finaliza a nacionalização de um GTX 1968. Ele não revela valores, mas diz que a raridade desses modelos no Brasil eleva os preços pedidos pelos colecionadores em até 15%. Por isso, partiu para a importação independente: "Além do valor menor, é mais fácil encontrar unidades em boas condições lá fora. Prefiro importar, mesmo com todas as burocracias, e ter um carro melhor em mãos".
Burocracia dificulta importar carro, mas preço final pode compensar
Leonardo Felix
Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)
Quantas vezes você já ouviu alguém reclamar da alta carga tributária e do excesso de burocracia no Brasil? Se no dia-a-dia são alvos de constante reclamação popular, o que esperar de um processo comercial tão restrito e delicado quanto a importação de um veículo?
Trazer um carro estrangeiro ao país talvez seja um dos mais atravancados e (bem) tributados trâmites existentes em nossa legislação de comércio exterior: segundo especialistas ouvidos por UOL Carros, o prazo é de pelo menos três meses, e os custos ficam de 2,2 a 3,5 vezes maiores do que o preço do veículo em seu país de origem. Além disso, o solicitante precisa ir atrás de documentos, licenças e autorizações nos mais diversos órgãos do poder público nacional.
Ford Mustang e Chevrolet Camaro em loja especializada em importados de SP
O exercício de paciência e perseverança só vale se o carro em questão for realmente objeto dos sonhos de seu comprador. "Quem importa é só pelo prazer de ter algo muito exclusivo em mãos, porque o preço não vale a pena", avalia o despachante aduaneiro Luiz Fernando Negri, que atualmente toca menos de um processo desse tipo por mês.
A lei brasileira nunca foi branda quanto às importações, mas já houve vacas mais gordas para o setor. Com a valorização do real ante outras moedas e o IPI (imposto sobre produtos industrializados) reduzido, medidas adotadas ainda sob o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter a crise financeira mundial de 2008, o número de importações de veículos de passageiros por pessoas físicas ultrapassou a média de 900 por ano no final da década passada, atingindo pico de 1.240 em 2011. Os dados são da Receita Federal.
Como diria Lula, "nunca antes na história deste país" tanta gente havia procurado a importação independente, especialmente para realizar o sonho de ter na garagem esportivos ou carros de luxo que jamais foram trazidos ao Brasil pelas respectivas fabricantes -- entre outros, Ford Mustang, Dodge Challenger e modelos de Cadillac, Infinti, Alfa Romeo, Pontiac e outras.
Quanto custa importar um...
Ford Mustang
R$ 175 mil
Chevrolet Camaro
R$ 190 mil
Alfa Romeo Giulietta
R$ 195 mil
Dodge Challenger
R$ 210 mil
Cadillac SRX
R$ 300 mil
Ferrari 430
R$ 1 milhão
Entretanto, a chegada do Inovar-Auto (regime automotivo que privilegia a produção nacional, onerando ainda mais os importados) e o atual período de incertezas da economia brasileira promoveram quedas substanciais nas estatísticas, que recuaram para 936 em 2012 e 769 no ano passado. No primeiro quadrimestre de 2014, foram 222 importações independentes -- projetando menos de 700 carros até o final do ano.
Se as novas alíquotas de IPI (40% para modelos de até 1.500 cc, e 55% para os de até 3.000 cc) frearam a chegada de importados ao Brasil, a culpa não é só do imposto. Mesmo com várias marcas trazendo importados de forma "oficial" ao país, alguns dos modelos mais desejados custam menos se trazidos de forma independente.
Um exemplo é o Chevrolet Camaro: nas concessionárias da GM, o muscle car americano não é encontrado por menos de R$ 221.990. Se importado dos Estados Unidos, onde parte de US$ 23.555, terá valor final entre R$ 170 mil e R$ 190 mil. Uma economia mínima de R$ 32 mil.
Se é assim, por que a importação independente vem caindo tanto?
A razão é simples: para o comprador, os milhares de reais economizados não valem o tempo de espera e as dores de cabeça do processo. Além disso, qualquer passo em falso ao longo do processo (o que não é difícil de acontecer), e a Receita Federal não terá piedade em aplicar polpuda multa sobre o valor da mercadoria.
O (longo) passo-a-passo da importação
Habilitação no Siscomex
O cadastro no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) é a primeira etapa. É usado pela Receita Federal para analisar os dados fiscais do solicitante e verificar se a aquisição do veículo é compatível com os bens declarados por ele.
Obtenção do Radar
Aprovado o cadastro, o comprador receberá uma senha no Radar (Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros), que o autoriza a procurar um carro no exterior (desde que zero ou com mais de 30 anos de uso).
Emissão do Pró-forma Invoice
Escolhido o modelo, o solicitante deverá pedir que o vendedor emita o Pró-forma Invoice, uma intenção de compra com todos os dados de comprador e vendedor, validade da proposta, previsão de embarque, características detalhadas do modelo e seu preço com frete.
Licenças em órgãos relacionados
O próximo passo é solicitar a LCVM (Licença para Uso da Configuração do Veículo Automotor) no Ibama, atestando que o veículo atende às legislações ambientais brasileiras. Em casos específicos, também é necessário ir atrás de outras licenças: do Exército, quando se tratar de blindados; da Anvisa, em caso de veículos que contenham equipamentos médicos; e do Ministério da Agricultura, para tratores.
Solicitação do CAT
Próxima etapa: solicitar o Certificado de Adequação à Legislação Nacional de Trânsito (CAT) no Denatran, para comprovar que o carro está de acordo com as leis de circulação do país.
Filiação
Em caso de carros com mais de 30, é obrigatório filiá-lo a um Automóvel Clube e também à FBVA (Federação Brasileira de Veículos Antigos).
Licença de Importação
Com o LCVM e o CAT em mãos, é hora de pedir a LI (Licença de Importação) no Decex (Departamento de Operações de Comércio Exterior).
Pagamento
Só pode ser feito após aprovadas todas as etapas anteriores, por meio de remessa em nome do vendedor (ou da loja) via Banco Central. Isso significa que não dá para pagar diretamente pela compra, nem mesmo se o comprador estiver fora do país e negociar cara-a-cara com o vendedor.
Remessa da mercadoria
Acusado o recebimento, o vendedor emitirá uma fatura comercial e a ordem de exportação.
Desembaraço aduaneiro
Quando o veículo chegar ao Brasil, o solicitante deverá levar toda a documentação obtida até então à Secretaria da Receita Federal. Lá, irá pedir a DI (Declaração de Importação) e acertar todos os impostos (IPI, PIS, Cofins e ICMS), por meio de débito em conta.
Entrega do veículo
Com o DI, a fatura comercial e os comprovantes dos impostos recolhidos em mãos, o proprietário já pode retirar o produto na alfândega. Isso desde que tenha guardado alguma reserva no bolso, pois precisará arcar com a AFRMM (Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante) e a Taxa de Armazenagem Portuária.
Registro no Denatran
Por fim, é preciso levar o carro ao Detran para emplacá-lo, licenciá-lo e acertar o IPVA. Atenção: para dar certo, a Receita Federal já tem de ter incluído os dados do veículo no sistema do Denatran. Só assim é possível deixá-lo registrado para circular em território nacional.
Fonte: Receita Federal
Outro despachante aduaneiro, Sandro Brito Ribeiro, simplesmente desistiu de trabalhar com importação independente, mesmo já tendo trazido 20 carros ao Brasil num único ano. "É burocracia demais envolvida, não compensa", diz Ribeiro, antes de rememorar as várias vezes em que seus clientes tomaram multas na inspeção da Receita, geralmente por detalhes burocráticos.
Procurada por UOL Carros, a assessoria da Receita Federal argumentou que a fiscalização rígida tem como objetivo impedir a sonegação. Segundo o órgão, o principal "erro" cometido pelos importadores é tentar declarar um valor menor para reduzir os impostos.
Em suma, a importação independente de um carro só compensa em dois casos: primeiro, quando o modelo não é comercializado em território nacional, ou é relíquia para colecionadores (veja no quadro); e segundo, quando a diferença de valor para o que é vendido aqui estiver muito grande.
Taxas sobre importação de um veículo
IPI (até 1.500 cc)
40%
IPI (até 3.000 cc)
55%
Imposto de Importação
35%
Cofins
9,6%
PIS/Pasep
2%
ICMS (São Paulo)
18%
Frete internacional
R$ 4,5 mil
Despesas com despachante
R$ 5 mil
Armazenagem no porto
R$ 5 mil
Taxa da Marinha Mercante
25% do frete
Neste último caso estão incluídos superesportivos como a Ferrari 430, encontrada no showroom oficial da marca em São Paulo por R$ 1,5 milhão, mas que pode ser adquirida no exterior e trazida ao país por cerca de R$ 1 milhão. Já do primeiro fazem parte carros de coleção, como dois Plymouth trazidos dos EUA por Maurício Fontanetti, empresário do ramo de embalagens (leia em quadro no final da reportagem).
ALTERNATIVAS
Quem quer importar um carro tem a opção de contratar assessorias especializadas no assunto. Elas cuidam de todos os protocolos legais e, com a ajuda de representantes em outros países, localizam o veículo desejado pelo cliente, verificam seu estado e fazem a remessa. Uma dessas empresas é a Classic Import, situada em São Paulo (SP). Seu diretor comercial, Rivaldo Santos, afirma que procurar um especialista em importação independente é "inevitável", pois concluir um pedido sem auxílio profissional é praticamente impossível.
Leonardo Felix/UO
Demanda pela importação independente não é exclusiva dos esportivos: Cadillac SRX, um SUV, também está na lista
"Há muitos processos envolvidos e tentar cumpri-los sozinho pode até atrapalhar. São muitos procedimentos e critérios de classificação de um carro, e uma pessoa sem conhecimento não vai saber fazer", alega. Santos promete entregar o veículo encomendado por seus clientes em até 90 dias, a contar do momento em que o carro é encontrado por um de seus representantes (são três nos Estados Unidos e dois no México).
Além disso, orienta todos os fregueses a pedirem isenção judicial do IPI, por meio de liminar, sob o argumento de que o tributo não pode ser aplicado sobre um bem que servirá para uso próprio. "Muitas vezes dá certo, mas não é garantido", diz.
Leonardo Felix/UOL
SRT Challenger custa R$ 80 mil nos EUA, mas valeria R$ 315 mil se importado
A liminar isenta a cobrança provisoriamente, mas é necessário que o caso seja julgado -- o que demora de 12 a 18 meses. Em outras palavras: um ano e meio após superar tantos obstáculos para ter o carro de seus sonhos, pode ser que o proprietário tenha de acertar mais uma continha com a Receita para, finalmente, rodar em paz com seu importado.
Arquivo pessoal
QUANDO IMPORTAR É POUPAR -- Apreciador dos muscle cars americanos, o empresário Maurício Fontanetti, de São Paulo (SP), importou em 2012 um Plymouth Road Runner 1970 (foto) e agora finaliza a nacionalização de um GTX 1968. Ele não revela valores, mas diz que a raridade desses modelos no Brasil eleva os preços pedidos pelos colecionadores em até 15%. Por isso, partiu para a importação independente: "Além do valor menor, é mais fácil encontrar unidades em boas condições lá fora. Prefiro importar, mesmo com todas as burocracias, e ter um carro melhor em mãos".
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Compre um Lexus e seja feliz! Não sou mais ADM faz tempo, mas meu nick permanece azul.
Hiro- Administrador
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Raul Dias- Usuário Platina
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Re: A Importação de Automóveis no Brasil
Hiro escreveu:
.....Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante.....25% do frete
Esse país é uma palhaçada e roubalheira mesmo........
Ter dinheiro aqui é criminoso.........Só que os ladrões estão do outro lado..........
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O sucesso não é medido pelo dinheiro que se tem, e sim, pelos "nãos" que se pode dizer.
Gastei metade do meu dinheiro com Carros, Mulheres e Bebida........a outra metade eu desperdicei.
TZero- Usuário Platina
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